Supremo de Israel decide que manuscritos de Kafka pertencem à Biblioteca Nacional
Jerusalém, 8 Ago 2016 (AFP) - A Suprema Corte de Israel decidiu que um acervo de manuscritos do escritor Franz Kafka continuará sendo propriedade da Biblioteca Nacional, pondo fim a uma longa batalha jurídica - anunciou uma fonte judicial nesta segunda-feira (8).
A máxima instância judicial israelense rejeitou no domingo (7) um recurso apresentado pelos herdeiros de Max Brod, amigo de infância de Franz Kafka que foi o executor de seu testamento.
O autor de "O Processo", morto em 1924, pediu para Brod queimar seus manuscritos, mas ele os conservou.
Após a invasão da Tchecoslováquia pela Alemanha nazista em 1939, Max Brod emigrou para a Palestina, levando os manuscritos com ele. Depois, deixou-os para sua secretária, Esther Hoffe, quando morreu, em 1968.
Em seu testamento, pediu que Hoffe deixasse os arquivos, avaliados em milhões de dólares, como herança para a "Universidade hebraica de Jerusalém, para a Biblioteca Municipal de Tel Aviv, ou para outra instituição em Israel, ou no exterior".
A secretária, que faleceu em 2007, distribuiu seus bens entre suas duas filhas e, com isso, a coleção Brod se tornou objeto de múltiplas disputas judiciais.
No início do processo contra as herdeiras de Hoffe em 2009, o Estado de Israel reivindicou todos os documentos, alegando que essa foi a última vontade de Brod.
As filhas de Hoffe argumentaram, porém, que ele doou os arquivos para a mãe delas e que, portanto, poderiam dispor dos mesmos como quisessem.
Hoffe havia vendido o manuscrito original de "O Processo" por US$ 2 milhões.
Em 2012, um tribunal ordenou que os arquivos fossem transferidos para a Biblioteca Nacional de Israel.
"Max Brod não queria que seus bens fossem vendidos a quem oferecesse o melhor preço, e esses encontram um lugar adequado em um santuário literário e cultural", consideraram os juízes da Suprema Corte nesta segunda-feira (8).
A máxima instância judicial israelense rejeitou no domingo (7) um recurso apresentado pelos herdeiros de Max Brod, amigo de infância de Franz Kafka que foi o executor de seu testamento.
O autor de "O Processo", morto em 1924, pediu para Brod queimar seus manuscritos, mas ele os conservou.
Após a invasão da Tchecoslováquia pela Alemanha nazista em 1939, Max Brod emigrou para a Palestina, levando os manuscritos com ele. Depois, deixou-os para sua secretária, Esther Hoffe, quando morreu, em 1968.
Em seu testamento, pediu que Hoffe deixasse os arquivos, avaliados em milhões de dólares, como herança para a "Universidade hebraica de Jerusalém, para a Biblioteca Municipal de Tel Aviv, ou para outra instituição em Israel, ou no exterior".
A secretária, que faleceu em 2007, distribuiu seus bens entre suas duas filhas e, com isso, a coleção Brod se tornou objeto de múltiplas disputas judiciais.
No início do processo contra as herdeiras de Hoffe em 2009, o Estado de Israel reivindicou todos os documentos, alegando que essa foi a última vontade de Brod.
As filhas de Hoffe argumentaram, porém, que ele doou os arquivos para a mãe delas e que, portanto, poderiam dispor dos mesmos como quisessem.
Hoffe havia vendido o manuscrito original de "O Processo" por US$ 2 milhões.
Em 2012, um tribunal ordenou que os arquivos fossem transferidos para a Biblioteca Nacional de Israel.
"Max Brod não queria que seus bens fossem vendidos a quem oferecesse o melhor preço, e esses encontram um lugar adequado em um santuário literário e cultural", consideraram os juízes da Suprema Corte nesta segunda-feira (8).
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