Morre o filósofo francês André Glucksmann
Paris, 10 Nov 2015 (AFP) - O filósofo francês André Glucksmann faleceu na segunda-feira à noite aos 78 anos, anunciou seu filho, Raphaël Glucksmann, em sua página no Facebook.
"Meu primeiro e melhor amigo não está mais. Tive a sorte incrível de conhecer, rir, debater, viajar, brincar, fazer tudo e não fazer nada com um homem tão bom e tão genial. Meu pai morreu durante a noite", escreveu Raphaël Glucksmann em homenagem a André Glucksmann.
O filósofo, em um primeiro momento maoísta, rompeu de maneira espetacular com o marxismo em 1975 ao publicar "La cuisinière et le mangeur d'homme" (A cozinheira e o devorador de homens).
Ele integrou o grupo que passou a ser chamado de "os novos filósofos", ao lado de Bernard-Henri Lévy.
No fim dos anos 1970, conseguiu reunir o intelectual de esquerda Jean-Paul Sartre e o liberal Raymond Aron em uma campanha a favor das pessoas conhecidas como "boat people", que fugiam do Vietnã comunista.
A partir de então passou a criticar o totalitarismo. Em 1999 apoiou a intervenção da Otan contra a Sérvia, durante a guerra do Kosovo.
O filósofo, nascido em 1937, sempre se declarou de esquerda, mas não hesitou em apoiar o conservador Nicolas Sarkozy na eleição presidencial de 2007.
No livro "Une rage d'enfant" (2006), contou que sempre ficou indignado com as "misérias do mundo".
"É um verdadeiro espírito crítico e, ao mesmo tempo, uma consciência que desaparece", disse o ministro da Economia francês, Emmanuel Macron.
"Ele era parte dos filósofos corajosos que se comprometeram com a vida política, com este combate, e que levaram sua luz muito cedo", completou.
leb-aje/fp
"Meu primeiro e melhor amigo não está mais. Tive a sorte incrível de conhecer, rir, debater, viajar, brincar, fazer tudo e não fazer nada com um homem tão bom e tão genial. Meu pai morreu durante a noite", escreveu Raphaël Glucksmann em homenagem a André Glucksmann.
O filósofo, em um primeiro momento maoísta, rompeu de maneira espetacular com o marxismo em 1975 ao publicar "La cuisinière et le mangeur d'homme" (A cozinheira e o devorador de homens).
Ele integrou o grupo que passou a ser chamado de "os novos filósofos", ao lado de Bernard-Henri Lévy.
No fim dos anos 1970, conseguiu reunir o intelectual de esquerda Jean-Paul Sartre e o liberal Raymond Aron em uma campanha a favor das pessoas conhecidas como "boat people", que fugiam do Vietnã comunista.
A partir de então passou a criticar o totalitarismo. Em 1999 apoiou a intervenção da Otan contra a Sérvia, durante a guerra do Kosovo.
O filósofo, nascido em 1937, sempre se declarou de esquerda, mas não hesitou em apoiar o conservador Nicolas Sarkozy na eleição presidencial de 2007.
No livro "Une rage d'enfant" (2006), contou que sempre ficou indignado com as "misérias do mundo".
"É um verdadeiro espírito crítico e, ao mesmo tempo, uma consciência que desaparece", disse o ministro da Economia francês, Emmanuel Macron.
"Ele era parte dos filósofos corajosos que se comprometeram com a vida política, com este combate, e que levaram sua luz muito cedo", completou.
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