Metrô de Nova York inspira a primeira comédia musical à la Broadway
Nova York, 28 Nov 2016 (AFP) - Uma comédia musical a capela: quatro autores, incluindo a criadora das canções do filme "Frozen - Uma aventura congelante", lançaram este inédito desafio a jovens atores da Broadway, em um espetáculo que transcorre no metrô de Nova York.
Em um mundo conhecido por suas animadas orquestras e vibrato consistente, "In Transit" (Em trânsito) prescinde da tradicional extravagância para exibir a voz humana, em um coro sem acompanhamento instrumental.
"Cantam, dançam e são a orquestra", resume Kathleen Marshall, a diretora e coreógrafa do novo musical, que estreia em 11 de dezembro.
Há mais de 20 anos, "Avenue X" (Avenida X) foi o primeiro musical a capela, mas este foi encenado "off Broadway", ou seja, em um circuito paralelo, caracterizado por conteúdo mais experimental, e onde os meios e riscos financeiros não são os mesmos.
Mais recentemente, a série de televisão "Glee" (2009-2015) e os dois filmes "A escolha perfeita" ajudaram a dar uma notoriedade sem precedentes a esse estilo musical.
Milhares de grupos a capela foram criados em universidades ao redor dos Estados Unidos, e muitos deles participaram de competições regionais e nacionais, e de um reality show.
Em mais um indício de que o canto a capela deixou de ser um nicho, o grupo Pentatonix, que só utiliza vozes, liderou em novembro de 2015 a venda de álbuns nos Estados Unidos.
Quando a voz se torna instrumentoKristen Anderson-López tem o projeto em mente desde 1999. A autora, premiada com um Oscar pela canção "Let it go", do filme de desenho animado "Frozen", se associou a três amigos compositores, nova-iorquinos como ela, para concretizá-lo.
O espetáculo conta as aventuras de 11 personagens que se cruzam, se reencontram ou se apaixonam no metrô de Nova York, tudo isso no ritmo frenético de uma cidade que nunca faz uma pausa.
É também uma metáfora sobre os itinerários da vida, com suas voltas e imprevistos, que ressalta a importância dos pequenos momentos da existência.
"É uma comédia musical sobre Nova York, mas ao mesmo tempo fala de pessoas que tentam se encontrar ou atingir um ponto de suas vidas onde podem dizer: 'É isso, eu consegui'", explica James Snyder, que no espetáculo interpreta Nate, um financeiro desempregado.
"É emocionante fazer parte de algo que tenta forçar um pouco os limites", afirma à AFP Chesney Snow, um dos dois atores encarregados do "Beat box", que consiste em imitar a percussão com a voz.
Para que o exercício tenha êxito, os atores tiveram de modificar seus vocais, sob a direção de Deke Sharon, grande mestre do a capela nos Estados Unidos.
"Temos de pensar na voz como um instrumento", descreve James Snyder.
"Muitas vezes, temos uma voz branca (sem efeito) que pode se misturar com as outras e criar o som de instrumentos, mais que de vozes", se entusiasma David Abeles, Dave em "In Transit".
"Às vezes, Deke (Sharon) nos fazia imitar o instrumento que deveríamos estar tocando", dice. "Isso ajuda a visualizar o som".
"O a capela é uma metáfora incrível" da vida, porque você tem de estar se ajustando às outras pessoas e você tem que estar escutando", disse Anderson-López à revista Entertainment Weekly.
Em um mundo conhecido por suas animadas orquestras e vibrato consistente, "In Transit" (Em trânsito) prescinde da tradicional extravagância para exibir a voz humana, em um coro sem acompanhamento instrumental.
"Cantam, dançam e são a orquestra", resume Kathleen Marshall, a diretora e coreógrafa do novo musical, que estreia em 11 de dezembro.
Há mais de 20 anos, "Avenue X" (Avenida X) foi o primeiro musical a capela, mas este foi encenado "off Broadway", ou seja, em um circuito paralelo, caracterizado por conteúdo mais experimental, e onde os meios e riscos financeiros não são os mesmos.
Mais recentemente, a série de televisão "Glee" (2009-2015) e os dois filmes "A escolha perfeita" ajudaram a dar uma notoriedade sem precedentes a esse estilo musical.
Milhares de grupos a capela foram criados em universidades ao redor dos Estados Unidos, e muitos deles participaram de competições regionais e nacionais, e de um reality show.
Em mais um indício de que o canto a capela deixou de ser um nicho, o grupo Pentatonix, que só utiliza vozes, liderou em novembro de 2015 a venda de álbuns nos Estados Unidos.
Quando a voz se torna instrumentoKristen Anderson-López tem o projeto em mente desde 1999. A autora, premiada com um Oscar pela canção "Let it go", do filme de desenho animado "Frozen", se associou a três amigos compositores, nova-iorquinos como ela, para concretizá-lo.
O espetáculo conta as aventuras de 11 personagens que se cruzam, se reencontram ou se apaixonam no metrô de Nova York, tudo isso no ritmo frenético de uma cidade que nunca faz uma pausa.
É também uma metáfora sobre os itinerários da vida, com suas voltas e imprevistos, que ressalta a importância dos pequenos momentos da existência.
"É uma comédia musical sobre Nova York, mas ao mesmo tempo fala de pessoas que tentam se encontrar ou atingir um ponto de suas vidas onde podem dizer: 'É isso, eu consegui'", explica James Snyder, que no espetáculo interpreta Nate, um financeiro desempregado.
"É emocionante fazer parte de algo que tenta forçar um pouco os limites", afirma à AFP Chesney Snow, um dos dois atores encarregados do "Beat box", que consiste em imitar a percussão com a voz.
Para que o exercício tenha êxito, os atores tiveram de modificar seus vocais, sob a direção de Deke Sharon, grande mestre do a capela nos Estados Unidos.
"Temos de pensar na voz como um instrumento", descreve James Snyder.
"Muitas vezes, temos uma voz branca (sem efeito) que pode se misturar com as outras e criar o som de instrumentos, mais que de vozes", se entusiasma David Abeles, Dave em "In Transit".
"Às vezes, Deke (Sharon) nos fazia imitar o instrumento que deveríamos estar tocando", dice. "Isso ajuda a visualizar o som".
"O a capela é uma metáfora incrível" da vida, porque você tem de estar se ajustando às outras pessoas e você tem que estar escutando", disse Anderson-López à revista Entertainment Weekly.
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