Em guerra com a imprensa, Trump não vai comparecer ao jantar dos correspondentes estrangeiros
Washington, 26 Fev 2017 (AFP) - Donald Trump anunciou no sábado que não participará do tradicional jantar de correspondentes estrangeiros da Casa Branca - um evento organizado pela imprensa que costuma contar com a presença dos presidentes americanos.
"Não participarei do jantar da Associação de Correspondentes da Casa Branca este ano. Meus melhores desejos para todos e que aproveitem a noite!", tuitou, um dia depois de chamar alguns veículos de comunicação de "inimigos do povo americano".
O jantar de gala acontece todo ano em um hotel de Washington e reúne os nomes de mais alto perfil da imprensa, do mundo político americano, além de celebridades.
Instituído em 1921, o evento permite ao presidente dos Estados Unidos pronunciar um discurso, no qual ri de si mesmo, cheio de sarcasmo, e faz piada de seus adversários políticos.
Em 2011, Donald Trump participou do jantar e foi alvo das brincadeiras do então presidente Barack Obama. Um episódio considerado crucial pelos analistas na decisão do magnata republicano de disputar a Casa Branca.
A Associação de Correspondentes da Casa Branca, que organiza o jantar para arrecadar fundos para financiar bolsas de jornalismo, anunciou que o evento acontecerá como está previsto.
"O jantar foi e continuará sendo uma celebração da Primeira Emenda (sobre a liberdade de expressão) e do importante papel desempenhado pelos meios independentes em uma república saudável", escreveu no Twitter o presidente da associação, Jeff Mason.
A última vez que um presidente não compareceu ao evento foi em 1981, quando Ronald Reagan se recuperava do tiro que recebeu em uma tentativa de assassinato. Reagan, no entanto, fez uma ligação com declarações amistosa.
Richard Nixon, que desprezava a mídia, não foi ao jantar em 1972.
Trump atacou com frequência a grande imprensa durante a campanha eleitoral e intensificou sua atitude como presidente.
Ele atacou o New York Times neste domingo por um comercial do jornal que será exibido durante a cerimônia do Oscar, com a afirmação de que "a verdade é mais importante agora do que nunca".
"Pela primeira vez o decadente @nytimes vai exibir um comercial (um ruim) para tentar salvar sua reputação em queda. Tente informar de maneira precisa e justa!", Trump escreveu no Twitter.
Desde sua chegada ao poder, há um mês, Trump mantém tensas relações com a imprensa. Além de atacar o que considera "veículos desonestos", já acusou vários deles de serem "inimigos do povo americano".
Na sexta-feira, representantes do jornal The New York Times, da rede CNN, do Los Angeles Times e do site Politico foram barrados da entrevista coletiva diária com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
Outros mais próximos ao poder, como o site Breitbart ou One America News, foram recebidos sem problemas.
O encontro, que permite perguntas sobre as questões do dia, não aconteceu na sala de imprensa diante das câmeras, como é habitual, e sim no gabinete de Spicer, um fato raro.
O jornal The New York Times denunciou que a decisão foi um "insulto aos ideais democráticos" e a CNN a chamou de "inaceitável".
"Não participarei do jantar da Associação de Correspondentes da Casa Branca este ano. Meus melhores desejos para todos e que aproveitem a noite!", tuitou, um dia depois de chamar alguns veículos de comunicação de "inimigos do povo americano".
O jantar de gala acontece todo ano em um hotel de Washington e reúne os nomes de mais alto perfil da imprensa, do mundo político americano, além de celebridades.
Instituído em 1921, o evento permite ao presidente dos Estados Unidos pronunciar um discurso, no qual ri de si mesmo, cheio de sarcasmo, e faz piada de seus adversários políticos.
Em 2011, Donald Trump participou do jantar e foi alvo das brincadeiras do então presidente Barack Obama. Um episódio considerado crucial pelos analistas na decisão do magnata republicano de disputar a Casa Branca.
A Associação de Correspondentes da Casa Branca, que organiza o jantar para arrecadar fundos para financiar bolsas de jornalismo, anunciou que o evento acontecerá como está previsto.
"O jantar foi e continuará sendo uma celebração da Primeira Emenda (sobre a liberdade de expressão) e do importante papel desempenhado pelos meios independentes em uma república saudável", escreveu no Twitter o presidente da associação, Jeff Mason.
A última vez que um presidente não compareceu ao evento foi em 1981, quando Ronald Reagan se recuperava do tiro que recebeu em uma tentativa de assassinato. Reagan, no entanto, fez uma ligação com declarações amistosa.
Richard Nixon, que desprezava a mídia, não foi ao jantar em 1972.
Trump atacou com frequência a grande imprensa durante a campanha eleitoral e intensificou sua atitude como presidente.
Ele atacou o New York Times neste domingo por um comercial do jornal que será exibido durante a cerimônia do Oscar, com a afirmação de que "a verdade é mais importante agora do que nunca".
"Pela primeira vez o decadente @nytimes vai exibir um comercial (um ruim) para tentar salvar sua reputação em queda. Tente informar de maneira precisa e justa!", Trump escreveu no Twitter.
Desde sua chegada ao poder, há um mês, Trump mantém tensas relações com a imprensa. Além de atacar o que considera "veículos desonestos", já acusou vários deles de serem "inimigos do povo americano".
Na sexta-feira, representantes do jornal The New York Times, da rede CNN, do Los Angeles Times e do site Politico foram barrados da entrevista coletiva diária com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
Outros mais próximos ao poder, como o site Breitbart ou One America News, foram recebidos sem problemas.
O encontro, que permite perguntas sobre as questões do dia, não aconteceu na sala de imprensa diante das câmeras, como é habitual, e sim no gabinete de Spicer, um fato raro.
O jornal The New York Times denunciou que a decisão foi um "insulto aos ideais democráticos" e a CNN a chamou de "inaceitável".
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