Apple investe US$ 1 bilhão no Didi Chuxing, concorrente chinês do Uber
Pequim, 13 Mai 2016 (AFP) - A gigante americana da tecnologia Apple, que deseja reforçar sua presença na China, investiu 1 bilhão de dólares no aplicativo chinês de reserva de táxis Didi Chuxing, número um do país e rival do americano Uber.
Este é o "investimento individual mais importante" que Didi já recebeu, o que torna o grupo californiano um de seus investidores estratégicos, indicou o grupo chinês que opera o aplicativo em um comunicado.
O novo investimento coincide com um momento de notícias ruins para a Apple: depois da queda nas vendas do iPhone no último semestre, na quinta-feira a empresa perdeu o posto de número um em capitalização na Bolsa em todo o planeta para a gigante da internet Alphabet, matriz do Google.
"O apoio da Apple nos dá um ânimo enorme", celebrou Cheng Wei, fundador e diretor da Didi.
Ao mesmo tempo, o CEO da Apple, Tim Cook, declarou à agência oficial estatal de notícias chinesa que "prevê muitas oportunidades para uma cooperação mais profunda" entre os dois grupos.
A região chinesa (China continental, Macau, Hong Kong e Taiwan) representa o segundo maior mercado da Apple, atrás apenas dos Estados Unidos, mas a empresa viu a redução de sua participação no mercado de smartphones por conta dos concorrentes chineses, entre eles Xiaomi e Huawei.
Ao entrar no capital do aplicativo Didi, a empresa americana se aproxima das duas grandes empresas de internet da China que respaldam o aplicativo: Tencent, operadora do serviço de mensagens WeChat, e Alibaba, número um do comércio on-line no país.
O Didi Chuxing afirma que domina 99% do mercado chinês de reservas de táxis on-line e mais de 85% do setor de reservas de veículos privados com motorista, com 300 milhões de usuários registrados.
No entanto, a empresa precisa lidar com o êxito do Uber, que chegou à China no início de 2014 e que alcançou quase 15% do mercado, com base em colossais investimentos, necessários para subsidiar os trajetos de seus clientes e aumentar, assim, sua base de usuários.
A estratégia tem um custo pesado: o Uber, que recebe principalmente apoio do Baidu, outro gigante chinês da internet, anunciou recentemente que perdia 1 bilhão de dólares ao ano na China.
Para enfrentá-lo, o Didi arrecadou bilhões de dólares no ano passado.
"Para a Apple, sem dúvida é um excelente negócio associar-se com um aplicativo que tem uma grande base de usuários e onde acontecem pagamentos com muita frequência", afirma o site de finanças Huxiu.
De fato, a Apple lançou em fevereiro na China o próprio serviço de pagamento, Apple Pay, mas encontra dificuldades para lutar com as plataformas de pagamento rivais do Alibaba ("Alipay") e Tencent, bem implementadas no país e que dominam o mercado.
jug/ma-fp
APPLE INC.
BAIDU
ALIBABA GROUP HOLDING
TENCENT HOLDINGS
Este é o "investimento individual mais importante" que Didi já recebeu, o que torna o grupo californiano um de seus investidores estratégicos, indicou o grupo chinês que opera o aplicativo em um comunicado.
O novo investimento coincide com um momento de notícias ruins para a Apple: depois da queda nas vendas do iPhone no último semestre, na quinta-feira a empresa perdeu o posto de número um em capitalização na Bolsa em todo o planeta para a gigante da internet Alphabet, matriz do Google.
"O apoio da Apple nos dá um ânimo enorme", celebrou Cheng Wei, fundador e diretor da Didi.
Ao mesmo tempo, o CEO da Apple, Tim Cook, declarou à agência oficial estatal de notícias chinesa que "prevê muitas oportunidades para uma cooperação mais profunda" entre os dois grupos.
A região chinesa (China continental, Macau, Hong Kong e Taiwan) representa o segundo maior mercado da Apple, atrás apenas dos Estados Unidos, mas a empresa viu a redução de sua participação no mercado de smartphones por conta dos concorrentes chineses, entre eles Xiaomi e Huawei.
Ao entrar no capital do aplicativo Didi, a empresa americana se aproxima das duas grandes empresas de internet da China que respaldam o aplicativo: Tencent, operadora do serviço de mensagens WeChat, e Alibaba, número um do comércio on-line no país.
O Didi Chuxing afirma que domina 99% do mercado chinês de reservas de táxis on-line e mais de 85% do setor de reservas de veículos privados com motorista, com 300 milhões de usuários registrados.
No entanto, a empresa precisa lidar com o êxito do Uber, que chegou à China no início de 2014 e que alcançou quase 15% do mercado, com base em colossais investimentos, necessários para subsidiar os trajetos de seus clientes e aumentar, assim, sua base de usuários.
A estratégia tem um custo pesado: o Uber, que recebe principalmente apoio do Baidu, outro gigante chinês da internet, anunciou recentemente que perdia 1 bilhão de dólares ao ano na China.
Para enfrentá-lo, o Didi arrecadou bilhões de dólares no ano passado.
"Para a Apple, sem dúvida é um excelente negócio associar-se com um aplicativo que tem uma grande base de usuários e onde acontecem pagamentos com muita frequência", afirma o site de finanças Huxiu.
De fato, a Apple lançou em fevereiro na China o próprio serviço de pagamento, Apple Pay, mas encontra dificuldades para lutar com as plataformas de pagamento rivais do Alibaba ("Alipay") e Tencent, bem implementadas no país e que dominam o mercado.
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