Documentário indicado ao Oscar resgata escritor antissegregação James Baldwin
Paris, 25 Jan 2017 (AFP) - O documentário "I am not your negro", indicado ao Oscar na terça-feira, foi realizado para imortalizar James Baldwin, personalidade literária da luta pelos direitos dos afro-americanos, informou à AFP seu diretor, o haitiano Raoul Peck.
James Baldwin (1924-1987), escritor americano negro e homossexual, defendeu a causa da comunidade negra, vítima da segregação racial. Foi amigo dos líderes Malcolm X, Martin Luther King e Medgar Evers, os três assassinados "antes dos 40", segundo Peck.
O diretor não suportava a ideia de que Baldwin caísse no esquecimento, que fosse plagiado "sem citá-lo". Ele mergulhou em sua bibliografia e em suas cartas.
Todas as palavras do documentário são do próprio Baldwin. "Sem filtros", reforçou Peck.
O ator Samuel L. Jackson emprestou sua voz à versão inglesa.
Baldwin influenciou autores como Toni Morrison e Allen Ginsberg. "Ele inventou uma língua de uma força incrível", acrescentou o cineasta, que também preside a Escola Nacional Superior de Ofícios de Imagem e Som (Femis), em Paris.
O título "é, evidentemente, uma provocação", explicou Peck, cujo documentário estreará em 3 de fevereiro nos Estados Unidos.
O discurso de Baldwin continua sendo politicamente incorreto para as emissoras americanas, que nunca exibirão seu documentário, assegurou o diretor. É um filme de "grande risco artístico e político", que denuncia o racismo do presidente Donald "Trump e todos os seus semelhantes", acrescentou.
Algumas imagens dos recentes confrontos raciais em Ferguson e Baltimore, integrados no documentário, lembram a atualidade do assunto.
"A inocência" não é mais possível, argumentou Peck, resumindo o pensamento de Baldwin: "Não podem me encurralar em um gueto e me linchar sem virar monstros".
James Baldwin (1924-1987), escritor americano negro e homossexual, defendeu a causa da comunidade negra, vítima da segregação racial. Foi amigo dos líderes Malcolm X, Martin Luther King e Medgar Evers, os três assassinados "antes dos 40", segundo Peck.
O diretor não suportava a ideia de que Baldwin caísse no esquecimento, que fosse plagiado "sem citá-lo". Ele mergulhou em sua bibliografia e em suas cartas.
Todas as palavras do documentário são do próprio Baldwin. "Sem filtros", reforçou Peck.
O ator Samuel L. Jackson emprestou sua voz à versão inglesa.
Baldwin influenciou autores como Toni Morrison e Allen Ginsberg. "Ele inventou uma língua de uma força incrível", acrescentou o cineasta, que também preside a Escola Nacional Superior de Ofícios de Imagem e Som (Femis), em Paris.
O título "é, evidentemente, uma provocação", explicou Peck, cujo documentário estreará em 3 de fevereiro nos Estados Unidos.
O discurso de Baldwin continua sendo politicamente incorreto para as emissoras americanas, que nunca exibirão seu documentário, assegurou o diretor. É um filme de "grande risco artístico e político", que denuncia o racismo do presidente Donald "Trump e todos os seus semelhantes", acrescentou.
Algumas imagens dos recentes confrontos raciais em Ferguson e Baltimore, integrados no documentário, lembram a atualidade do assunto.
"A inocência" não é mais possível, argumentou Peck, resumindo o pensamento de Baldwin: "Não podem me encurralar em um gueto e me linchar sem virar monstros".
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