Aumenta o número de jornalistas presos no mundo
Paris, 13 dez 2016 (AFP) - O número de jornalistas presos no mundo aumentou em 2016, em particular na Turquia, onde mais de 100 profissionais da imprensa estão detidos, informa o balanço anual da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
"Hoje há 348 jornalistas - incluindo blogueiros -, detidos no mundo, o que representa um aumento de 6% em relação a 2015.
O número de jornalistas profissionais presos aumentou 22% no mundo e "quadruplicou na Turquia após a tentativa de golpe de julho", indica o relatório da RSF, ONG com sede em Paris.
A quantidade de mulheres jornalistas detidas também aumentou por quatro na Turquia (21 contra 5 em 2015), "o que evidencia o crescimento do papel das mulheres na profissão, mas também o desastre que atravessa a Turquia, que é responsável por um terço das repórteres detidas".
"Na porta de entrada da Europa, uma verdadeira caça às bruxas levou para a cadeia dezenas de jornalistas, transformando a Turquia na maior prisão do mundo para a profissão. Em um ano, o regime de Erdogan esmagou o pluralismo na mídia, enquanto a União Europeia não disse virtualmente nada", denunciou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.
Em seu balanço anual também publicado nesta terça-feira, o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ) calcula que 81 repórteres estão detidos na Turquia, "a maior quantidade já registrada em qualquer país".
O CPJ aponta quatro jornalistas detidos na América Latina. O Panamá mantém um jornalista estrangeiro detido e a Venezuela um repórter com dupla cidadania. Cuba integra a lista de países que prenderam jornalistas em 2016 e que não estavam na lista do CPJ do ano passado.
Além da Turquia, China, Irã e Egito concentram mais de dois terços dos jornalistas presos no mundo, destaca a RSF, que pede a criação do posto de representante especial para a segurança dos jornalistas, diretamente vinculado ao secretário-geral da ONU.
Ao mesmo tempo, a RSF informa que a quantidade de jornalistas tomados como reféns caiu em 2016 na comparação com o ano passado: 52 contra 61. A ONG recorda que o número de sequestros no ano passado foi particularmente elevado.
Este ano, todos os reféns estão no Iêmen, Síria e Iraque. Nos dois últimos países, o grupo Estado Islâmico mantém 21 jornalistas em cativeiros, particularmente repórteres locais.
Em 2016, um jornalista, o burundinês Jean Bigirimana, está desaparecido (contra 8 ano passado). A RSF considera desaparecido um repórter quando não há elementos suficientes para determinar se foi vítima de homicídio ou sequestro e que sua condição não foi objeto de nenhuma reivindicação verificável.
"Hoje há 348 jornalistas - incluindo blogueiros -, detidos no mundo, o que representa um aumento de 6% em relação a 2015.
O número de jornalistas profissionais presos aumentou 22% no mundo e "quadruplicou na Turquia após a tentativa de golpe de julho", indica o relatório da RSF, ONG com sede em Paris.
A quantidade de mulheres jornalistas detidas também aumentou por quatro na Turquia (21 contra 5 em 2015), "o que evidencia o crescimento do papel das mulheres na profissão, mas também o desastre que atravessa a Turquia, que é responsável por um terço das repórteres detidas".
"Na porta de entrada da Europa, uma verdadeira caça às bruxas levou para a cadeia dezenas de jornalistas, transformando a Turquia na maior prisão do mundo para a profissão. Em um ano, o regime de Erdogan esmagou o pluralismo na mídia, enquanto a União Europeia não disse virtualmente nada", denunciou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.
Em seu balanço anual também publicado nesta terça-feira, o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ) calcula que 81 repórteres estão detidos na Turquia, "a maior quantidade já registrada em qualquer país".
O CPJ aponta quatro jornalistas detidos na América Latina. O Panamá mantém um jornalista estrangeiro detido e a Venezuela um repórter com dupla cidadania. Cuba integra a lista de países que prenderam jornalistas em 2016 e que não estavam na lista do CPJ do ano passado.
Além da Turquia, China, Irã e Egito concentram mais de dois terços dos jornalistas presos no mundo, destaca a RSF, que pede a criação do posto de representante especial para a segurança dos jornalistas, diretamente vinculado ao secretário-geral da ONU.
Ao mesmo tempo, a RSF informa que a quantidade de jornalistas tomados como reféns caiu em 2016 na comparação com o ano passado: 52 contra 61. A ONG recorda que o número de sequestros no ano passado foi particularmente elevado.
Este ano, todos os reféns estão no Iêmen, Síria e Iraque. Nos dois últimos países, o grupo Estado Islâmico mantém 21 jornalistas em cativeiros, particularmente repórteres locais.
Em 2016, um jornalista, o burundinês Jean Bigirimana, está desaparecido (contra 8 ano passado). A RSF considera desaparecido um repórter quando não há elementos suficientes para determinar se foi vítima de homicídio ou sequestro e que sua condição não foi objeto de nenhuma reivindicação verificável.
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