"Vida", a nova invasão extraterrestre de Hollywood
Desde que "Flash Gordon" percebeu há oito décadas que os extraterrestres não chegavam em missão de paz, a humanidade sofre com o perigo da destruição nos filmes sobre invasões alienígenas.
Do clássico de Frederick Stephani de 1936, passando pela franquia "Alien" de Ridley Scott, que arrecadou 1,2 bilhão de dólares, até o mais recente "Independence Day: O Ressurgimento", os heróis de mais de 500 filmes de invasão espacial se arriscaram - e morreram - de formas cada vez mais inovadoras.
A primeira grande produção de ficção científica de 2017 é "Vida" ("Life"), do diretor sueco Daniel Espinosa.
Protagonizado por Jake Gyllenhaal, Ryan Reynolds e Rebecca Ferguson, o filme claustrofóbico conta a história de uma tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) que combate uma espécie microscópica, mas de evolução rápida, que já provocou a extinção de Marte e agora ameaça a vida na Terra.
"Life" estreia na sexta-feira nos Estados Unidos e no dia 20 de abril nos cinemas do Brasil.
"O ritmo do roteiro é abrasador e aterrorizante. Quando eu estava lendo, tive alguns momentos em que fiquei muito ansioso, o que é um ótimo sinal", disse Gyllenhaal à AFP.
"Não há nada que provoque mais medo do que algo que está apenas tentando sobreviver e que sabe um pouco mais que você", afirmou Reynolds no lançamento mundial do filme, no festival South by Southwest em Austin (Texas), sábado passado.
Na produção, o ator volta a trabalhar com os roteiristas de "Deadpool", Rhett Reese e Paul Wernick.
Poderoso e hostil
As comparações com "Alien, o Oitavo Passageiro" - produção em que um extraterrestre persegue a tripulação de uma nave espacial - são inevitáveis, justamente quando "Alien: Covenant", o sexto filme da série, tem previsão de estreia para maio.
"Quando 'Alien' foi produzido estávamos na era pós-atômica, quando todos estavam olhando para o futuro. Os jovens de hoje vivem em um mundo tão caótico que eles não pensam muito no que pode acontecer dentro de 10 anos, muito menos 100 anos", disse Espinosa.
O objetivo, completou o diretor, era criar uma trama verossímil, possível para a atualidade: um rover que descobre um organismo de uma célula em Marte e o transporta para a ISS, onde este cresce, ganha força e se torna hostil.
Para manter a trama dentro da "realidade científica", a produção consultou o geneticista britânico Adam Rutherford, que escreveu diversos livros sobre modificação genética e a criação de novas formas de vida.
A equipe do filme criou um organismo original que muda de forma e se adapta ao ambiente, além de conseguir imitar qualquer coisa com a qual entre em contato, ficando cada vez maior, mais forte e ameaçadora.
Para tornar a história mais convincente, o roteiro explica que o organismo não ficou exposto à radiação solar no planeta vermelho, e sim em hibernação.
As primeiras críticas foram divididas, com o Hollywood Reporter chamando o filme de "decepcionante".
Outros textos celebraram a direção do longa-metragem e o elenco multicultural, que inclui os atores Hiroyuki Sanada, Ariyon Bakare e Olga Dihovichnaya.
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