Vocalista do Linkin Park é encontrado morto em aparente suicídio
Nova York, 21 Jul 2017 (AFP) - O vocalista da banda Linkin Park, Chester Bennington, que superou uma infância complicada e chegou ao topo das paradas musicais com seu rock pesado e melódico, foi encontrado morto nesta quinta-feira em um aparente suicídio. O cantor tinha 41 anos.
"Chocado e com o coração partido, mas é verdade", tuitou o guitarrista e principal compositor do Linkin Park, Mike Shinoda.
As autoridades de Los Angeles afirmaram ter recebido uma ligação pouco depois das 9h00 (13h00 de Brasília) dizendo que Bennington foi encontrado enforcado em sua casa, na luxuosa área de Palos Verdes Estate.
"Está sendo tratado como possível suicídio", declarou Brian Elias, chefe de operações do IML do condado.
Horas antes da morte, o grupo havia lançado um vídeo para seu último single, "Talking to Myself", cuja letra parece tomar o ponto de vista da mulher de Bennington, Talinda Ann Bentley, enquanto implora que controle o uso de drogas.
Bennington, que foi casado por duas vezes e teve seis filhos, lutou a vida inteira contra a dependência química e a baixa auto-estima.
Nascido e criado no Arizona, Bennington contou que um amigo de sua família começou a abusá-lo quando tinha sete anos.
"Eu era espancado e forçado a fazer coisas que eu não queria. Isso destruiu minha autoconfiança", disse ele ao site de música britânica Team Rock em 2014.
"Como a maioria das pessoas, estava com muito medo de dizer qualquer coisa. Eu não queria que as pessoas pensassem que eu era gay ou que estava mentindo", afirmou.
Os pais de Bennington se divorciaram anos depois e, ainda criança, disse ter se envolvido com álcool e drogas.
Sua raiva foi transformada em música e o Linkin Park tornou-se um grande sucesso na época do chamado novo metal, que incorporou estruturas do pop e hip-hop, com Shinoda muitas vezes fazendo rap entre os vocais de Bennington.
- Grande estreia -Depois de Bennington tentar, sem sucesso, entrar na cena musical de Phoenix, um caça-talentos ouviu sua voz e organizou uma audição em Los Angeles com o Linkin Park.
A banda rapidamente se conectou com o cantor, apesar de ter um histórico muito diferente de Shinoda, pianista clássico e formado em Design Gráfico.
O grupo, que teve problemas antes da chegada da Bennington, assinou um contrato com a gravadora Warner e o seu álbum de estreia, "Hybrid Theory", tornou-se o mais vendido nos Estados Unidos em 2001.
O CD - que vendeu mais de 10 milhões de cópias - continha sucessos como "In The End" e "Crawling".
O Linkin Park lançou mais seis álbuns de estúdio e todos ficaram entre os três primeiros lugares das paradas musicais dos Estados Unidos.
O último álbum, "One More Light", saiu em maio e marcou uma mudança no estilo do Linkin Park, com mais influências do pop e eletrônico.
- Dias antes da turnê -Em entrevista à Music Week para o último álbum, Bennignton disse estar frustrado com os fãs que queriam que a banda retornasse ao estilo anterior.
"Quando fizemos 'Hybrid Theory', eu era o cara mais velho da banda e estávamos no início dos anos 2000. É por isso que digo: 'por que ainda estamos falando de Hybrid Theory'?".
Em maio, Bennington se mostrou comovido sobre a morte de um dos principais nomes do grunge Chris Cornell, vocalista da banda Soundgarden.
Mas o cantor do Linkin Park não aparecia em público há algum tempo.
A banda tinha uma turnê prevista para começar na próxima semana, incluindo um show no estádio de beisebol do Citi Field de Nova York ao lado de grupos importantes da mesma geração como Blink-182 e Wu-Tang Clan.
No Instagram, a cantora Avril Lavigne de disse transtornada: "Não sei o que fazer. Uma notícia horrível. Perder um dos melhores".
Também no Instagram, a diva pop Rihanna comentou: "Literalmente o talento mais impressionante que já vi. Vocalmente tremendo!".
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