EI ataca mais uma joia de Palmira, o Arco do Triunfo
Beirute, 5 Out 2015 (AFP) - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) dinamitou o famoso Arco do Triunfo de Palmira na Síria, anunciou à AFP o diretor do departamento de Antiguidades da Síria, no caso mais recente de destruição na cidade, que é considerada patrimônio mundial da humanidade.
A nova tragédia provoca o temor da destruição total da área histórica, controlada pelo grupo extremista desde 21 de maio, segundo o diretor do departamento, Mamun Abdelkarim.
A destruição aconteceu em um momento complexo do conflito na Síria, com a intervenção militar da Rússia, que afirma atacar o EI, enquanto os países ocidentais suspeitam que Moscou apoia sobretudo as tropas do regime de Bashar al-Assad, que enfrenta dificuldades com os rebeldes há vários meses.
"Recebemos informações da região segundo as quais o Arco do Triunfo foi destruído (no domingo). O EI instalou explosivos há algumas semanas", disse Abdelkarim
"Estamos vivendo uma catástrofe. Desde que os jihadistas assumiram o controle do local é um choque atrás do outro", completou o diretor, entrevistado por telefone pela AFP.
Em agosto, o grupo extremista destruiu aqueles que eram considerados os templos mais belos, Bel e Baalshamin, de Palmira, cidade que é considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco.
Em setembro, o EI destruiu várias das famosas torres funerárias do local, únicas no mundo.
O Arco do Triunfo, que tinha 2.000 anos e ficava na entrada da famosa rua de colunatas da área histórica, "era um ícone de Palmira", recordou Abdelkarim.
"É uma destruição metódica do local. Querem destruir a cidade completamente. Corremos o risco de perdê-la totalmente", disse.
"Sabemos que o EI colocou explosivos em outros monumentos. Querem destruir o anfiteatro, a colunata. Temos medo por toda a cidade antiga", disse Abdelkarim.
"A comunidade internacional tem que encontrar um meio de salvar Palmira", implorou, ao recordar que a cidade abriga os principais tesouros da Síria.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e militantes da cidade também confirmaram a destruição do monumento.
O EI, que aproveitou a guerra civil para estabelecer sua presença na Síria, assumiu no dia 21 de maio o controle de Palmira, que fica 205 km ao leste de Damasco, depois de expulsar as forças do governo.
Em 23 de agosto, o jihadistas dinamitaram o templo de Baalshamin. Poucos dias antes haviam executado e mutilado o ex-diretor do departamento de Antiguidades da cidade, Khaled al-Asaad, de 82 anos, um dos grandes especialistas mundiais nos tesouros arqueológicos de Palmira.
Depois destruíram o templo de Bel, considerado o mais bonito do Oriente Médio ao lado do templo libanês de Baalbeck, e no início de setembro destruíram as torres funerárias, características da arquitetura da cidade.
Os jihadistas consideram objetos de idolatria as estátuas ou afrescos que representam homens e animais. Com esta alegação, destruíram várias joias arqueológicas no Iraque na Síria.
Mas para o diretor de Antiguidades, "agora o EI ataca por vingança, não por razões ideológicas, porque o Arco do Triunfo não era um monumento religioso, e sim civil".
Além da grande tragédia humana, com mais de 240.000 mortos e milhões de pessoas forçadas ao exílio, a guerra que devasta a Síria há quatro anos e meio tem consequências incalculáveis para o patrimônio.
Os piores temores dos arqueólogos e especialistas de todo o mundo foram confirmados com o início da destruição de Palmira, "a pérola do deserto" sírio.
A nova tragédia provoca o temor da destruição total da área histórica, controlada pelo grupo extremista desde 21 de maio, segundo o diretor do departamento, Mamun Abdelkarim.
A destruição aconteceu em um momento complexo do conflito na Síria, com a intervenção militar da Rússia, que afirma atacar o EI, enquanto os países ocidentais suspeitam que Moscou apoia sobretudo as tropas do regime de Bashar al-Assad, que enfrenta dificuldades com os rebeldes há vários meses.
"Recebemos informações da região segundo as quais o Arco do Triunfo foi destruído (no domingo). O EI instalou explosivos há algumas semanas", disse Abdelkarim
"Estamos vivendo uma catástrofe. Desde que os jihadistas assumiram o controle do local é um choque atrás do outro", completou o diretor, entrevistado por telefone pela AFP.
Em agosto, o grupo extremista destruiu aqueles que eram considerados os templos mais belos, Bel e Baalshamin, de Palmira, cidade que é considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco.
Em setembro, o EI destruiu várias das famosas torres funerárias do local, únicas no mundo.
O Arco do Triunfo, que tinha 2.000 anos e ficava na entrada da famosa rua de colunatas da área histórica, "era um ícone de Palmira", recordou Abdelkarim.
"É uma destruição metódica do local. Querem destruir a cidade completamente. Corremos o risco de perdê-la totalmente", disse.
"Sabemos que o EI colocou explosivos em outros monumentos. Querem destruir o anfiteatro, a colunata. Temos medo por toda a cidade antiga", disse Abdelkarim.
"A comunidade internacional tem que encontrar um meio de salvar Palmira", implorou, ao recordar que a cidade abriga os principais tesouros da Síria.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e militantes da cidade também confirmaram a destruição do monumento.
O EI, que aproveitou a guerra civil para estabelecer sua presença na Síria, assumiu no dia 21 de maio o controle de Palmira, que fica 205 km ao leste de Damasco, depois de expulsar as forças do governo.
Em 23 de agosto, o jihadistas dinamitaram o templo de Baalshamin. Poucos dias antes haviam executado e mutilado o ex-diretor do departamento de Antiguidades da cidade, Khaled al-Asaad, de 82 anos, um dos grandes especialistas mundiais nos tesouros arqueológicos de Palmira.
Depois destruíram o templo de Bel, considerado o mais bonito do Oriente Médio ao lado do templo libanês de Baalbeck, e no início de setembro destruíram as torres funerárias, características da arquitetura da cidade.
Os jihadistas consideram objetos de idolatria as estátuas ou afrescos que representam homens e animais. Com esta alegação, destruíram várias joias arqueológicas no Iraque na Síria.
Mas para o diretor de Antiguidades, "agora o EI ataca por vingança, não por razões ideológicas, porque o Arco do Triunfo não era um monumento religioso, e sim civil".
Além da grande tragédia humana, com mais de 240.000 mortos e milhões de pessoas forçadas ao exílio, a guerra que devasta a Síria há quatro anos e meio tem consequências incalculáveis para o patrimônio.
Os piores temores dos arqueólogos e especialistas de todo o mundo foram confirmados com o início da destruição de Palmira, "a pérola do deserto" sírio.
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