Metallica descarrega toda a sua fúria em novo álbum
Paris, 17 Nov 2016 (AFP) - Após oito anos de ausência, o Metallica rompe seu silêncio com "Hardwired... to self-destruct", um álbum que marca seu regresso ao trash metal, no qual a banda americana descarrega toda a sua "fúria".
"Somos quatro caras furiosos", disse sem rodeios à AFP o guitarrista Kirk Hammet, que aos 53 anos exibe algumas mechas grisalhas em seu longo cabelo cacheado.
"Estas canções foram escritas com muita fúria, muita agressividade", explicou este californiano durante uma visita a Paris.
A primeira faixa, "Hardwired", dá o tom do álbum de 12 músicas, que sairá à venda na sexta-feira. Esta canção, ultrarrápida, sem concessões e com uma letra decadente - "Estamos realmente na merda (...) programados para a auto-destruição" - lembra o primeiro álbum do Metallica, "Kill'Em all" (1983).
O título do novo álbum é uma "declaração sobre a condição humana", afirmou Hammett.
"Às vezes fazemos coisas mesmo sabendo que são ruins para nós", disse. "Estamos programados para ter uma parte obscura e ruim dentro de nós. Algumas pessoas acabam se autodestruindo, porque não suportam sua condição".
"Maneira agressiva de tocar"A segunda faixa, "Atlas Rise!", lembra "Master of Puppets" (1986), um dos hinos do heavy metal. Apesar de que, sem ser tão épica quanto a sua predecessora, a canção, com mais de seis minutos de duração, alterna com habilidade passagens cantadas, instrumentais e os famosos solos de guitarra de Hammett, fiel ao seu pedal wah-wah.
"Expresso minha raiva na minha maneira muito agressiva de tocar guitarra", diz Hammett, contando que, se as cordas do seu instrumento não forem trocadas regularmente, ele acaba rompendo-as. "Sempre toco assim, faz eu me sentir bem", indicou.
Sua relação com o instrumento está em constante evolução, afirma o músico. "Voltei a me reconectar com a minha guitarra" nos últimos anos. "Minha forma de tocar não é a mesma de dois ou três anos atrás".
No novo álbum, a banda diminui um pouco o ritmo em "Halo on Fire", uma canção na qual James Hetfield adota uma voz mais aérea e com mais matizes. Mas nada comparado a "Nothing Else Matters", o hit do "Black Album" (1991), o maior êxito comercial da banda até agora, com 30 milhões de cópias vendidas.
"Queríamos criar algo simples, direto e agressivo. As músicas soam como algumas dos cinco primeiros álbuns, mas não são uma cópia. Voltamos às nossas origens, mas com a intenção de criar algo novo", diz Kirk Hammett.
"Continuar sendo os melhores" O Metallica não esconde sua ambição. "Queremos continuar sendo os melhores", afirmou Hammett. "Queria que houvesse mais músicos como nós no mundo".
Para Steve Goldby, do site especializado Metaltalk.net., a banda conseguiu seu objetivo. "O Metallica não fazia um álbum tão bom assim há bastante tempo", disse o jornalista à AFP.
"O Metallica está de volta, de forma brilhante, com um pacote de canções épicas", acrescentou.
O quarteto californiano apresentará o novo álbum em uma turnê prevista para 2017.
Hammet não descarta voltar um dia à casa de shows parisiense Bataclan, que reabriu suas portas há menos de uma semana, um ano depois do atentado terrorista de 13 de novembro de 2015. Em 2003, a banda fez um show nessa sala, que foi convertido em um álbum ao vivo ("Liberté, Egalité, Fraternité, Metallica!") que saiu em abril passado, em homenagem às vítimas.
