Taylor Swift cai no choro em julgamento por assédio sexual
Denver, Estados Unidos, 14 Ago 2017 (AFP) - A estrela do pop Taylor Swift caiu no choro nesta segunda-feira, durante as alegações finais do julgamento civil na qual ela acusa David Mueller, DJ de uma rádio, de apalpá-la antes de um show em 2013.
A cantora saiu momentaneamente da audiência para secar as lágrimas, enquanto Gabriel MacFarland, advogado do acusado, questionava se o seu cliente teria alguma razão para passar a mão na cantora.
"Não sei que tipo de pessoa agarra ou apalpa uma estrela da música, mas não é esse homem", disse MacFarland no tribunal federal de Denver.
Também insistiu que a cantora estava equivocada ao afirmar que Mueller pôs a mão por baixo de sua saia e "agarrou a sua bunda".
A mãe da cantora, Andrea Swift, foi vista com lágrimas no olhos durante o julgamento, enquanto entregava lenços para sua filha.
Taylor Swift alega que Mueller a apalpou durante uma sessão de fotos antes de um show. Seu agente se queixou com a emissora de rádio do DJ e ele foi demitido.
Mueller entrou com uma ação pedindo três milhões de dólares para a cantora por perda de renda, argumentando que as suas acusações provocaram a sua demissão. Enquanto isso, a popstar o processou por assédio sexual.
"Os agressores como David Mueller têm direito de processar a sua vítima? Taylor Swift disse que não", alegou o advogado da cantora, Doug Baldridge.
O juiz do distrito William Martínez desconsiderou o caso na sexta-feira, alegando que não havia provas de que Mueller tivesse direito a uma indenização por danos e prejuízos por parte de Taylor.
Martínez informou, no entanto, que era possível que um júri pudesse indenizar Mueller por danos devido à intervenção da equipe da cantora em seu trabalho na emissora Kygo.
O júri composto por seis mulheres e dois homens deve decidir se a mãe de Taylor Swift e o coordenador da rádio Frank Bell são os responsáveis pelos danos ao pressionar a emissora para que o demitissem.
Robert Call, superior direto de Muller na Kygo no momento dos fatos, declarou que Bell não pediu a demissão do DJ.
Se o júri sentenciar a favor de Mueller, a indenização será limitada à quantidade devida pelos 18 meses restantes de seu contrato de dois anos.
Também está pendente a ação de Taylor Swift, que alega que os atos de Mueller constituíram assédio sexual. A cantora pediu uma cifra simbólica como forma de reparar os danos, algo que teria "um valor incalculável. Seria passada a mensagem [...] de que cada mulher decide o que fazer com o seu corpo", afirmou Baldridge.
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