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Artista chinês dissidente Ai Weiwei planeja ensinar arte em Berlim

O artista chinês dissidente Ai Weiwei posa com seu filho, Ai Lao, em uma rua do bairro de Prenzlauer Berg, em Berlim - Frank Zeller/AFP Photo
O artista chinês dissidente Ai Weiwei posa com seu filho, Ai Lao, em uma rua do bairro de Prenzlauer Berg, em Berlim Imagem: Frank Zeller/AFP Photo

De Berlim (EUA)

06/08/2015 10h41

O artista dissidente chinês Ai Weiwei, que chegou à Alemanha há uma semana após quatro anos sem poder viajar para fora de seu país, indicou à AFP que gostaria de ensinar arte em Berlim por algum tempo.

Trabalhar como professor na capital alemã lhe permitiria passar mais tempo com seu filho de seis anos, que vive em Berlim com sua mãe há um ano, explicou na quarta-feira (5) à AFP, durante um passeio pelas ruas do bairro de Prenzlauerberg.

Weiwei pode ensinar na Universidade das Artes de Berlim, que lhe propôs em 2011 um posto de professor convidado, uma oferta que segue em vigor.

"Vou falar com eles", disse. "Vou ver se podemos construir algo, uma nova forma de ensinar, ou ensinar novos temas, porque acredito que a arte está mudando".

O artista chinês descartou, no entanto, pedir asilo na Alemanha. "Não é que não tenha motivos para fazer isso, mas acredito que sim (as autoridades da China), me deixam sair, isso também significa que há certa confiança", considerou.

Após quatro anos sem poder sair de seu país, o artista contemporâneo chinês mais famoso, crítico do regime comunista de Pequim, recuperou seu passaporte de forma inesperada na semana passada e viajou em seguida para a Alemanha, onde já expôs suas obras em várias ocasiões.

Aterrissou em Munique (sul) no dia 30 de julho, antes de se dirigir a Berlim na quarta-feira.