Mobilização 'excepcional' de segurança para o Festival de Cannes
Cannes, França, 9 Mai 2016 (AFP) - Técnicos em explosivos farão inspeções diárias no Festival de Cannes, que se inicia na quarta-feira sob um esquema de segurança máxima, em um país em alerta por terrorismo, afirmou o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, nesta segunda-feira.
Cazeneuve, em visita a Cannes, inspecionou o dispositivo de segurança e indicou que foram empregados "meios excepcionais" com "várias centenas de policiais mobilizados".
O Festival contratou também cerca de 400 agentes de segurança privados, que irão vigilar os acessos ao edifício e o tapete vermelho, onde desfilarão cineastas e celebridades do mundo inteiro.
A 69º edição do Festival de Cannes acontece seis meses depois de jihadistas do Estado Islâmico terem realizado ataques coordenados em Paris, deixando 130 mortos.
"Enquanto preparamos a abertura deste festival, precisamos lembrar que enfrentamos um risco que nunca foi tão alto e um inimigo determinado a nos atacar a qualquer momento", disse Cazeneuve.
"Precisamos demonstrar vigilância extrema o tempo inteiro", acrescentou.
Para preparar as forças de ordem para um atentado terrorista, a cidade de Cannes realizou no mês passado a simulação de um ataque: a explosão de um carro-bomba em frente a uma escola, simultânea à chegada de quatro terroristas em uma sala de cinema do Palácio de Festivais onde havia 180 figurantes.
O exercício ajudou a detectar falhas na coordenação dos agentes, segundo as autoridades.
A cidade de Cannes, destino turístico internacional com dois milhões de visitantes por ano, decidiu adotar para esta edição do festival um "plano comunal de prevenção de risco terrorista" inédito na França, segundo o prefeito, David Lisnard.
Quatro especialistas, incluindo um responsável antiterrorista israelense, realizaram uma auditoria para analisar as vulnerabilidades da cidade.
Bolha de segurança no tapete vermelhoA edição de 2015 aconteceu quatro meses após os atentados contra a sede da revista Charlie Hebdo e um supermercado kosher, realizados por três jihadistas, que deixaram 17 mortos.
No ano passado, o contexto impôs "um dispositivo de segurança superior ao do ano anterior", que incluiu pela primeira vez um centro de comando único para todas as forças de ordem, explicou o governador dos Alpes Marítimos, Adolphe Colrat.
Para as forças de ordem, Cannes e suas celebrações significam onze longos dias vigiando uma multidão potencialmente perigosa para as personalidades que passam pelo tapete vermelho, protegidas todos os anos por uma 'bolha impenetrável' em volta do Palácio de Festivais.
Durante o festival, a população de Cannes triplica, passando a 210.000 pessoas, e a cidade registra um auge de delinquência - chegando ao ponto de tirar o protagonismo das estrelas de Hollywood, como aconteceu após um roubo de joias durante a edição de 2013 e durante um assalto à joalheria Cartier pouco antes da edição de 2015, no valor de 17,5 milhões de euros.
tlg-cm/ltl/eg/db/mvv
Cazeneuve, em visita a Cannes, inspecionou o dispositivo de segurança e indicou que foram empregados "meios excepcionais" com "várias centenas de policiais mobilizados".
O Festival contratou também cerca de 400 agentes de segurança privados, que irão vigilar os acessos ao edifício e o tapete vermelho, onde desfilarão cineastas e celebridades do mundo inteiro.
A 69º edição do Festival de Cannes acontece seis meses depois de jihadistas do Estado Islâmico terem realizado ataques coordenados em Paris, deixando 130 mortos.
"Enquanto preparamos a abertura deste festival, precisamos lembrar que enfrentamos um risco que nunca foi tão alto e um inimigo determinado a nos atacar a qualquer momento", disse Cazeneuve.
"Precisamos demonstrar vigilância extrema o tempo inteiro", acrescentou.
Para preparar as forças de ordem para um atentado terrorista, a cidade de Cannes realizou no mês passado a simulação de um ataque: a explosão de um carro-bomba em frente a uma escola, simultânea à chegada de quatro terroristas em uma sala de cinema do Palácio de Festivais onde havia 180 figurantes.
O exercício ajudou a detectar falhas na coordenação dos agentes, segundo as autoridades.
A cidade de Cannes, destino turístico internacional com dois milhões de visitantes por ano, decidiu adotar para esta edição do festival um "plano comunal de prevenção de risco terrorista" inédito na França, segundo o prefeito, David Lisnard.
Quatro especialistas, incluindo um responsável antiterrorista israelense, realizaram uma auditoria para analisar as vulnerabilidades da cidade.
Bolha de segurança no tapete vermelhoA edição de 2015 aconteceu quatro meses após os atentados contra a sede da revista Charlie Hebdo e um supermercado kosher, realizados por três jihadistas, que deixaram 17 mortos.
No ano passado, o contexto impôs "um dispositivo de segurança superior ao do ano anterior", que incluiu pela primeira vez um centro de comando único para todas as forças de ordem, explicou o governador dos Alpes Marítimos, Adolphe Colrat.
Para as forças de ordem, Cannes e suas celebrações significam onze longos dias vigiando uma multidão potencialmente perigosa para as personalidades que passam pelo tapete vermelho, protegidas todos os anos por uma 'bolha impenetrável' em volta do Palácio de Festivais.
Durante o festival, a população de Cannes triplica, passando a 210.000 pessoas, e a cidade registra um auge de delinquência - chegando ao ponto de tirar o protagonismo das estrelas de Hollywood, como aconteceu após um roubo de joias durante a edição de 2013 e durante um assalto à joalheria Cartier pouco antes da edição de 2015, no valor de 17,5 milhões de euros.
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