Controversa coleção de 85 obras de Joan Miró permanecerá em Portugal
A coleção de 85 obras do artista espanhol Joan Miró, propriedade do Estado português desde a nacionalização do banco BPN, permanecerá finalmente em Portugal, disse nesta terça-feira (27) o primeiro-ministro, Antônio Costa.
"O governo tomou a decisão de manter de forma definitiva a famosa coleção de obras de Miró na cidade do Porto", no norte de Portugal, declarou Costa à imprensa em Lisboa.
O chefe do governo socialista não afirmou se as obras do artista catalão continuarão nas mãos do Estado ou se poderão ser vendidas sob certas condições.
"O dossiê não está concluído, mas qualquer possível comprador, público ou privado, terá que se comprometer a manter a coleção no Porto", explicou à agência France Press um porta-voz governamental.
As obras serão expostas pela primeira vez a partir do sábado no Museu de Serralves do Porto. A exposição, intitulada "Joan Miró: Materialidade e Metamorfose", poderá ser vista até 28 de janeiro de 2017.
A decisão do governo encerra a polêmica iniciada em fevereiro de 2014, quando a casa de leilão de Londres Christie's anulou as vendas de obras por causa das questões judiciais em Portugal.
O governo anterior, de centro-direita, queria se desfazer de várias obras para encher os cofres públicos, mas teve que enfrentar vários processos judiciais da oposição de esquerda, que tentou em vão que as obras fossem classificadas no patrimônio cultural português.
De um valor global estimado por Christie's em mais de 30 milhões de libras (34,7 milhões de euros, 38,8 milhões de dólares), a coleção passou a ser propriedade do Estado português depois da nacionalização em 2008 do banco BPN.
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