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Efeitos visuais vencem a guerra no Planeta dos Macacos

13/07/2017 10h45

Los Angeles, 13 Jul 2017 (AFP) - César está pronto para a guerra: macacos contra humanos no terceiro episódio da saga de ficção científica, cujos efeitos especiais são considerados por alguns os mais impressionantes da história do cinema.

"Planeta dos Macacos: A Guerra" estreia nesta sexta-feira (13) nos Estados Unidos e em 3 de agosto nos cinemas brasileiros.

Por trás desses símios que parecem reais está Weta Digital, um estúdio de imagens geradas por computação gráfica (GGI em sua sigla em inglês), fundada por Peter Jackson, cuja reputação não parou de crescer desde a sua estreia de sucesso na saga "O Senhor dos Anéis".

Filmado nas nevadas montanhas inóspitas de Alberta e Colúmbia Britânica, no Canadá, o diretor Matt Reeves mostra macacos evoluídos rapidamente em um mundo fervendo de raiva e divisões.

Um grupo de soldados liderados pelo coronel Kurtz - papel de Marlon Brando, interpretado agora por Woody Harrelson - lança um ataque com o objetivo de destruir os macacos uma vez por todas.

O filme mostra mais uma vez Andy Serkis no papel de César, pelo qual recebeu mais aplausos do que outros personagens digitais como o Gollum de "O Senhor dos Anéis" e King Kong.

"Fisicamente neste filme, César anda mais ereto e usa bastante as mãos, é mais um humano na pele de um símio", explica Serkis nas notas de produção.

"Mas, à medida que se torna mais inteligente e habilidoso, seus sentimentos e suas lembranças tornam-se mais difíceis de carregar", acrescenta.

Como nos outros filmes, Serkins vestiu um traje cinza com pontos de reconhecimento facial para capturar o menor movimento, gestos e a emoção de seu símio.

O ator, de 53 anos, que muitos acreditam que merece um Oscar por esses papéis pioneiros, sempre defendeu que não há diferença entre interpretar vestindo um traje de captura digital e fazê-lo com figurinos e maquiagem.

"Você não está ali apenas esperando a mágica acontecer. Não está simplesmente representando um personagem, você é o personagem", declarou em um programa transmitido pela Fox.

"Planeta dos Macacos: A Guerra" mostra uma dúzia de personagens-chave macacos que interagem de forma cada vez mais sofisticada, não só entre si, mas com o ambiente.

"Assustadoramente avançados"

A produção contou com 50 técnicos em efeitos especiais, uma unidade de câmera de 10 pessoas e um exército de analistas, topógrafos e fotógrafos que digitalizaram em 3D cada centímetro dos locais do filme.

Esta enorme equipe está por trás das mais de 1.400 altamente complexas tomadas com efeitos especiais, possibilitados pelos avançados programas que ultrapassaram os níveis de complexidade.

"Toda os detalhes da pele, como modelamos a forma como a luz se move na cena ... é significativamente mais sofisticado", explica o supervisor de efeitos especiais da Weta, Dan Lemmon, que ingressou na empresa em 2002 com "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres".

Um novo conjunto de ferramentas chamado "Manuka physLight" modelou com precisão exata como as câmeras capturavam e respondiam à luz para que a equipe de tecnologia pudesse iluminar os macacos como se estivessem no set de filmagem.

Foi estudado a forma como a neve se agarra a pele dos gorilas, como cai, como se move enquanto os animais caminham nesses ambientes de inverno.

César, por exemplo, tem um milhão de fios de pelo.

"Planeta dos Macados: A guerra", que disputa com o novo "Homem-Aranha: De Volta ao Lar" e "Mulher Maravilha", recebeu 96% de aprovação no Rotten Tomatoes, site especializado que computa as críticas, muito animadas com os efeitos especiais.

"As texturas da pele e o pelo grosso são tão convincentes que rapidamente esquecemos que estamos assistindo a atores em trajes de captura de movimento", escreveu o crítico da BBC, Nicholas Barber, que apesar de não ter gostado do filme considerou os efeitos especiais "assustadoramente avançados".