Obama se despede, por enquanto, do mundo da arte
Washington, Estados Unidos, 5 dez 2016 (AFP) - O presidente americano, Barack Obama, compareceu no domingo à sua última festa de gala da Kennedy Center Honors, despedindo-se de artistas célebres antes de deixar o cargo, no próximo mês.
Antes da cerimônia, Obama recebeu na Casa Branca os premiados deste ano: o ator Al Pacino, os roqueiros do Eagles, o cantor James Taylor, a cantora de gospel e ativista de direitos civis Mavis Staples e a pianista argentina Martha Argerich.
"As honras do Kennedy Center são sobre pessoas que passaram a vida nos estimulando a refletir um pouco mais e sentir um pouco mais profundamente e nos expressarmos bravamente e talvez ir com calma de vez em quando", disse Obama.
Esta gala é "uma das partes do trabalho que eu vou sentir falta", acrescentou.
Obama pediu brincando ao guitarrista do Eagles Joe Walsh, um notório desordeiro, para não destruir a Casa Branca porque ele está saindo em breve e quer sua "caução" de volta.
A homenagem ao Eagles ia ser feita no ano passado, mas foi adiada devido à doença do membro fundador Glenn Frey, que morreu em janeiro. Ele recebeu o prêmio Kennedy postumamente.
Em uma recepção oferecida no sábado pelo secretário de Estado, John Kerry, o presidente do Kennedy Center, David Rubinstein, entregou medalhas aos artistas e pendurou fitas grandes e coloridas nos seus pescoços.
"Em 1968, quando James Taylor assinou com a Apple Records, eu estava no Vietnã e a América estava em guerra no exterior e em tumulto aqui em casa. Nós estávamos lutando e marchando ao som de (Jimi) Hendrix, da bateria de Ringo (Starr), do The Doors, do the (Rolling) Stones e do (Grateful) Dead", disse Kerry.
"E em meio à escuridão daquela época, James Taylor devolveu a luz do sol às nossas mentes, evocando as imagens agradáveis de neve na estrada de Stockbridge para Boston, profundos verdes e azuis como as cores da escolha, e senhoras do luar cantando canções de ninar para o doce bebê James", acrescentou, em referência à letra de 'Sweet Baby James', de autoria do músico.
Taylor, de 68 anos, tocou "America the Beautiful" na segunda posse de Obama, em janeiro de 2013, enquanto Staples, de 77 anos, que representa a trilha sonora do movimento pelos direitos civis, cantou na posse de John F. Kennedy.
O papel de destaque de Pacino foi o de Michael Corleone em "O Poderoso Chefão" (1972). O ator, hoje com 76 anos, participou de cerca de 100 filmes e peças durante uma longa carreira, que inclui "Scarface", "Vítimas de uma paixão", "Fogo contra fogo" e "Perfume de mulher".
Argerich, 75 anos, é considerada uma das melhores pianistas vivas do mundo, embora seja um tanto reclusa. Durante quase duas décadas, ela evitou performances solo, tocando quase exclusivamente com orquestras e orquestras de câmara, até 2000, quando realizou um recital com ingressos esgotados no Carnegie Hall, em Nova York.
Em uma entrevista recente, Argerich disse ao The Washington Post que estava "perplexa" de ter recebido o prêmio. "Eu não entendo, porque acho que não fiz muito nos Estados Unidos", acrescentou.
Mas Argerich claramente deixou sua marca, tendo se apresentado com a Orquestra Filarmônica de Nova York, a Orquestra Sinfônica de Boston e outras grandes orquestras americanas.
A gala anual repleta de estrelas é um ponto alto no calendário da sociedade de Washington.
Em 27 de dezembro, o canal de televisão CBS transmitirá o evento de arrecadação de fundos para o centro nacional de artes que é um memorial vivo de Kennedy.
Os prêmios reconhecem as contribuições dos artistas ao longo de suas vidas para a cultura americana através das artes.
Kerry disse que honrar os artistas serviu como um lembrete para a nação de que "mesmo em meio à turbulência, mesmo em meio às tragédias, há algo verdadeiramente mágico sobre o espírito humano - sua capacidade de se recuperar e sentir alegria, sua capacidade de se mover de maneiras encantadoras, e sua total recusa a ceder à escuridão - a luz está sempre lá".
