O vinho mais velho do mundo é 'Made in Italy'?
Roma, 30 Ago 2017 (AFP) - O vinho mais antigo do mundo pode ser italiano: uma equipe de pesquisadores acaba de descobrir na costa oeste da Sicília um jarro com vestígios de uva fermentada que remontam a cerca de 6.000 anos.
"Quando publicamos nosso artigo, não imaginávamos que pudesse se tratar do vinho mais velho já descoberto, mas as informações que nos chegam nos levam a crer que pode ser o caso", explica à AFP Enrico Greco, químico da universidade da Catânia (Sicília, sul).
O cientista é membro do grupo internacional de pesquisadores, coordenado pelo arqueólogo italiano Davide Tanasi (da universidade do Sul da Flórida, EUA), que fez esta descoberta, publicada na revista Microchemical Journal.
A equipe estudou resíduos presentes em jarros descobertos em uma gruta no monte Kronio, perto de Agrigento, "provavelmente um local votivo em que se realizavam oferendas às divindades", explica Greco.
"O fato de que esta cerâmica se encontre em uma gruta impediu que ficasse enterrada, o que permitiu que seu conteúdo fosse conservado, embora tenha se solidificado ao longo dos séculos", afirma.
Várias técnicas de análise combinadas, entre elas a ressonância magnética nuclear, revelaram uma presença significativa de ácido tartárico, o mais abundante na uva.
Após a análise do conteúdo pelos químicos, os arqueólogos procederam a datar o conteúdo, comparando a cerâmica com outras provenientes de locais vizinhos.
Segundo suas conclusões, estas remontariam ao quarto milênio a.C., ou seja, 3.000 anos antes em relação aos primeiros vestígios de viticultura registrados na Itália, mais precisamente na Sardenha.
Quanto a se este vinho é o mais velho do mundo, os cientistas se mostram prudentes. "Há descobertas que datam da mesma época na Armênia, mas parece que se trata de uma bebida fruto da fermentação de romã e não de uva", indica Enrico Greco.
"Existem também atestações mais antigas na China de fermentação de arroz, mas apenas na forma de representações", conclui.
"Quando publicamos nosso artigo, não imaginávamos que pudesse se tratar do vinho mais velho já descoberto, mas as informações que nos chegam nos levam a crer que pode ser o caso", explica à AFP Enrico Greco, químico da universidade da Catânia (Sicília, sul).
O cientista é membro do grupo internacional de pesquisadores, coordenado pelo arqueólogo italiano Davide Tanasi (da universidade do Sul da Flórida, EUA), que fez esta descoberta, publicada na revista Microchemical Journal.
A equipe estudou resíduos presentes em jarros descobertos em uma gruta no monte Kronio, perto de Agrigento, "provavelmente um local votivo em que se realizavam oferendas às divindades", explica Greco.
"O fato de que esta cerâmica se encontre em uma gruta impediu que ficasse enterrada, o que permitiu que seu conteúdo fosse conservado, embora tenha se solidificado ao longo dos séculos", afirma.
Várias técnicas de análise combinadas, entre elas a ressonância magnética nuclear, revelaram uma presença significativa de ácido tartárico, o mais abundante na uva.
Após a análise do conteúdo pelos químicos, os arqueólogos procederam a datar o conteúdo, comparando a cerâmica com outras provenientes de locais vizinhos.
Segundo suas conclusões, estas remontariam ao quarto milênio a.C., ou seja, 3.000 anos antes em relação aos primeiros vestígios de viticultura registrados na Itália, mais precisamente na Sardenha.
Quanto a se este vinho é o mais velho do mundo, os cientistas se mostram prudentes. "Há descobertas que datam da mesma época na Armênia, mas parece que se trata de uma bebida fruto da fermentação de romã e não de uva", indica Enrico Greco.
"Existem também atestações mais antigas na China de fermentação de arroz, mas apenas na forma de representações", conclui.
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