Nobel de Literatura denuncia 'regime de terror' na Turquia após prisão de jornalista
Roma, 11 Set 2016 (AFP) - O vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Orhan Pamuk denunciou, neste domingo, o "regime de terror" que a Turquia vive após a prisão de um influente jornalista e de seu irmão, no auge dos expurgos posteriores à tentativa de golpe de Estado.
"Estou muito chateado, quero expressar minhas críticas mais ásperas contra a prisão do escritor Ahmet Altan, de um dos grupos mais importantes do jornalismo turco, e de seu irmão, Mehmet Altan, professor universitário e economista de renome", escreveu Pamuk, que ganhou o Nobel em 2006, em um artigo publicado pelo jornal italiano La Repubblica.
"Na Turquia, estão fechando pouco a pouco em celas todas as pessoas que se atrevem a fazer críticas, inclusive mínimas, sobre as ações do governo, baseando-se no ódio mais feroz", continuou Pamuk.
"A liberdade de pensamento já não existe. Estamos nos afastando a toda velocidade de um Estado de direito e vamos para um regime de terror", acrescenta o escritor pedindo a libertação imediata dos intelectuais presos.
Orhan Pamuk, que já foi criticado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan antes da tentativa frustrada de golpe de Estado em julho, não havia falado até agora dos expurgos realizados pelo governo, que afetam todas as categorias da sociedade, incluindo jornalistas e intelectuais.
No sábado, a agência de notícias oficial, Anadolu, anunciou a prisão de Ahmet Altan e de seu irmão, no auge da investigação sobre os responsáveis pela tentativa de golpe, atribuído pelo governo aos seguidores do religioso no exílio, Fethullah Gülen.
Segundo o Hürriyet, ambos irão responder pelo que disseram diante das câmeras em uma conversa transmitida pela televisão um dia antes da tentativa de golpe.
"Estou muito chateado, quero expressar minhas críticas mais ásperas contra a prisão do escritor Ahmet Altan, de um dos grupos mais importantes do jornalismo turco, e de seu irmão, Mehmet Altan, professor universitário e economista de renome", escreveu Pamuk, que ganhou o Nobel em 2006, em um artigo publicado pelo jornal italiano La Repubblica.
"Na Turquia, estão fechando pouco a pouco em celas todas as pessoas que se atrevem a fazer críticas, inclusive mínimas, sobre as ações do governo, baseando-se no ódio mais feroz", continuou Pamuk.
"A liberdade de pensamento já não existe. Estamos nos afastando a toda velocidade de um Estado de direito e vamos para um regime de terror", acrescenta o escritor pedindo a libertação imediata dos intelectuais presos.
Orhan Pamuk, que já foi criticado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan antes da tentativa frustrada de golpe de Estado em julho, não havia falado até agora dos expurgos realizados pelo governo, que afetam todas as categorias da sociedade, incluindo jornalistas e intelectuais.
No sábado, a agência de notícias oficial, Anadolu, anunciou a prisão de Ahmet Altan e de seu irmão, no auge da investigação sobre os responsáveis pela tentativa de golpe, atribuído pelo governo aos seguidores do religioso no exílio, Fethullah Gülen.
Segundo o Hürriyet, ambos irão responder pelo que disseram diante das câmeras em uma conversa transmitida pela televisão um dia antes da tentativa de golpe.
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