Jul assume o novo 'Lucky Luke' e realiza sonho de infância
Angoulême, França, 29 Jan 2016 (AFP) - É um sonho de infância que se torna realidade para Jul, o criador de "Silex and the City" e que assumiu as histórias de Lucky Luke, o caubói solitário que esta semana celebra o seu 70º aniversário na França, no Festival Internacional de quadrinhos de Angoulême.
Suceder René Goscinny, que escreveu 35 histórias do homem que "atira mais rápido que a sua sombra", é "uma honra e uma responsabilidade", ressaltou Jul, entrevistado pela AFP em Angoulême (sudoeste da França) à margem de uma exposição dedicada ao pai de Lucky Luke, o por muito tempo subestimado Morris (Maurice de Bévère), genial cartunista belga que faleceu em 2001.
Feliz de realizar "um sonho de infância", Jul admite que escrever a nova história de Lucky Luke foi, "antes de tudo, um prazer infinito".
Ilustrado pelo artista Achdé, discípulo de Morris, que, desde 2004, empresta seu pincel às novas aventuras de Lucky Luke, o próximo quadrinho do cáuboi será lançado em outubro.
Jul admite ter trabalhado "em uma exaltação particular". "Eu carrego Lucky Luke no meu DNA", declarou entusiasmado.
Lucky Luke pertence ao patrimônio da nona arte. Desde a sua criação por Morris, em 1946, cerca de 300 milhões de álbuns da série foram vendidos e as histórias do famoso caubói foram traduzidas para 29 idiomas.
"Os roteiros de Goscinny, esta espécie de vida que pode estar na linha de Morris, eu os integrei muito profundamente de uma maneira inconsciente", explica Jul.
Lucky Luke 'puro'O próximo Lucky Luke respeita os códigos e valores básicos do herói idealizado por Morris mas, garante Jul, este novo quadrinho carrega inegavelmente a sua própria marca.
Antes de Jul, o comediante Laurent Gerra, os escritores Tonino Benacquista e Daniel Pennac escreveram algumas histórias de Lucky Luke. Sem julgar os seus antecessores, Jul estima que Lucky Luke é "um piano de cauda, que para afiná-lo é preciso de especialistas" do mundo dos quadrinhos.
"Com Achdé somos verdadeiros afinadores de piano", acrescenta com um sorriso.
Sobre a colaboração com Achdé (pseudônimo fonéticos das iniciais, H. D., para Hervé Darmenton) Jul reconhece que "não foi fácil". Os dois homens não pertencem à mesma geração. Achdé, de 54 anos, é um provinciano, enquanto Jul, de 41 anos, é um parisiense clássico.
"De fato, como nos bons casamentos, somos complementares", afirma Jul. "Conseguimos respeitar o que o outro trazia. Não houve competição entre nós", garante.
O próximo quadrinho, como os anteriores, será editado por Lucky Comics, uma filial da editora Dargaud.
Para a editora, os riscos são enormes. "Há uma ambição em termos de tiragem, de reconquista dos leitores que desapareceram, de descoberta de um novo público que não conhecia Lucky Luke", ressalta o autor de "O Planeta dos sábios".
O roteiro está finalizado desde o final do outono e Achdé concluiu os desenhos das primeiras dez páginas do livro.
Sem revelar nada sobre o seu tema (pode-se encontrar uma alusão ao drama dos migrantes), Jul afirma que se trata "de um retorno aos fundamentos". "Será um Lucky Luke 'puro'". Então nada de Dalton, Rantanplan ou Calamity Jane.
"Não é necessariamente com todos os ingredientes que fazemos um bom prato", afirma.
Mas, tranquiliza Jul, "ainda estamos no Velho Oeste. Há índios, saloons, cavalos...".
Haverá também personagens femininas que "estarão envolvidas na história", promete Jul ao passo que o mundo dos quadrinhos está lutando para se livrar da imagem sexista.
Suceder René Goscinny, que escreveu 35 histórias do homem que "atira mais rápido que a sua sombra", é "uma honra e uma responsabilidade", ressaltou Jul, entrevistado pela AFP em Angoulême (sudoeste da França) à margem de uma exposição dedicada ao pai de Lucky Luke, o por muito tempo subestimado Morris (Maurice de Bévère), genial cartunista belga que faleceu em 2001.
Feliz de realizar "um sonho de infância", Jul admite que escrever a nova história de Lucky Luke foi, "antes de tudo, um prazer infinito".
Ilustrado pelo artista Achdé, discípulo de Morris, que, desde 2004, empresta seu pincel às novas aventuras de Lucky Luke, o próximo quadrinho do cáuboi será lançado em outubro.
Jul admite ter trabalhado "em uma exaltação particular". "Eu carrego Lucky Luke no meu DNA", declarou entusiasmado.
Lucky Luke pertence ao patrimônio da nona arte. Desde a sua criação por Morris, em 1946, cerca de 300 milhões de álbuns da série foram vendidos e as histórias do famoso caubói foram traduzidas para 29 idiomas.
"Os roteiros de Goscinny, esta espécie de vida que pode estar na linha de Morris, eu os integrei muito profundamente de uma maneira inconsciente", explica Jul.
Lucky Luke 'puro'O próximo Lucky Luke respeita os códigos e valores básicos do herói idealizado por Morris mas, garante Jul, este novo quadrinho carrega inegavelmente a sua própria marca.
Antes de Jul, o comediante Laurent Gerra, os escritores Tonino Benacquista e Daniel Pennac escreveram algumas histórias de Lucky Luke. Sem julgar os seus antecessores, Jul estima que Lucky Luke é "um piano de cauda, que para afiná-lo é preciso de especialistas" do mundo dos quadrinhos.
"Com Achdé somos verdadeiros afinadores de piano", acrescenta com um sorriso.
Sobre a colaboração com Achdé (pseudônimo fonéticos das iniciais, H. D., para Hervé Darmenton) Jul reconhece que "não foi fácil". Os dois homens não pertencem à mesma geração. Achdé, de 54 anos, é um provinciano, enquanto Jul, de 41 anos, é um parisiense clássico.
"De fato, como nos bons casamentos, somos complementares", afirma Jul. "Conseguimos respeitar o que o outro trazia. Não houve competição entre nós", garante.
O próximo quadrinho, como os anteriores, será editado por Lucky Comics, uma filial da editora Dargaud.
Para a editora, os riscos são enormes. "Há uma ambição em termos de tiragem, de reconquista dos leitores que desapareceram, de descoberta de um novo público que não conhecia Lucky Luke", ressalta o autor de "O Planeta dos sábios".
O roteiro está finalizado desde o final do outono e Achdé concluiu os desenhos das primeiras dez páginas do livro.
Sem revelar nada sobre o seu tema (pode-se encontrar uma alusão ao drama dos migrantes), Jul afirma que se trata "de um retorno aos fundamentos". "Será um Lucky Luke 'puro'". Então nada de Dalton, Rantanplan ou Calamity Jane.
"Não é necessariamente com todos os ingredientes que fazemos um bom prato", afirma.
Mas, tranquiliza Jul, "ainda estamos no Velho Oeste. Há índios, saloons, cavalos...".
Haverá também personagens femininas que "estarão envolvidas na história", promete Jul ao passo que o mundo dos quadrinhos está lutando para se livrar da imagem sexista.
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