Berlusconi compra editora Rcs Media
05/10/2015 16h53
Milão, 5 Out 2015 (AFP) - A compra pela família do magnata italiano Silvio Berlusconi da divisão de livros do grupo editorial italiano RCS Media criará uma gigante que preocupa os autores.
A compra, concluída no domingo depois de quase nove meses de negociações, prevê que o segundo grupo editorial da Itália, RCS Libri, com uma quota de cerca de 12% do mercado, passe a ser propriedade do seu concorrente direto Arnoldo Mondadori Editore, líder de mercado com uma quota de 26,5%.
O novo gigante editoral representa cerca de 40% do mercado, o maior da Europa, com um quarto do mercado de livros escolares.
Marina Berlusconi, filha do magnata e atual presidente da Mondadori, admitiu que estava "muito orgulhosa" da operação em um setor "tão nobre e especial como o do livro".
O grupo RCS MediaGroup, com mais de um século de existência, é conhecido por possuir grandes jornais, incluindo o italiano Gazzetta dello Sport e o espanhol El Mundo.
Sufocado pela dívida acumulada nos últimos anos, o grupo foi forçado nos últimos meses a ceder uma após a outra as suas joias, começando com a sede histórica do jornal Il Corriere della Sera em Milão, várias revistas e emissoras, e finalmente, a casa editorial.
Esta última reúne uma dúzia de editoras, entre elas Bompiani Rizzoli.
A operação, no valor de 127,5 milhões de euros pela aquisição de 99,99% do capital, não inclui a editora Adelphi Edizioni, que será vendida separadamente ao empresário Roberto Calasso.
Para o escritor Sandro Veronesi, da Bompiani, trata-se de "um grave erro, um erro que agrava a situação editorial na Itália".
"Não se trata de uma operação editorial, mas de especulação, que também cortará muitos empregos nesse setor", comentou.
ahe-kv/eg/mr/mvv
A compra, concluída no domingo depois de quase nove meses de negociações, prevê que o segundo grupo editorial da Itália, RCS Libri, com uma quota de cerca de 12% do mercado, passe a ser propriedade do seu concorrente direto Arnoldo Mondadori Editore, líder de mercado com uma quota de 26,5%.
O novo gigante editoral representa cerca de 40% do mercado, o maior da Europa, com um quarto do mercado de livros escolares.
Marina Berlusconi, filha do magnata e atual presidente da Mondadori, admitiu que estava "muito orgulhosa" da operação em um setor "tão nobre e especial como o do livro".
O grupo RCS MediaGroup, com mais de um século de existência, é conhecido por possuir grandes jornais, incluindo o italiano Gazzetta dello Sport e o espanhol El Mundo.
Sufocado pela dívida acumulada nos últimos anos, o grupo foi forçado nos últimos meses a ceder uma após a outra as suas joias, começando com a sede histórica do jornal Il Corriere della Sera em Milão, várias revistas e emissoras, e finalmente, a casa editorial.
Esta última reúne uma dúzia de editoras, entre elas Bompiani Rizzoli.
A operação, no valor de 127,5 milhões de euros pela aquisição de 99,99% do capital, não inclui a editora Adelphi Edizioni, que será vendida separadamente ao empresário Roberto Calasso.
Para o escritor Sandro Veronesi, da Bompiani, trata-se de "um grave erro, um erro que agrava a situação editorial na Itália".
"Não se trata de uma operação editorial, mas de especulação, que também cortará muitos empregos nesse setor", comentou.
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