EUA: reforço na encriptação de dados pode afetar guerra ao terror
Washington, 8 Jul 2015 (AFP) - O governo americano alertou nesta quarta-feira que criminosos e suspeitos de envolvimento com atividades terroristas poderão se beneficiar de um reforço na encriptação de informação eletrônica e pediu ao provedores que mantenham o acesso a esses dados protegidos.
Classificando os dados invioláveis com um "real problema de segurança nacional", a subprocuradora de Justiça dos EUA, Sally Quillian Yates, afirmou que a gestão Obama não descartou a legislação para que as empresas mantenham a chave de acesso a essas informações.
"Uma abordagem mais produtiva, porém, é trabalhar com a indústria para encontrar soluções para cada companhia, e não um modelo único", declarou aos congressistas.
O diretor do FBI (a Polícia Federal americana), James Comey, e outras autoridades do governo manifestaram suas preocupação, há meses, desde que Google e Apple anunciaram planos para blindar as comunicações, deixando o acesso apenas nas mãos dos usuários. O objetivo seria prevenir o acesso das autoridades, mesmo sem um mandado judicial.
Essa movimentação surgiu depois da polêmica deflagrada com as revelações do ex-analista de Inteligência Edward Snowden sobre os programas de monitoramento e vigilância global dos EUA.
As autoridades americanas alegam que, quanto uma encriptação de dados mais robusta poderá prejudicar os esforços do governo e as operações de Inteligência, ao permitir que integrantes do Estado Islâmico, por exemplo, não sejam detectados.
Segundo o governo, criminosos também poderão usar as ferramentas eletrônicas para se comunicar impunemente.
"Nossas ferramentas estão se tornando, crescentemente, ineficazes", reconheceu Comey no testemunho na Comissão Judiciária do Senado.
Ele destacou que o EI usa o Twitter para alcançar e inspirar seguidores em solo americano, antes de recorrer a aplicativos seguros de mensagem por celular para discutir potenciais operações.
"Esse é um grande problema", insistiu Comey, acrescentando que o FBI pode não ser capaz de conter ataques do EI em solo americano "indefinidamente", se o problema não for resolvido.
O presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, alertou que não existe "backdoor" que dê acesso apenas aos "mocinhos", e não aos "bandidos".
Comey rejeitou o argumento, apoiando-se na criatividade característica do Vale do Silício.
"O Vale do Silício é cheio de gente, que, quando se reuniu em sua garagem anos atrás, ouviu 'seus sonhos são muito difíceis de admirar...'. Eles não ouviram", rebateu.
"Não acho que tenha dado uma boa e honesta", acrescentou, referindo-se às alternativas de encriptação.
Classificando os dados invioláveis com um "real problema de segurança nacional", a subprocuradora de Justiça dos EUA, Sally Quillian Yates, afirmou que a gestão Obama não descartou a legislação para que as empresas mantenham a chave de acesso a essas informações.
"Uma abordagem mais produtiva, porém, é trabalhar com a indústria para encontrar soluções para cada companhia, e não um modelo único", declarou aos congressistas.
O diretor do FBI (a Polícia Federal americana), James Comey, e outras autoridades do governo manifestaram suas preocupação, há meses, desde que Google e Apple anunciaram planos para blindar as comunicações, deixando o acesso apenas nas mãos dos usuários. O objetivo seria prevenir o acesso das autoridades, mesmo sem um mandado judicial.
Essa movimentação surgiu depois da polêmica deflagrada com as revelações do ex-analista de Inteligência Edward Snowden sobre os programas de monitoramento e vigilância global dos EUA.
As autoridades americanas alegam que, quanto uma encriptação de dados mais robusta poderá prejudicar os esforços do governo e as operações de Inteligência, ao permitir que integrantes do Estado Islâmico, por exemplo, não sejam detectados.
Segundo o governo, criminosos também poderão usar as ferramentas eletrônicas para se comunicar impunemente.
"Nossas ferramentas estão se tornando, crescentemente, ineficazes", reconheceu Comey no testemunho na Comissão Judiciária do Senado.
Ele destacou que o EI usa o Twitter para alcançar e inspirar seguidores em solo americano, antes de recorrer a aplicativos seguros de mensagem por celular para discutir potenciais operações.
"Esse é um grande problema", insistiu Comey, acrescentando que o FBI pode não ser capaz de conter ataques do EI em solo americano "indefinidamente", se o problema não for resolvido.
O presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, alertou que não existe "backdoor" que dê acesso apenas aos "mocinhos", e não aos "bandidos".
Comey rejeitou o argumento, apoiando-se na criatividade característica do Vale do Silício.
"O Vale do Silício é cheio de gente, que, quando se reuniu em sua garagem anos atrás, ouviu 'seus sonhos são muito difíceis de admirar...'. Eles não ouviram", rebateu.
"Não acho que tenha dado uma boa e honesta", acrescentou, referindo-se às alternativas de encriptação.
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