Lucro da Alphabet, matriz da Google, é reduzido por multa da UE
San Francisco, 24 Jul 2017 (AFP) - A matriz da Google, Alphabet, relatou lucro de 3,5 bilhões de dólares no segundo trimestre deste ano, com uma vasta parcela garfada para pagar uma multa bilionária à Comissão Europeia.
A gigante tecnológica anunciou que a receita subiu para 26 bilhões de dólares no trimestre e que o lucro poderia ter alcançado os 6,3 bilhões de dólares se não fosse pela multa antitruste de 2,74 bilhões ao buscador Google aplicada pela Comissão Europeia.
A receita subiu 21% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
"Estamos entregando um crescimento forte, com grande impulso subjacente, enquanto fazemos investimentos focados em novos fluxos de receitas", afirmou a diretora financeira da Alphabeat, Ruth Porat.
Com a divulgação do resultado, as ações da Alphabet caíram cerca de 2,9%, a 969,03 dólares, nas negociações após o fechamento do mercado.
Investidores têm se preocupado com as dificuldades regulatórias que a Alphabeat enfrenta na Europa, já que a maior parte da receita da empresa, proveniente de anúncios do Google, é reinvestida em "outras apostas", como carros autônomos.
A companhia reduziu sua perda na categoria "outras apostas" em 772 milhões de dólares no último trimestre.
Enquanto isso, Google e União Europeia se preparam para uma batalha que pode durar anos. As ambições de expansão do colosso do Vale do Silício enfrentarão um extenuante desafio no na Europa.
Bruxelas passou sete anos de olho na Google, preocupada com o predomínio da empresa nas buscas na internet pela Europa, onde a companhia domina 90% do mercado.
Num veredito que poderia mudar completamente o cenário mundial digital, a delegada antitruste Margrethe Vestager impôs, em junho, essa multa bilionária à Google por favorecimento de seus resultados no buscador de produtos.
A UE acusa a Google de favorecer a si mesma, em detrimento de outros serviços de comparação de preços, nos resultados do buscador da empresa.
Se a decisão for mantida após a apelação, ela será histórica tanto para a Google quanto para o direito da concorrência em geral.
A UE também está examinando o serviço de propaganda da Google AdSense e o software Android para smartphones.
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