Wim Wenders inaugura San Sebastián; brasileiro 'Arábia' disputa Horizontes
São Sebastião, Espanha, 22 Set 2017 (AFP) - "Submergence", uma peculiar história de amor do veterano cineasta alemão Wim Wenders, abriu nesta sexta-feira a 65ª edição do Festival de San Sebastián, onde o brasileiro "Arábia", de Affonso Uchoa e João Dumans, disputa o Prêmio Horizontes com o chileno "Uma Mulher Fantástica", de Sebastián Lelio.
O filme do consagrado diretor alemão, três vezes indicado ao Oscar, inaugurou a disputa pela Concha de Ouro, o principal da mostra, disputado entre 18 longa-metragens no festival basco, que distribuirá os prêmios em 30 de setembro.
Parte história romântica, parte thriller ambientalista, "Submergence" conta a saga de uma cientista, interpretada pela sueca Alicia Vikander, que busca comprovar a origem da vida nas profundezas do mar, quando conhece, por acaso, um espião que combate o extremismo islâmico, interpretado pelo escocês James McAvoy ("X-Men", "O Último rei da Escócia").
"É uma história romântica, construída de forma intelectual", explicou Vikander, ganhadora em 2016 do Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme "A garota dinamarquesa" e que substituirá Angelina Jolie no papel da heroína de videogames Lara Croft no cinema.
Aos 28 anos, a atriz multifacetada aglutinou os flashes nesta sexta-feira no tapete vermelho de San Sebastián (norte da Espanha), por onde desfilarão astros e estrelas como Glenn Close, Arnold Schwarzenegger, Antonio Banderas, Penélope Cruz, Javier Bardem e Monica Bellucci.
"Uma especie de familia", uma coprodução entre Brasil, Argentina, Polônia e França, sob direção do argentino Diego Lerman, também está na seção oficial na disputa pela Concha de Ouro, junto com outros 24 filmes.
Na seção Horizontes Latinos, destinada a promover longas-metragens produzidos em parte ou totalmente na América Latina, ou dirigidos por cineastas latinos, o brasileiro "Arábia" concorre com "Uma Mulher Fantástica" e outros dez filmes ao prêmio de 35 mil euros.
- Terrorismo -Filmado em locações da Europa até o Djubuti - "o mais próximo que conseguimos chegar da Somália", onde realmente ocorre parte da ação, explica Wenders -, "Submergence" tenta abordar o tema do terrorismo de uma forma séria e sem preconceitos, segundo o diretor de "Paris, Texas" e "Buena Vista Social Club".
"Parte do problema é criado por nossa própria civilização (...) e tem a ver com o desequilíbrio entre pobres e ricos", destacou Wenders. "Declarar guerra ao terrorismo em 2001 foi o melhor que pôde acontecer aos grupos terroristas, realmente criamos um monstro", afirmou.
"Esperamos ver filmes maravilhosos e nos sentimos felizes de estar aqui", disse o ator e diretor americano John Malkovich, presidente do júri da seção oficial, na festa de abertura da mostra, quando o diretor finlandês, Aki Kaurismaki, foi homenageado.
- Presença latina -Presente em todas as seções do festival, a América Latina foi representada na abertura da mostra com a exibição, nesta sexta-feira, de "Uma Mulher Fantástica", candidato chileno ao Oscar e ao Goya (prêmio máximo do cinema espanhol), que conta a história da transgênero Marina, uma garçonete e aspirante a cantora sobre quem recaem todas as suspeitas quando seu namorado morre repentinamente.
Além de continuar apoiando a América Latina na seção Cinema em Construção, que financia a finalização de filmes para que cheguem aos cinemas, o festival entregará o prêmio honorário Donostia a um dos atores imprescindíveis da filmografia regional, o argentino Ricardo Darín.
Ao lado de Darín, que aproveitará a opotunidade para apresentar seu último filme, "La cordillera", em que interpreta um presidente argentino, serão homenageadas as trajetórias da atriz italiana italiana Monica Bellucci e da cineasta francesa Agnès Varda.
