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EUA: republicanos querem mudar formato dos debates de campanha

03/11/2015 18h44

Washington, 3 Nov 2015 (AFP) - Desde o debate da última quarta transmitido pela rede americana CNBC, pré-candidatos republicanos e emissoras de televisão estão em pé de guerra por causa do formato do programa.

O debate de 28 de outubro irritou alguns republicanos e seus assessores, os quais acusaram os moderadores de interromper os candidatos e de predisposição contra os conservadores.

Desde então, várias diretorias de campanha iniciaram um movimento de revolta contra as redes que vão promover os debates que faltam, na tentativa de impor um formato mais favorável.

O jornal "The Washington Post" publicou uma lista das reivindicações, que inclui um período mínimo de 30 segundos para as apresentações, a eliminação da regra "lightning rounds" - que nega a um candidato a chance de desenvolver uma resposta -, a aprovação prévia de um candidato para projetar dados de sua biografia na tela e o compromisso de que a temperatura ambiente na sala se mantenha abaixo dos 19°C.

Também pedem que sejam proibidas as "perguntas armadilhas" e que um candidato interrogue o outro.

Depois do debate da CNBC, amplamente visto pelos republicanos como um desastre, o Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês) tenta evitar que a matriz NBC obtenha o direito de televisionar o debate de fevereiro.

O presidente Barack Obama comentou as queixas republicanas.

"Eles dizem: 'quando eu falar com (o presidente russo, Vladimir) Putin, ele vai andar na linha'... e aí acontece que não conseguem lidar com um bando de moderadores da CNBC", ironizou Obama, em um evento de arrecadação de recursos para o Partido Democrata em Nova York.

"Se vocês não conseguem lidar com esses caras, não acho que os chineses e os russos vão-se preocupar muito com vocês", completou.