Bolívia recupera da Alemanha 21 peças arqueológicas pré-colombianas
La Paz, 21 Jun 2016 (AFP) - A Bolívia recuperou 21 peças arqueológicas pré-colombianas, correspondentes às culturas Tiwanaku e amazônica, informou nesta terça-feira o presidente Evo Morales, que propôs a construção de um museu para abrigar os bens indígenas que estão retornando ao país.
Morales afirmou em um ato público que um familiar do fotógrafo alemão Hans Ertl, que chegou à Bolívia com a sua família após o fim da Segunda Guerra Mundial, "decidiu devolver estas peças arqueológicas do altiplano e do oriente boliviano".
A chancelaria boliviana explicou depois à AFP que foi o neto de Ertl que entregou as peças, que consistem em pedras talhadas, vasilhas e cerâmicas da cultura Tiwanaku e de povos da Amazônia.
Ertl ganhou fama na Bolívia após sua morte, em 2000, aos 92 anos de idade, quando foi revelado que ele esteve ligado à Alemanha nazista e realizou um trabalho de documentação no país sul-americano.
Uma das suas três filhas, Mónica, foi morta a tiros em 1973 após ter sido vinculada ao Exército de Libertação Nacional (ELN), guerrilha que pretendia dar continuidade à experiência armada de Ernesto "Che" Guevara.
A cultura Tiwanaku, uma das mais longevas da América do Sul, se estendeu desde 1.580 antes de Cristo até 1187 depois de Cristo. A zona de influência dessa cultura, assentada nos arredores do lago Titicaca, compartilhado com o Peru, costuma ser o epicentro das atividades religiosas do governo Morales, de etnia aimará.
O presidente expressou a vontade de construir "um grande museu" para reunir as peças arqueológicas que a Bolívia vem recuperando lentamente nos últimos anos.
O chanceler David Choquehuanca disse que "há milhares de peças" no mundo, especialmente na Europa, Estados Unidos e Japão, que deveriam ser devolvidas aos bolivianos.
"Estes bens, esta arte, têm que voltar (à Bolívia), temos que recuperá-los, e nossas embaixadas trabalham nisso", ressaltou o chefe da diplomacia boliviana, acrescentando que as peças foram "saqueadas, roubadas ou vendidas".
Morales afirmou em um ato público que um familiar do fotógrafo alemão Hans Ertl, que chegou à Bolívia com a sua família após o fim da Segunda Guerra Mundial, "decidiu devolver estas peças arqueológicas do altiplano e do oriente boliviano".
A chancelaria boliviana explicou depois à AFP que foi o neto de Ertl que entregou as peças, que consistem em pedras talhadas, vasilhas e cerâmicas da cultura Tiwanaku e de povos da Amazônia.
Ertl ganhou fama na Bolívia após sua morte, em 2000, aos 92 anos de idade, quando foi revelado que ele esteve ligado à Alemanha nazista e realizou um trabalho de documentação no país sul-americano.
Uma das suas três filhas, Mónica, foi morta a tiros em 1973 após ter sido vinculada ao Exército de Libertação Nacional (ELN), guerrilha que pretendia dar continuidade à experiência armada de Ernesto "Che" Guevara.
A cultura Tiwanaku, uma das mais longevas da América do Sul, se estendeu desde 1.580 antes de Cristo até 1187 depois de Cristo. A zona de influência dessa cultura, assentada nos arredores do lago Titicaca, compartilhado com o Peru, costuma ser o epicentro das atividades religiosas do governo Morales, de etnia aimará.
O presidente expressou a vontade de construir "um grande museu" para reunir as peças arqueológicas que a Bolívia vem recuperando lentamente nos últimos anos.
O chanceler David Choquehuanca disse que "há milhares de peças" no mundo, especialmente na Europa, Estados Unidos e Japão, que deveriam ser devolvidas aos bolivianos.
"Estes bens, esta arte, têm que voltar (à Bolívia), temos que recuperá-los, e nossas embaixadas trabalham nisso", ressaltou o chefe da diplomacia boliviana, acrescentando que as peças foram "saqueadas, roubadas ou vendidas".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.