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Anônimo doa obra "perdida" de Auguste Rodin a museu suíço

"L"Homme au serpent" de Rodin foi doada ao Museu Cantonal de Belas Artes de Lausanne - AFP Photo/Musee des Beaux-Arts de Lausanne
"L'Homme au serpent" de Rodin foi doada ao Museu Cantonal de Belas Artes de Lausanne Imagem: AFP Photo/Musee des Beaux-Arts de Lausanne

Genebra, Suíça

26/08/2015 15h23

Uma pessoa que não quis revelar sua identidade para os meios de comunicação doou uma escultura de Auguste Rodin, cujo paradeiro era desconhecido, "L'Homme au serpent", ao Museu de Belas Artes de Lausanne, anunciou nesta quarta-feira a instituição suíça.

"L'Homme au serpent" (1887) foi doado ao Museu Cantonal de Belas Artes de Lausanne "por um doador generoso que quis manter o anonimato", afirmou o estabelecimento em um comunicado.

A obra em bronze, da qual há apenas um exemplar, permaneceu escondida do público desde que foi leiloada em 1914, após a morte de seu primeiro proprietário, Antoni Roux.

Resultado da pesquisa de Rodin para o Portão do Inferno, "L'Homme au serpent" era conhecido apenas por seu gesso original, preservado nos Estados Unidos.

Agora, passará a integrar o patrimônio público e enriquecerá o Museu de Belas Artes de Lausanne, que tem outras três obras do grande artista francês, "O Pensador", "O Beijo" e "Busto de Victor" Hugo.

A obra poderá ser admirada em Paris, no Museu Rodin, durante uma exposição dedicada ao Portão do Inferno, entre 17 de outubro de 2016 e 22 de janeiro de 2017.

A escultura em questão (cerca de 1882-1883) havia sido apreciada no atelier do escultor em 1885 por Antoni Roux, um colecionador de Marselha (sul) que estabeleceu-se posteriormente em Paris.

Uma carta de Roux datada de 28 de janeiro de 1887 estabelece as condições para a encomenda da peça em bronze: "Você me pediu dois mil francos por 'L'Homme au serpent' em bronze. Aceito as condições aprovadas por ambas as partes. Ou seja, eu vou ser o único possuidor do conjunto".

Rodin havia aceitado estas condições, razão pela qual há agora apenas uma única cópia em bronze, o que torna a obra excepcional de acordo com especialistas.