"Tenho vontade de ir ao Bataclan, agora mesmo", afirmou Hammet, visivelmente emocionado. "Minha angústia foi profunda depois do que aconteceu. Eu ainda estou muito triste. Tocamos nessa sala, conhecíamos as pessoas. Uma pessoa que trabalhava para a nossa gravadora morreu naquela noite. É muito difícil lembrar de tudo isso, e sinto uma raiva imensa".
nip-eg/meb/ra/db/mvv
"Somos quatro caras furiosos", disse sem rodeios à AFP o guitarrista Kirk Hammet, que aos 53 anos exibe algumas mechas grisalhas em seu longo cabelo cacheado.
"Estas canções foram escritas com muita fúria, muita agressividade", explicou este californiano durante uma visita a Paris.
A primeira faixa, "Hardwired", dá o tom do álbum de 12 músicas, que sairá à venda na sexta-feira. Esta canção, ultrarrápida, sem concessões e com uma letra decadente - "Estamos realmente na merda (...) programados para a auto-destruição" - lembra o primeiro álbum do Metallica, "Kill'Em all" (1983).
O título do novo álbum é uma "declaração sobre a condição humana", afirmou Hammett.
"Às vezes fazemos coisas mesmo sabendo que são ruins para nós", disse. "Estamos programados para ter uma parte obscura e ruim dentro de nós. Algumas pessoas acabam se autodestruindo, porque não suportam sua condição".
"Maneira agressiva de tocar"A segunda faixa, "Atlas Rise!", lembra "Master of Puppets" (1986), um dos hinos do heavy metal. Apesar de que, sem ser tão épica quanto a sua predecessora, a canção, com mais de seis minutos de duração, alterna com habilidade passagens cantadas, instrumentais e os famosos solos de guitarra de Hammett, fiel ao seu pedal wah-wah.
"Expresso minha raiva na minha maneira muito agressiva de tocar guitarra", diz Hammett, contando que, se as cordas do seu instrumento não forem trocadas regularmente, ele acaba rompendo-as. "Sempre toco assim, faz eu me sentir bem", indicou.
Sua relação com o instrumento está em constante evolução, afirma o músico. "Voltei a me reconectar com a minha guitarra" nos últimos anos. "Minha forma de tocar não é a mesma de dois ou três anos atrás".
No novo álbum, a banda diminui um pouco o ritmo em "Halo on Fire", uma canção na qual James Hetfield adota uma voz mais aérea e com mais matizes. Mas nada comparado a "Nothing Else Matters", o hit do "Black Album" (1991), o maior êxito comercial da banda até agora, com 30 milhões de cópias vendidas.
"Queríamos criar algo simples, direto e agressivo. As músicas soam como algumas dos cinco primeiros álbuns, mas não são uma cópia. Voltamos às nossas origens, mas com a intenção de criar algo novo", diz Kirk Hammett.
"Continuar sendo os melhores" O Metallica não esconde sua ambição. "Queremos continuar sendo os melhores", afirmou Hammett. "Queria que houvesse mais músicos como nós no mundo".
Para Steve Goldby, do site especializado Metaltalk.net., a banda conseguiu seu objetivo. "O Metallica não fazia um álbum tão bom assim há bastante tempo", disse o jornalista à AFP.
"O Metallica está de volta, de forma brilhante, com um pacote de canções épicas", acrescentou.
O quarteto californiano apresentará o novo álbum em uma turnê prevista para 2017.
Hammet não descarta voltar um dia à casa de shows parisiense Bataclan, que reabriu suas portas há menos de uma semana, um ano depois do atentado terrorista de 13 de novembro de 2015. Em 2003, a banda fez um show nessa sala, que foi convertido em um álbum ao vivo ("Liberté, Egalité, Fraternité, Metallica!") que saiu em abril passado, em homenagem às vítimas.
"Tenho vontade de ir ao Bataclan, agora mesmo", afirmou Hammet, visivelmente emocionado. "Minha angústia foi profunda depois do que aconteceu. Eu ainda estou muito triste. Tocamos nessa sala, conhecíamos as pessoas. Uma pessoa que trabalhava para a nossa gravadora morreu naquela noite. É muito difícil lembrar de tudo isso, e sinto uma raiva imensa".
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