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Grupo chinês Wanda anuncia parceria com o estúdio Sony Pictures

23/09/2016 06h10

Pequim, 23 Set 2016 (AFP) - O grupo chinês Wanda, que possui uma ampla rede de salas de cinema em todo o planeta, anunciou nesta sexta-feira um "acordo estratégico" com o estúdio Sony Pictures para aumentar a influência cultural da China em Hollywood.

"O grupo Dalian Wanda e o grupo Sony Pictures Entertainment Motion Picture alcançaram um acordo de cooperação estratégico", afirma um comunicado divulgado pelo conglomerado chinês, que tem como proprietário o magnata Wang Jianlin, considerado o homem mais rico do país.

Segundo os termos do acordo, a "Sony Pictures abrirá as portas a investimentos do grupo Wanda em suas produções e Wanda insistirá no componente chinês nos filmes em que investir", destaca a nota oficial.

"A aliança contribuirá para reforçar a influência de Wanda na indústria mundial do cinema, o que significará um bom precedente para os produtores de filmes chineses em seus investimentos no exterior", completa o grupo.

De acordo com a agência Bloomberg, Wanda poderia financiar até 10% de alguns filmes da filial do grupo japonês Sony.

O presidente da Sony Pictures, Tom Rothman, ressaltou que o mercado chinês "continua crescendo para os filmes de Hollywood".

"Esta aliança reforça de forma considerável nossa capacidade para chegar diretamente a este público", completou, segundo o comunicado.

O grupo chinês, que começou no setor imobiliário, busca diversificar suas atividades em todos os segmentos, especialmente serviços financeiros, lazer e esporte.

Em 2012, Wanda adquiriu a rede americana de cinemas AMC Entertainment por 2,6 bilhões de dólares. Na China também possui uma grande rede de salas. Também comprou o estúdio Legendary ("Jurassic World", "Godzilla") por 3,5 bilhões de dólares e recentemente anunciou que pagou US$ 1,2 bilhão para adquirir a Odeon & UCI, uma empresa de salas de cinema com sede em Londres.

Em julho, o Wall Street Journal informou que o conglomerado de Wang Jianlin estava em negociações para adquirir uma participação importante em outro estúdio americano, Paramount Pictures.

A cada vez maior influência do bilionário chinês, considerado um empresário próximo ao regime comunista, provoca críticas nos Estado Unidos, onde vários congressistas advertiram na semana passada que ele poderia estar buscando "estender o controle da propaganda nos meios de comunicação americanos".

bar/fp

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