Alice continua viva 150 anos depois de visitar o País das Maravilhas
Londres, 30 Nov 2015 (AFP) - Um século e meio depois da publicação, o clássico "Alice no País das Maravilhas", do britânico Lewis Carroll, continua fascinando leitores e inspirando artistas.
Uma exposição na Biblioteca Britânica mostra como a história e seus personagens ganharam rapidamente vida própria depois da publicação do livro em 1865, inspirando músicos e os primeiros cineastas.
Os visitantes caminham por grandes espelhos distorcidos e ilustrações, que servem de guia através da trama do livro, antes de descobrir a história de como "Alice" se tornou u clássico.
A mostra começa com a explicação sobre o nascimento da história: em um dia de verão em Oxford em 1862, Charles Dodgson, um professor de Matemática que adotou o pseudônimo de Lewis Carroll, fez uma viagem de barco com uma menina de 10 anos chamada Alice Liddell e duas de suas irmãs, e contou uma história para as meninas.
A peça central da exposição é o manuscrito original de Carroll com 37 ilustrações cuidadosas e apresentado a Alice em 1865 com a dedicatória "um presente de Natal a uma menina querida, em recordação a um dia de verão".
Alice Liddell vendeu o manuscrito por um preço recorde em 1928 a um colecionador americano, mas o texto acabou doado ao Museu Britânico depois da Segunda Guerra Mundial "como expressão de agradecimento a um povo nobre que manteve Hitler na linha durante um longo período sem ajuda".
Dodgson revisou o manuscrito original, retirando passagens pessoais adicionando trechos, para que fosse publicado com o pseudônimo "Lewis Carroll".
O livro foi publicado em novembro de 1865 com ilustrações do artista John Tenniel, que transformaram os personagens da trama em ícones.
"Agora é parte de nossa consciência cultural", disse Helen Melody, uma curadora da mostra da 'British Library'.
"O texto da história é muito rico, mas não contém muitas descrições ... há muita margem para diferentes interpretações, maneiras diferentes de imaginar".
A exposição destaca a evolução da interpretação visual do mundo de Carroll ao longo das décadas, e como continua mudando de forma.
Alice foi representada como uma ruiva angelical pela ilustradora Mabel Lucie Attwell, em uma interpretação que rendeu uma fortuna, ou com o cabelo escuro como o de Liddell por outros artistas, de forma doce ou sinistra, e sempre sob a influência do contexto da época, como por exemplo as guerras mundiais.
Muitos visitantes recordam que o livro provocou medo quando eram crianças.
A versão loura de Alice com o vestido azul começou a ganhar espaço como a imagem definitiva na primeira metade do século XX e se consolidou graças ao filme dos estúdios Disney de 1951.
A mostra permite aos fãs observar a inspiração que Alice provocou em artistas de todo tipo, de um curta-metragem de 1903, passando pelo álbum "White Rabbit" do grupo psicodélico Jefferson Airplane e chegando a um jogo eletrônico atual.
Com o rápido sucesso do livro, Carroll começou a trabalhar em uma sequência e ajudou a desenvolver o merchandising vinculado à trama, como xícaras de chá, brinquedos e latas de biscoito.
nol/fp
THE WALT DISNEY COMPANY
Uma exposição na Biblioteca Britânica mostra como a história e seus personagens ganharam rapidamente vida própria depois da publicação do livro em 1865, inspirando músicos e os primeiros cineastas.
Os visitantes caminham por grandes espelhos distorcidos e ilustrações, que servem de guia através da trama do livro, antes de descobrir a história de como "Alice" se tornou u clássico.
A mostra começa com a explicação sobre o nascimento da história: em um dia de verão em Oxford em 1862, Charles Dodgson, um professor de Matemática que adotou o pseudônimo de Lewis Carroll, fez uma viagem de barco com uma menina de 10 anos chamada Alice Liddell e duas de suas irmãs, e contou uma história para as meninas.
A peça central da exposição é o manuscrito original de Carroll com 37 ilustrações cuidadosas e apresentado a Alice em 1865 com a dedicatória "um presente de Natal a uma menina querida, em recordação a um dia de verão".
Alice Liddell vendeu o manuscrito por um preço recorde em 1928 a um colecionador americano, mas o texto acabou doado ao Museu Britânico depois da Segunda Guerra Mundial "como expressão de agradecimento a um povo nobre que manteve Hitler na linha durante um longo período sem ajuda".
Dodgson revisou o manuscrito original, retirando passagens pessoais adicionando trechos, para que fosse publicado com o pseudônimo "Lewis Carroll".
O livro foi publicado em novembro de 1865 com ilustrações do artista John Tenniel, que transformaram os personagens da trama em ícones.
"Agora é parte de nossa consciência cultural", disse Helen Melody, uma curadora da mostra da 'British Library'.
"O texto da história é muito rico, mas não contém muitas descrições ... há muita margem para diferentes interpretações, maneiras diferentes de imaginar".
A exposição destaca a evolução da interpretação visual do mundo de Carroll ao longo das décadas, e como continua mudando de forma.
Alice foi representada como uma ruiva angelical pela ilustradora Mabel Lucie Attwell, em uma interpretação que rendeu uma fortuna, ou com o cabelo escuro como o de Liddell por outros artistas, de forma doce ou sinistra, e sempre sob a influência do contexto da época, como por exemplo as guerras mundiais.
Muitos visitantes recordam que o livro provocou medo quando eram crianças.
A versão loura de Alice com o vestido azul começou a ganhar espaço como a imagem definitiva na primeira metade do século XX e se consolidou graças ao filme dos estúdios Disney de 1951.
A mostra permite aos fãs observar a inspiração que Alice provocou em artistas de todo tipo, de um curta-metragem de 1903, passando pelo álbum "White Rabbit" do grupo psicodélico Jefferson Airplane e chegando a um jogo eletrônico atual.
Com o rápido sucesso do livro, Carroll começou a trabalhar em uma sequência e ajudou a desenvolver o merchandising vinculado à trama, como xícaras de chá, brinquedos e latas de biscoito.
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