Revista Time escolhe Trump como personalidade do ano; Hillary fica em 2º
Nova York, 7 dez 2016 (AFP) - A revista Time escolheu nesta quarta-feira Donald Trump como "Personalidade do Ano" de 2016 por sua impressionante vitória na eleição presidencial americana, alegando que ele redesenhou as regras políticas dos Estados Unidos.
O presidente eleito falou ao programa Today da rede de televisão NBC, acolhendo o título concedido pela revista como uma "honra muito, muito grande", negando que seja responsável pela polarização dos Estados Unidos e elogiando o presidente democrata Barack Obama.
O magnata do setor imobiliário, que chocou o establishment político ao derrotar a rival democrata, Hillary Clinton, aparece na capa da famosa revista com o título "Donald Trump, presidente dos Estados Divididos da América".
Hillary, a ex-secretária de Estado que quase se tornou a primeira presidente mulher da história dos Estados Unidos, ficou em segundo lugar na classificação da revista, e os "hackers" ficaram em terceiro lugar.
"Há 90 anos nós elegemos a pessoa que teve a maior influência, para o bem ou para o mal, nos eventos do ano. Então qual será desta vez: para o bem ou para o mal?", destaca a editora-chefe da Time, Nancy Gibbs. "O desafio de Donald Trump reside no fato de que o país discorda profundamente sobre essa resposta".
"Como todos os líderes recém-eleitos, ele tem a chance de cumprir promessas e desafiar as expectativas", acrescentou Gibbs.
Trump foi escolhido como personalidade de 2016 "por ter lembrado os Estados Unidos que a demagogia se alimenta do desespero e que a verdade vale apenas em função da confiança que se tem em quem a enuncia, por ter dado confiança a um eleitorado oculto, canalizando suas raivas e espalhando seus medos, e por ter descrito a cultura política de amanhã e demolido a de ontem", explicou.
No passado, a Time escolheu figuras sinistras como personalidade do ano, como Adolf Hitler, em 1938, e Joseph Stalin, em 1939 e 1942.
Na entrevista à NBC, o presidente eleito negou que tenha qualquer responsabilidade pela polarização dos Estados Unidos.
"Eu ainda não sou presidente, então eu não fiz nada para dividir", disse ele, apesar de ter inflamado o país com a retórica da campanha, depreciando mulheres, imigrantes ilegais e muçulmanos, entre outros.
Durante anos, Trump criticou Obama, e foi fundamental no movimento republicano que questionou se o primeiro presidente negro dos Estados Unidos tinha nascido no país e, portanto, se poderia ocupar o cargo.
"Agora que eu conheci o presidente Obama, eu realmente gosto dele", disse Trump à NBC na quarta-feira. "Temos uma química muito boa juntos. Nós nos reunimos, conversamos", acrescentou.
"Ele ama o país, quer fazer o certo para o país (...). Nós obviamente discordamos muito em certas políticas e certas coisas, mas eu realmente gosto dele", acrescentou.
O bilionário disse, ainda, que discutiu algumas das possíveis nomeações para o seu gabinete com o presidente democrata.
"Levo suas recomendações muito a sério e vou nomear algumas pessoas" com base nisso, disse Trump, acrescentando que um dos que já escolheu é uma pessoa muito estimada por Obama.
O presidente eleito falou ao programa Today da rede de televisão NBC, acolhendo o título concedido pela revista como uma "honra muito, muito grande", negando que seja responsável pela polarização dos Estados Unidos e elogiando o presidente democrata Barack Obama.
O magnata do setor imobiliário, que chocou o establishment político ao derrotar a rival democrata, Hillary Clinton, aparece na capa da famosa revista com o título "Donald Trump, presidente dos Estados Divididos da América".
Hillary, a ex-secretária de Estado que quase se tornou a primeira presidente mulher da história dos Estados Unidos, ficou em segundo lugar na classificação da revista, e os "hackers" ficaram em terceiro lugar.
"Há 90 anos nós elegemos a pessoa que teve a maior influência, para o bem ou para o mal, nos eventos do ano. Então qual será desta vez: para o bem ou para o mal?", destaca a editora-chefe da Time, Nancy Gibbs. "O desafio de Donald Trump reside no fato de que o país discorda profundamente sobre essa resposta".
"Como todos os líderes recém-eleitos, ele tem a chance de cumprir promessas e desafiar as expectativas", acrescentou Gibbs.
Trump foi escolhido como personalidade de 2016 "por ter lembrado os Estados Unidos que a demagogia se alimenta do desespero e que a verdade vale apenas em função da confiança que se tem em quem a enuncia, por ter dado confiança a um eleitorado oculto, canalizando suas raivas e espalhando seus medos, e por ter descrito a cultura política de amanhã e demolido a de ontem", explicou.
No passado, a Time escolheu figuras sinistras como personalidade do ano, como Adolf Hitler, em 1938, e Joseph Stalin, em 1939 e 1942.
Na entrevista à NBC, o presidente eleito negou que tenha qualquer responsabilidade pela polarização dos Estados Unidos.
"Eu ainda não sou presidente, então eu não fiz nada para dividir", disse ele, apesar de ter inflamado o país com a retórica da campanha, depreciando mulheres, imigrantes ilegais e muçulmanos, entre outros.
Durante anos, Trump criticou Obama, e foi fundamental no movimento republicano que questionou se o primeiro presidente negro dos Estados Unidos tinha nascido no país e, portanto, se poderia ocupar o cargo.
"Agora que eu conheci o presidente Obama, eu realmente gosto dele", disse Trump à NBC na quarta-feira. "Temos uma química muito boa juntos. Nós nos reunimos, conversamos", acrescentou.
"Ele ama o país, quer fazer o certo para o país (...). Nós obviamente discordamos muito em certas políticas e certas coisas, mas eu realmente gosto dele", acrescentou.
O bilionário disse, ainda, que discutiu algumas das possíveis nomeações para o seu gabinete com o presidente democrata.
"Levo suas recomendações muito a sério e vou nomear algumas pessoas" com base nisso, disse Trump, acrescentando que um dos que já escolheu é uma pessoa muito estimada por Obama.
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