Funeral de Elie Wiesel tem início em Nova York
Nova York, 3 Jul 2016 (AFP) - O funeral do prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel, morto no sábado aos 87 anos, começou neste domingo em uma sinagoga de Nova York, com uma cerimônia que será seguida pelo enterro desta figura de grande importância da comunidade judaica.
"É uma grande perda para os judeus. É uma grande perda para a humanidade", declarou Ronald Lauder, presidente do Congresso Judeu Mundial, diante da sinagoga no bairro nova-iorquino de Upper West Side.
Várias dezenas de pessoas, entre elas a viúva de Elie Wiesel, Marion, em cadeira de rodas, chegaram ao templo em carros pretos.
A cerimônia começou às 11h00 locais (12h00 de Brasília) e, segundo membros da sinagoga interrogados pela AFP, o enterro deve ocorrer logo depois da cerimônia fúnebre.
A morte do famoso escritor judeu americano foi anunciada no sábado em Jerusalém pelo memorial do Holocausto Yad Vashem e o jornal New York Times disse que ele havia morrido em sua casa em Manhattan.
Sua morte provocou reações de pesar e de reconhecimento de seu trabalho incansável em todo o mundo.
"Na escuridão do Holocausto, no qual seis milhões de nossos irmãos e irmãs pereceram, Elie Wiesel foi um farol de luz e um exemplo de humanidade", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um comunicado.
"Elie não era apenas o mais famoso sobrevivente da Shoah. Ele era a memória viva", declarou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, o classificou como "um herói para o povo judeu e um gigante para toda a humanidade".
Nascido em 30 de setembro de 1828 em Sighet, atual Romênia, na época Transilvânia, foi deportado ao campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, aos 15 anos.
Ali perdeu a mãe e a irmã, enquanto seu pai morreu diante de seus olhos no campo de Buchenwald, para onde foram transferidos.
Depois de deixar o campo de concentração, em 1945 foi acolhido na França por uma organização beneficente e pôde se reunir com suas duas irmãs que ainda estavam vivas.
Após estudar filosofia na Universidade Sorbonne, se voltou às letras, tornando-se jornalista e escritor.
Sua obra mais conhecida é "A Noite", um livro de memórias no qual narra sua experiência nos campos de concentração.
Escrito originalmente em íidiche, o livro tinha como título nas primeiras edições "E o mundo calava", o eterno fantasma que perseguiu Wiesel.
Em 1986 ganhou o prêmio Nobel da Paz por ter dedicado sua vida a ser testemunha do genocídio cometido pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
"Não vou permanecer em silêncio"Wiesel trabalhou a vida toda para cumprir a promessa que fez ao fim da guerra de ajudar os perseguidos em qualquer lugar do mundo. Este compromisso o fez se colocar a serviço de diversas causas, do genocídio armênio aos crimes de Darfur.
Em sua campanha contra o esquecimento e para facilitar a compreensão entre os povos, Wiesel criou junto a sua esposa a fundação que leva seu nome e a Academia Universal das Culturas.
"Sempre, onde quer que exista um ser humano perseguido, não vou permanecer em silêncio", disse Wiesel, classificado pelo comitê que entrega o Nobel como "um mensageiro da humanidade".
Naturalizado americano em 1963, voltou a Auschwitz em 2006 junto com a apresentadora Oprah Winfrey. Também visitou o campo de Buchenwald com o presidente Obama e a chanceler alemã, Angela Merkel.
Por seu trabalho na liderança do Comitê pela Memória do Holocausto, recebeu a medalha de ouro do Congresso americano e na França foi reconhecido com a Grã-Cruz da Legião de Honra.
"É uma grande perda para os judeus. É uma grande perda para a humanidade", declarou Ronald Lauder, presidente do Congresso Judeu Mundial, diante da sinagoga no bairro nova-iorquino de Upper West Side.
Várias dezenas de pessoas, entre elas a viúva de Elie Wiesel, Marion, em cadeira de rodas, chegaram ao templo em carros pretos.
A cerimônia começou às 11h00 locais (12h00 de Brasília) e, segundo membros da sinagoga interrogados pela AFP, o enterro deve ocorrer logo depois da cerimônia fúnebre.
A morte do famoso escritor judeu americano foi anunciada no sábado em Jerusalém pelo memorial do Holocausto Yad Vashem e o jornal New York Times disse que ele havia morrido em sua casa em Manhattan.
Sua morte provocou reações de pesar e de reconhecimento de seu trabalho incansável em todo o mundo.
"Na escuridão do Holocausto, no qual seis milhões de nossos irmãos e irmãs pereceram, Elie Wiesel foi um farol de luz e um exemplo de humanidade", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um comunicado.
"Elie não era apenas o mais famoso sobrevivente da Shoah. Ele era a memória viva", declarou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, o classificou como "um herói para o povo judeu e um gigante para toda a humanidade".
Nascido em 30 de setembro de 1828 em Sighet, atual Romênia, na época Transilvânia, foi deportado ao campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, aos 15 anos.
Ali perdeu a mãe e a irmã, enquanto seu pai morreu diante de seus olhos no campo de Buchenwald, para onde foram transferidos.
Depois de deixar o campo de concentração, em 1945 foi acolhido na França por uma organização beneficente e pôde se reunir com suas duas irmãs que ainda estavam vivas.
Após estudar filosofia na Universidade Sorbonne, se voltou às letras, tornando-se jornalista e escritor.
Sua obra mais conhecida é "A Noite", um livro de memórias no qual narra sua experiência nos campos de concentração.
Escrito originalmente em íidiche, o livro tinha como título nas primeiras edições "E o mundo calava", o eterno fantasma que perseguiu Wiesel.
Em 1986 ganhou o prêmio Nobel da Paz por ter dedicado sua vida a ser testemunha do genocídio cometido pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
"Não vou permanecer em silêncio"Wiesel trabalhou a vida toda para cumprir a promessa que fez ao fim da guerra de ajudar os perseguidos em qualquer lugar do mundo. Este compromisso o fez se colocar a serviço de diversas causas, do genocídio armênio aos crimes de Darfur.
Em sua campanha contra o esquecimento e para facilitar a compreensão entre os povos, Wiesel criou junto a sua esposa a fundação que leva seu nome e a Academia Universal das Culturas.
"Sempre, onde quer que exista um ser humano perseguido, não vou permanecer em silêncio", disse Wiesel, classificado pelo comitê que entrega o Nobel como "um mensageiro da humanidade".
Naturalizado americano em 1963, voltou a Auschwitz em 2006 junto com a apresentadora Oprah Winfrey. Também visitou o campo de Buchenwald com o presidente Obama e a chanceler alemã, Angela Merkel.
Por seu trabalho na liderança do Comitê pela Memória do Holocausto, recebeu a medalha de ouro do Congresso americano e na França foi reconhecido com a Grã-Cruz da Legião de Honra.
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