Jornalista detido em Bangcoc pode ser condenado a cinco anos de prisão
Anthony Kwan Hok-chun, um fotógrafo que trabalha para o grupo de imprensa Initium de Hong Kong, cobriu os acontecimentos após o atentado de segunda-feira passada em Bangcoc que deixou 20 mortos.
No momento de sua detenção se preparava para sair de Bangcoc carregando em sua bagagem um colete à prova de balas, utilizado com frequência pelos jornalistas para cobrir eventos potencialmente perigosos.
Anthony Kwan Hok-chun foi acusado em virtude da lei sobre controle de armas de 1987, que proíbe a posse de material militar sem licença.
"É acusado de posse de arma ilegal, punida com até cinco anos de prisão, e será julgado por um tribunal militar", indicou o Clube de Correspondentes Estrangeiros da Tailândia (FCCT) em um comunicado divulgado nesta segunda-feira.
"Os coletes à prova de balas e os capacetes utilizados pelos jornalistas não são armas ofensivas e não devem ser considerados como tais", disse o FCCT.
"Ter um colete à prova de balas sem permissão é passível de cinco anos de prisão e de uma multa de 50.000 bahts (1.200 euros)", confirmou sua advogada Sirikarn Charoensiri em uma mensagem à AFP.
A Tailândia é dirigida pela junta militar que assumiu o poder após um golpe de Estado em maio de 2014. Desde então, quando se trata de uma questão de segurança nacional, os civis também são julgados por um tribunal militar.
Muitos jornalistas internacionais viajaram à Tailândia após o atentado diante do santuário de Erawan, no centro de Bangcoc, que deixou 20 mortos e mais de 120 feridos.
No ano passado, durante a crise mais recente, os jornalistas que cobriam os acontecimentos utilizavam coletes à prova de balas e capacetes sem que as autoridades tailandesas agissem contra eles.
Durante as manifestações de 2010 nas ruas de Bangcoc, dois jornalistas estrangeiros morreram baleados.
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