O festival apresentará uma novidade: pela primeira vez estreará um filme produzido pela plataforma digital Netflix, "Fe de etarras", assim como duas séries de TV, uma delas do espanhol Alberto Rodríguez ("La isla mínima").
O filme do consagrado diretor alemão, três vezes indicado ao Oscar, inaugurou a disputa pela Concha de Ouro, o principal da mostra, disputado entre 18 longa-metragens no festival basco, que distribuirá os prêmios em 30 de setembro.
Parte história romântica, parte thriller ambientalista, "Submergence" conta a saga de uma cientista, interpretada pela sueca Alicia Vikander, que busca comprovar a origem da vida nas profundezas do mar, quando conhece, por acaso, um espião que combate o extremismo islâmico, interpretado pelo escocês James McAvoy ("X-Men", "O Último rei da Escócia").
"É uma história romântica, construída de forma intelectual", explicou Vikander, ganhadora em 2016 do Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo filme "A garota dinamarquesa" e que substituirá Angelina Jolie no papel da heroína de videogames Lara Croft no cinema.
Aos 28 anos, a atriz multifacetada aglutinou os flashes nesta sexta-feira no tapete vermelho de San Sebastián (norte da Espanha), por onde desfilarão astros e estrelas como Glenn Close, Arnold Schwarzenegger, Antonio Banderas, Penélope Cruz, Javier Bardem e Monica Bellucci.
"Uma especie de familia", uma coprodução entre Brasil, Argentina, Polônia e França, sob direção do argentino Diego Lerman, também está na seção oficial na disputa pela Concha de Ouro, junto com outros 24 filmes.
Na seção Horizontes Latinos, destinada a promover longas-metragens produzidos em parte ou totalmente na América Latina, ou dirigidos por cineastas latinos, o brasileiro "Arábia" concorre com "Uma Mulher Fantástica" e outros dez filmes ao prêmio de 35 mil euros.
- Terrorismo -Filmado em locações da Europa até o Djubuti - "o mais próximo que conseguimos chegar da Somália", onde realmente ocorre parte da ação, explica Wenders -, "Submergence" tenta abordar o tema do terrorismo de uma forma séria e sem preconceitos, segundo o diretor de "Paris, Texas" e "Buena Vista Social Club".
"Parte do problema é criado por nossa própria civilização (...) e tem a ver com o desequilíbrio entre pobres e ricos", destacou Wenders. "Declarar guerra ao terrorismo em 2001 foi o melhor que pôde acontecer aos grupos terroristas, realmente criamos um monstro", afirmou.
"Esperamos ver filmes maravilhosos e nos sentimos felizes de estar aqui", disse o ator e diretor americano John Malkovich, presidente do júri da seção oficial, na festa de abertura da mostra, quando o diretor finlandês, Aki Kaurismaki, foi homenageado.
- Presença latina -Presente em todas as seções do festival, a América Latina foi representada na abertura da mostra com a exibição, nesta sexta-feira, de "Uma Mulher Fantástica", candidato chileno ao Oscar e ao Goya (prêmio máximo do cinema espanhol), que conta a história da transgênero Marina, uma garçonete e aspirante a cantora sobre quem recaem todas as suspeitas quando seu namorado morre repentinamente.
Além de continuar apoiando a América Latina na seção Cinema em Construção, que financia a finalização de filmes para que cheguem aos cinemas, o festival entregará o prêmio honorário Donostia a um dos atores imprescindíveis da filmografia regional, o argentino Ricardo Darín.
Ao lado de Darín, que aproveitará a opotunidade para apresentar seu último filme, "La cordillera", em que interpreta um presidente argentino, serão homenageadas as trajetórias da atriz italiana italiana Monica Bellucci e da cineasta francesa Agnès Varda.
O festival apresentará uma novidade: pela primeira vez estreará um filme produzido pela plataforma digital Netflix, "Fe de etarras", assim como duas séries de TV, uma delas do espanhol Alberto Rodríguez ("La isla mínima").
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