Polônia: divergências políticas ameaçam novo Museu da Segunda Guerra
Gdansk, Polónia, 30 Jan 2017 (AFP) - Os poloneses puderam visitar no domingo (30) pela primeira vez - e talvez a última - o novo Museu da Segunda Guerra Mundial, em Gdansk, na mira do governo nacionalista, que considera que o local carece de patriotismo.
Iniciado pelo ex-primeiro-ministro liberal e atual presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o museu apresenta um vasto panorama internacional do conflito, concentrado no destino dos civis.
O governo nacionalista do partido Direito e Justiça (PiS) de Jaroslaw Kaczynski, no poder desde novembro de 2015, considerou que o museu não dedica espaço suficiente ao heroísmo dos poloneses.
Tal acusação corresponde à ideologia do PiS, que busca reforçar o patriotismo com a exaltação dos conflitos armados do passado.
O grande edifício fica próximo da península de Westerplatte, contra a qual a Marinha alemã disparou os primeiros obuses da Segunda Guerra Mundial, em 1º de setembro de 1939. A construção desse imóvel, situado em uma parte do centro histórico de Gdansk arrasada durante o conflito, custou 104 milhões de euros.
Na exposição principal, um muro de malas simboliza a deportação em massa dos judeus da Europa para os campos de extermínio. O sapato rasgado de um menino morto durante a insurreição de Varsóvia de 1944 lembra a carnificina de civis cometida pelos nazistas. Um objeto de porcelana fundido pelo fogo nuclear de Hiroshima evoca a chegada da bomba atômica.
O futuro do local pode ser decidido em breve. Recentemente, um tribunal aprovou sua fusão com outro museu, o qual existe apenas no papel, a partir de 1º de fevereiro. Uma mudança estrutural desse tipo também implica a troca da direção.
O diretor do estabelecimento, Pawel Machcewicz, disse à AFP no domingo que não sabe o que acontecerá em 1º de fevereiro.
"O Ministério da Cultura não entra em contato conosco há meses, e o ministro (Piotr) Glinski nunca visitou o museu", afirmou.
Glinksi não se pronunciou sobre o assunto desde que o tribunal anunciou sua decisão. Em novembro, assegurou que ninguém iria "destruir o Museu da Segunda Guerra Mundial criado por seus predecessores".
A Segunda Guerra deixou mais de 55 milhões de mortos, em sua maioria civis, segundo o museu. Cerca de 10 milhões eram crianças.
A Polônia perdeu cerca de seis milhões de cidadãos entre 1939 e 1945, metade deles judeus, o que representa 17% de sua população, a taxa mais alta em nível mundial.
Iniciado pelo ex-primeiro-ministro liberal e atual presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o museu apresenta um vasto panorama internacional do conflito, concentrado no destino dos civis.
O governo nacionalista do partido Direito e Justiça (PiS) de Jaroslaw Kaczynski, no poder desde novembro de 2015, considerou que o museu não dedica espaço suficiente ao heroísmo dos poloneses.
Tal acusação corresponde à ideologia do PiS, que busca reforçar o patriotismo com a exaltação dos conflitos armados do passado.
O grande edifício fica próximo da península de Westerplatte, contra a qual a Marinha alemã disparou os primeiros obuses da Segunda Guerra Mundial, em 1º de setembro de 1939. A construção desse imóvel, situado em uma parte do centro histórico de Gdansk arrasada durante o conflito, custou 104 milhões de euros.
Na exposição principal, um muro de malas simboliza a deportação em massa dos judeus da Europa para os campos de extermínio. O sapato rasgado de um menino morto durante a insurreição de Varsóvia de 1944 lembra a carnificina de civis cometida pelos nazistas. Um objeto de porcelana fundido pelo fogo nuclear de Hiroshima evoca a chegada da bomba atômica.
O futuro do local pode ser decidido em breve. Recentemente, um tribunal aprovou sua fusão com outro museu, o qual existe apenas no papel, a partir de 1º de fevereiro. Uma mudança estrutural desse tipo também implica a troca da direção.
O diretor do estabelecimento, Pawel Machcewicz, disse à AFP no domingo que não sabe o que acontecerá em 1º de fevereiro.
"O Ministério da Cultura não entra em contato conosco há meses, e o ministro (Piotr) Glinski nunca visitou o museu", afirmou.
Glinksi não se pronunciou sobre o assunto desde que o tribunal anunciou sua decisão. Em novembro, assegurou que ninguém iria "destruir o Museu da Segunda Guerra Mundial criado por seus predecessores".
A Segunda Guerra deixou mais de 55 milhões de mortos, em sua maioria civis, segundo o museu. Cerca de 10 milhões eram crianças.
A Polônia perdeu cerca de seis milhões de cidadãos entre 1939 e 1945, metade deles judeus, o que representa 17% de sua população, a taxa mais alta em nível mundial.
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