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"Rolling Stone" terá de pagar US$ 3 mi por falsa acusação de estupro

Capa da edição "Rolling Stone" que publicou informações falsas - Reprodução
Capa da edição "Rolling Stone" que publicou informações falsas Imagem: Reprodução

De Nova York (EUA)

08/11/2016 01h51

A revista americana "Rolling Stone" e uma de suas jornalistas foram condenadas a pagar 3 milhões de dólares a uma funcionária da Universidade da Virgínia difamada em uma matéria sobre um estupro coletivo que na realidade nunca ocorreu.

Nicole Eramo, vice-decana de estudantes, receberá 2 milhões de dólares em indenização da jornalista Sabrina Rubin Erdely e 1 milhão de dólares da revista, da editora Wenner Media, segundo decisão de um tribunal de Charlottesville, Virgínia.

Em novembro de 2014, a revista publicou um artigo titulado "Um estupro no campus", que contava a história de uma jovem estudante que denunciava ter sido vítima de um estupro coletivo no local de uma fraternidade de estudantes.

Reportagem da "Rolling Stone" que denuncia falso caso de estupro contra a jovem Nicole Eramo - Reprodução/"Rolling Stone" - Reprodução/"Rolling Stone"
Reportagem da "Rolling Stone" que denuncia falso caso de estupro contra jovem
Imagem: Reprodução/"Rolling Stone"
Erdely informava que a estudante havia contactado responsáveis da universidade, mas que estes não haviam investigado as acusações. A jornalista questionava sobretudo Nicole Eramo.

Após a publicação do artigo, uma investigação interna na universidade e uma investigação policial não permitiram encontrar qualquer elemento que corroborasse as acusações.

Verificações do depoimento da jovem colocaram em evidência várias incoerências no relato. Em abril de 2015, a "Rolling Stone" se retratou oficialmente sobre o caso. A revista e a autora do artigo foram denunciadas por difamação por Nicole Eramo.

Na última sexta-feira (4), um júri convocado pela corte federal do distrito oeste de Virgínia (leste) determinou a culpa das duas partes questionadas, assim como o caráter intencional para a maioria dos atos que incriminavam Eramo.