Redmayne interpreta transexual pioneira em "A garota dinamarquesa", apresentado na Mostra
Veneza, 5 Set 2015 (AFP) - O ator britânico Eddie Redmayne, vencedor do Oscar por sua interpretação do físico Stephen Hawking, dá vida a uma pioneira das operações de mudança de sexo em "A garota dinamarquesa", um dos filmes mais esperados da Mostra de Veneza.
"Não é meu corpo. Quero me desfazer dele". O filme se passa na Dinamarca, mas é em Dresden, na Alemanha, onde o pintor dinamarquês Einar Weigener se transforma em Lili Elbe, uma das primeiras pessoas a se submeter a uma operação de mudança de sexo.
"A garota dinamarquesa", dirigido por Tom Hooper, ganhador de vários Oscar por "O discurso do rei", estreou neste sábado em Veneza.
No filme, adaptado do romance homônimo de David Ebershoff e baseado numa história real, a decisão de Einar/Lili de empreender um inédito e arriscado processo de mudança de sexo é o final de um longo caminho iniciado nos anos 1920.
Einar, um famoso pintor de paisagens de Copenhague, está casado com Gerda, uma artista cujos quadros têm menos sucesso.
Um dia, Gerda pede a Einar que coloque uma meia-calça para ajudá-la a terminar o retrato de uma bailarina que iria posar mas cancelou a sessão.
Para Einar, o momento é uma revelação, a chave de uma porta que, após aberta, começa a tomar a identidade de Lili de uma maneira tão forte que resulta ser a verdadeira expressão de sua identidade.
"Lili foi muito valente em seu combate para se tornar ela mesma", explicou Hooper em coletiva de imprensa em Veneza, onde o filme recebeu aplausos calorosos.
A descoberta desta identidade, que passa primeiramente pelo jogo, desestabiliza o casal, mas não o destrói.
- 'Uma grande história de amor' -"O filme é, antes de tudo, uma grande história de amor, única e passional", resumiu Eddie Redmayne, cuja interpretação rendeu elogios.
Lili se torna uma musa para Gerda, interpretada de forma luminosa pela atriz sueca Alicia Vikander, e o vinculo se reforça entre os dois, à medida em que a esposa entende e aceita a verdadeira natureza de seu marido - a quem pinta tão bem que acaba tendo sucesso e expõe em Paris.
Para a atriz sueca, é "admirável" o amor "incondicional" de Gerda pelo marido, "acima de tudo o que existe".
"É um filme sobre a inclusão", explicou Hooper, que transformou algumas cenas em verdadeiros quadros de coles incríveis. "A única forma de possibilitar essa inclusão é através da compaixão e do amor".
O diretor, questionado por sua decisão de não dar o papel principal a um ator transgênero, explicou que Redmayne foi uma "escolha instintiva" e que o ator aceitou participar do filme antes de interpretar Hawking em "A Teoria de Tudo".
"Acredito realmente que existe algo em Eddie que o empurra para o feminino. Havia algo que me parecia interessante explorar e também tinha que levar em conta que, durante dois terços do filme, Lili aparece como um homem", explicou.
O ator britânico reconheceu que o papel o impressionou tanto quanto o do físico (que sofre de esclerose lateral amiotrófica, ndlr) e precisou de uma impressionante transformação física. "É o melhor roteiro que já recebi e interpretar esse papel foi como um sonho", disse.
am-lrb/fcc/abk/gm/an/mm
"Não é meu corpo. Quero me desfazer dele". O filme se passa na Dinamarca, mas é em Dresden, na Alemanha, onde o pintor dinamarquês Einar Weigener se transforma em Lili Elbe, uma das primeiras pessoas a se submeter a uma operação de mudança de sexo.
"A garota dinamarquesa", dirigido por Tom Hooper, ganhador de vários Oscar por "O discurso do rei", estreou neste sábado em Veneza.
No filme, adaptado do romance homônimo de David Ebershoff e baseado numa história real, a decisão de Einar/Lili de empreender um inédito e arriscado processo de mudança de sexo é o final de um longo caminho iniciado nos anos 1920.
Einar, um famoso pintor de paisagens de Copenhague, está casado com Gerda, uma artista cujos quadros têm menos sucesso.
Um dia, Gerda pede a Einar que coloque uma meia-calça para ajudá-la a terminar o retrato de uma bailarina que iria posar mas cancelou a sessão.
Para Einar, o momento é uma revelação, a chave de uma porta que, após aberta, começa a tomar a identidade de Lili de uma maneira tão forte que resulta ser a verdadeira expressão de sua identidade.
"Lili foi muito valente em seu combate para se tornar ela mesma", explicou Hooper em coletiva de imprensa em Veneza, onde o filme recebeu aplausos calorosos.
A descoberta desta identidade, que passa primeiramente pelo jogo, desestabiliza o casal, mas não o destrói.
- 'Uma grande história de amor' -"O filme é, antes de tudo, uma grande história de amor, única e passional", resumiu Eddie Redmayne, cuja interpretação rendeu elogios.
Lili se torna uma musa para Gerda, interpretada de forma luminosa pela atriz sueca Alicia Vikander, e o vinculo se reforça entre os dois, à medida em que a esposa entende e aceita a verdadeira natureza de seu marido - a quem pinta tão bem que acaba tendo sucesso e expõe em Paris.
Para a atriz sueca, é "admirável" o amor "incondicional" de Gerda pelo marido, "acima de tudo o que existe".
"É um filme sobre a inclusão", explicou Hooper, que transformou algumas cenas em verdadeiros quadros de coles incríveis. "A única forma de possibilitar essa inclusão é através da compaixão e do amor".
O diretor, questionado por sua decisão de não dar o papel principal a um ator transgênero, explicou que Redmayne foi uma "escolha instintiva" e que o ator aceitou participar do filme antes de interpretar Hawking em "A Teoria de Tudo".
"Acredito realmente que existe algo em Eddie que o empurra para o feminino. Havia algo que me parecia interessante explorar e também tinha que levar em conta que, durante dois terços do filme, Lili aparece como um homem", explicou.
O ator britânico reconheceu que o papel o impressionou tanto quanto o do físico (que sofre de esclerose lateral amiotrófica, ndlr) e precisou de uma impressionante transformação física. "É o melhor roteiro que já recebi e interpretar esse papel foi como um sonho", disse.
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