Apesar de protestos, McDonald's abre restaurante perto do Vaticano
Roma, 3 Jan 2017 (AFP) - Uma loja da rede McDonald's abriu perto da Cidade do Vaticano e da praça São Pedro, apesar da oposição de vários cardeais e donos de restaurantes do bairro, constatou a AFP.
"Estou maravilhado de que o papa se expresse contra as multinacionais e tenham alugado depois um local do Vaticano!", ironizou Angelo Tosti, proprietário da trattoria "Marcella", situada do outro lado da rua.
"Isso arruína toda a área", acrescentou.
Aberto na sexta-feira com discrição, o estabelecimento da rede americana de fast-food já estava cheio nesta terça-feira.
A loja ocupa um pequeno ângulo entre um grupo de casas, alugado pela APSA, administradora dos imóveis do Vaticano. No grupo de casas vivem muitos cardeais e há algumas embaixadas na Santa Sé.
"Quem vem à Itália deveria comer comida italiana e quando vem a Roma, cozinha romana", diz Angelo, mostrando todas as especialidades de seu cardápio, de massas à carbonara a alcachofas à romana.
Para Brooke, jovem turista australiano apressado, que acaba de sair do McDonald's com um "hambúrguer de frango" em um saco de papel, "é mais rápido do que na trattoria e está perto das atrações turísticas!".
Os protestos chegaram ao nível máximo em outubro, impulsionados por uma associação de defesa do bairro histórico nos arredores do Vaticano.
A associação temia o desaparecimento "da identidade da área", já afetada por muitas lojas baratas e de comida rápida.
"É uma decisão perversa e controversa", afirmou o cardeal Elio Sgreccia, em entrevista ao La Repubblica, jornal que estima o aluguel em 30.000 euros.
Segundo o periódico, outro cardeal furioso escreveu ao papa para pedir sua intervenção no caso.
Na sexta-feira, a irmã Francesca, que veio de Liguria para fazer suas compras em uma loja religiosa, não havia ouvido falar da polêmica.
"Os jovens gostam disso", disse em sinal de aprovação, considerando que podem ir antes ou depois da visita à basílica de São Pedro. "Já há muitas trattorias", acrescentou.
O McDonald's não pôde abrir uma loja na famosa Piazza del Duomo, em Florença no final de 2016, por ter tido seu projeto negado pelo prefeito. Agora, a empresa multinacional pede à cidade cerca de 18 milhões de euros por danos.
"Estou maravilhado de que o papa se expresse contra as multinacionais e tenham alugado depois um local do Vaticano!", ironizou Angelo Tosti, proprietário da trattoria "Marcella", situada do outro lado da rua.
"Isso arruína toda a área", acrescentou.
Aberto na sexta-feira com discrição, o estabelecimento da rede americana de fast-food já estava cheio nesta terça-feira.
A loja ocupa um pequeno ângulo entre um grupo de casas, alugado pela APSA, administradora dos imóveis do Vaticano. No grupo de casas vivem muitos cardeais e há algumas embaixadas na Santa Sé.
"Quem vem à Itália deveria comer comida italiana e quando vem a Roma, cozinha romana", diz Angelo, mostrando todas as especialidades de seu cardápio, de massas à carbonara a alcachofas à romana.
Para Brooke, jovem turista australiano apressado, que acaba de sair do McDonald's com um "hambúrguer de frango" em um saco de papel, "é mais rápido do que na trattoria e está perto das atrações turísticas!".
Os protestos chegaram ao nível máximo em outubro, impulsionados por uma associação de defesa do bairro histórico nos arredores do Vaticano.
A associação temia o desaparecimento "da identidade da área", já afetada por muitas lojas baratas e de comida rápida.
"É uma decisão perversa e controversa", afirmou o cardeal Elio Sgreccia, em entrevista ao La Repubblica, jornal que estima o aluguel em 30.000 euros.
Segundo o periódico, outro cardeal furioso escreveu ao papa para pedir sua intervenção no caso.
Na sexta-feira, a irmã Francesca, que veio de Liguria para fazer suas compras em uma loja religiosa, não havia ouvido falar da polêmica.
"Os jovens gostam disso", disse em sinal de aprovação, considerando que podem ir antes ou depois da visita à basílica de São Pedro. "Já há muitas trattorias", acrescentou.
O McDonald's não pôde abrir uma loja na famosa Piazza del Duomo, em Florença no final de 2016, por ter tido seu projeto negado pelo prefeito. Agora, a empresa multinacional pede à cidade cerca de 18 milhões de euros por danos.
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