A moda apurada de Lanvin e Rochas nas passarelas de Paris
Paris, 28 Set 2016 (AFP) - A elegância apurada de duas maisons de longa tradição - Lanvin e Rochas - brilhou nessa quarta-feira (28) nas passarelas de Paris através de suas coleções prêt-à-porter primavera-verão 2017.
Lanvin faz parte do grupo de três grandes marcas parisienses que estrearam novo estilista nessa semana. Saint Laurent estreou na véspera com o belga Anthony Vaccarello, e a Dior vai estreiar na sexta-feira (30) com a italiana Maria Grazia Chiuri, recém-chegada à maison Valentino.
Lanvin estreia estilistaA francesa Bouchra Jarrar, nomeada para dirigir a Lanvin após a tumultuada saída de Alber Elbaz, abriu hoje uma nova página na história da maison com uma coleção que exaltou os códigos de sobriedade da marca.
Fundada por Jeanne Lanvin em 1889, a marca é a mais antiga em atividade na França.
A coleção de Jarrar era particularmente esperada desde o decepcionante desfile da temporada passada, criado pelo ateliê Lanvin.
Sua coleção conseguiu o equilíbrio entre masculino e feminino. Brincou com contrastes, com pijamas de listras e sapatos baixos, smokings e casacos, mas também teve delicados ternos com transparências, de renda e organza, com flores bordadas.
"Odeio o estresse", disse a estilista no final do desfile.
"Sou mais alguém que antecipa as coisas, ainda que isso não impeça que tenha dias muito densos!", acrescentou.
"Para mim, o que importava era trazer luz, era uma obsessão para todas as opções em materiais, nas proporções, nas silhuetas. O brilho coabita com o mate, o opaco com o transparente e a renda", diz a estilista.
Antes de fundar sua própria marca em 2010, Bouchra Jarrar foi diretora da Balenciaga junto com Nicolas Ghesquière e, depois, trabalhou na maison Lacroix.
Rochas e o choque de coresPara o próximo verão, o napolitano Alessandro dell'Acqua traz uma opção apurada na hora de compor silhuetas com peças que combinam dois, ou no máximo três, cores primárias: azul e amarelo, verde e laranja, amarelo e verde.
São looks simples, de elegância atemporal, que segundo o estilista napolitano correspondem fielmente ao DNA da marca.
Sobrevoa uma atmosfera anos 1940 sem chegar à nostalgia. É como se uma "teddy girl" - menina rebelde - usasse roupas de marcas famosas encontradas no armário da família.
"É uma coleção muito Rochas, muito do arquivo Rochas - diz dell'Acqua - mas utilizada de uma forma contemporânea".
Transparências de tule, organza e renda fazem a variação nesse clima de delicadeza, em uma visão do prêt-à-porter que não deixa nada a dever à Alta-Costura.
"Para mim, o importante era a cor, a leveza, elegante, mas com uma atitude muito enérgica", afirmou Dell'Acqua.
"Queria que as cores chocassem, entre sapato, vestido e lingerie". Uma coleção, insiste, que presta "menos atenção ao detalhe decorativo e mais à cor".
Um protagonismo cromático que evoca as capas emblemáticas da Vogue americana nos anos 1950 com fotografias de Erwin Blumenfeld.
alm-ltl/jz/cr/tt
Lanvin faz parte do grupo de três grandes marcas parisienses que estrearam novo estilista nessa semana. Saint Laurent estreou na véspera com o belga Anthony Vaccarello, e a Dior vai estreiar na sexta-feira (30) com a italiana Maria Grazia Chiuri, recém-chegada à maison Valentino.
Lanvin estreia estilistaA francesa Bouchra Jarrar, nomeada para dirigir a Lanvin após a tumultuada saída de Alber Elbaz, abriu hoje uma nova página na história da maison com uma coleção que exaltou os códigos de sobriedade da marca.
Fundada por Jeanne Lanvin em 1889, a marca é a mais antiga em atividade na França.
A coleção de Jarrar era particularmente esperada desde o decepcionante desfile da temporada passada, criado pelo ateliê Lanvin.
Sua coleção conseguiu o equilíbrio entre masculino e feminino. Brincou com contrastes, com pijamas de listras e sapatos baixos, smokings e casacos, mas também teve delicados ternos com transparências, de renda e organza, com flores bordadas.
"Odeio o estresse", disse a estilista no final do desfile.
"Sou mais alguém que antecipa as coisas, ainda que isso não impeça que tenha dias muito densos!", acrescentou.
"Para mim, o que importava era trazer luz, era uma obsessão para todas as opções em materiais, nas proporções, nas silhuetas. O brilho coabita com o mate, o opaco com o transparente e a renda", diz a estilista.
Antes de fundar sua própria marca em 2010, Bouchra Jarrar foi diretora da Balenciaga junto com Nicolas Ghesquière e, depois, trabalhou na maison Lacroix.
Rochas e o choque de coresPara o próximo verão, o napolitano Alessandro dell'Acqua traz uma opção apurada na hora de compor silhuetas com peças que combinam dois, ou no máximo três, cores primárias: azul e amarelo, verde e laranja, amarelo e verde.
São looks simples, de elegância atemporal, que segundo o estilista napolitano correspondem fielmente ao DNA da marca.
Sobrevoa uma atmosfera anos 1940 sem chegar à nostalgia. É como se uma "teddy girl" - menina rebelde - usasse roupas de marcas famosas encontradas no armário da família.
"É uma coleção muito Rochas, muito do arquivo Rochas - diz dell'Acqua - mas utilizada de uma forma contemporânea".
Transparências de tule, organza e renda fazem a variação nesse clima de delicadeza, em uma visão do prêt-à-porter que não deixa nada a dever à Alta-Costura.
"Para mim, o importante era a cor, a leveza, elegante, mas com uma atitude muito enérgica", afirmou Dell'Acqua.
"Queria que as cores chocassem, entre sapato, vestido e lingerie". Uma coleção, insiste, que presta "menos atenção ao detalhe decorativo e mais à cor".
Um protagonismo cromático que evoca as capas emblemáticas da Vogue americana nos anos 1950 com fotografias de Erwin Blumenfeld.
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