Antes da cerimônia, Obama recebeu na Casa Branca os premiados deste ano: o ator Al Pacino, os roqueiros do Eagles, o cantor James Taylor, a cantora de gospel e ativista de direitos civis Mavis Staples e a pianista argentina Martha Argerich.
"As honras do Kennedy Center são sobre pessoas que passaram a vida nos estimulando a refletir um pouco mais e sentir um pouco mais profundamente e nos expressarmos bravamente e talvez ir com calma de vez em quando", disse Obama.
Esta gala é "uma das partes do trabalho que eu vou sentir falta", acrescentou.
Obama pediu brincando ao guitarrista do Eagles Joe Walsh, um notório desordeiro, para não destruir a Casa Branca porque ele está saindo em breve e quer sua "caução" de volta.
A homenagem ao Eagles ia ser feita no ano passado, mas foi adiada devido à doença do membro fundador Glenn Frey, que morreu em janeiro. Ele recebeu o prêmio Kennedy postumamente.
Em uma recepção oferecida no sábado pelo secretário de Estado, John Kerry, o presidente do Kennedy Center, David Rubinstein, entregou medalhas aos artistas e pendurou fitas grandes e coloridas nos seus pescoços.
"Em 1968, quando James Taylor assinou com a Apple Records, eu estava no Vietnã e a América estava em guerra no exterior e em tumulto aqui em casa. Nós estávamos lutando e marchando ao som de (Jimi) Hendrix, da bateria de Ringo (Starr), do The Doors, do the (Rolling) Stones e do (Grateful) Dead", disse Kerry.
"E em meio à escuridão daquela época, James Taylor devolveu a luz do sol às nossas mentes, evocando as imagens agradáveis de neve na estrada de Stockbridge para Boston, profundos verdes e azuis como as cores da escolha, e senhoras do luar cantando canções de ninar para o doce bebê James", acrescentou, em referência à letra de 'Sweet Baby James', de autoria do músico.
Taylor, de 68 anos, tocou "America the Beautiful" na segunda posse de Obama, em janeiro de 2013, enquanto Staples, de 77 anos, que representa a trilha sonora do movimento pelos direitos civis, cantou na posse de John F. Kennedy.
O papel de destaque de Pacino foi o de Michael Corleone em "O Poderoso Chefão" (1972). O ator, hoje com 76 anos, participou de cerca de 100 filmes e peças durante uma longa carreira, que inclui "Scarface", "Vítimas de uma paixão", "Fogo contra fogo" e "Perfume de mulher".
Argerich, 75 anos, é considerada uma das melhores pianistas vivas do mundo, embora seja um tanto reclusa. Durante quase duas décadas, ela evitou performances solo, tocando quase exclusivamente com orquestras e orquestras de câmara, até 2000, quando realizou um recital com ingressos esgotados no Carnegie Hall, em Nova York.
Em uma entrevista recente, Argerich disse ao The Washington Post que estava "perplexa" de ter recebido o prêmio. "Eu não entendo, porque acho que não fiz muito nos Estados Unidos", acrescentou.
Mas Argerich claramente deixou sua marca, tendo se apresentado com a Orquestra Filarmônica de Nova York, a Orquestra Sinfônica de Boston e outras grandes orquestras americanas.
A gala anual repleta de estrelas é um ponto alto no calendário da sociedade de Washington.
Em 27 de dezembro, o canal de televisão CBS transmitirá o evento de arrecadação de fundos para o centro nacional de artes que é um memorial vivo de Kennedy.
Os prêmios reconhecem as contribuições dos artistas ao longo de suas vidas para a cultura americana através das artes.
Kerry disse que honrar os artistas serviu como um lembrete para a nação de que "mesmo em meio à turbulência, mesmo em meio às tragédias, há algo verdadeiramente mágico sobre o espírito humano - sua capacidade de se recuperar e sentir alegria, sua capacidade de se mover de maneiras encantadoras, e sua total recusa a ceder à escuridão - a luz está sempre lá".
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