Jornalistas acusados de chantagear rei do Marrocos negam ter proposto trato
Paris, 31 Ago 2015 (AFP) - Os dois jornalistas franceses acusados de chantagear o rei do Marrocos afirmaram nesta segunda-feira que foi na realidade um representante da monarquia quem lhe propôs dinheiro em troca de não publicar um livro com revelações incômodas.
"Não fui eu quem decidiu, quem propôs um trato financeiro", disse à rádio RTL um dos autores do livro, Eric Laurent, que no sábado foi acusado no Marrocos.
Segundo Laurent, o acordo com a monarquia foi uma transação privada e defendeu seu direito de não publicar o livro. "Fui imprudente, mas não imaginava até que ponto queriam nos derrubar", disse.
Por sua vez, a jornalista Catherine Graciet, que também trabalha no livro e está acusada no Marrocos de chantagem e extorsão, afirmou que nunca quis chantagear ninguém e que caiu em uma armadilha.
"Nesta história, foi o Palácio (a monarquia) quem propôs (um trato), foi o Palácio que corrompeu", afirma Graciet em uma entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal Le Parisien, prometendo que o livro, apocalíptico para a família real marroquina, terminará sendo publicado.
Laurent e Graciet são acusados de ter tentado extorquir o rei do Marrocos em troca de não publicar um livro que conteria revelações embaraçosas sobre a monarquia. Os autores se reuniram várias vezes com um representante do rei, um advogado marroquino, sob a vigilância da polícia, que estava ciente das reuniões.
Este caso mancha as relações entre o Marrocos e a França, que estavam melhorando após um ano de conflito provocado por uma investigação francesa sobre as supostas torturas realizadas pelo chefe de contraespionagem marroquino.
O presidente francês, François Hollande, planeja visitar o Marrocos em meados de setembro.
"Não fui eu quem decidiu, quem propôs um trato financeiro", disse à rádio RTL um dos autores do livro, Eric Laurent, que no sábado foi acusado no Marrocos.
Segundo Laurent, o acordo com a monarquia foi uma transação privada e defendeu seu direito de não publicar o livro. "Fui imprudente, mas não imaginava até que ponto queriam nos derrubar", disse.
Por sua vez, a jornalista Catherine Graciet, que também trabalha no livro e está acusada no Marrocos de chantagem e extorsão, afirmou que nunca quis chantagear ninguém e que caiu em uma armadilha.
"Nesta história, foi o Palácio (a monarquia) quem propôs (um trato), foi o Palácio que corrompeu", afirma Graciet em uma entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal Le Parisien, prometendo que o livro, apocalíptico para a família real marroquina, terminará sendo publicado.
Laurent e Graciet são acusados de ter tentado extorquir o rei do Marrocos em troca de não publicar um livro que conteria revelações embaraçosas sobre a monarquia. Os autores se reuniram várias vezes com um representante do rei, um advogado marroquino, sob a vigilância da polícia, que estava ciente das reuniões.
Este caso mancha as relações entre o Marrocos e a França, que estavam melhorando após um ano de conflito provocado por uma investigação francesa sobre as supostas torturas realizadas pelo chefe de contraespionagem marroquino.
O presidente francês, François Hollande, planeja visitar o Marrocos em meados de setembro.
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