Pont des Arts de Paris livre dos cadeados do amor
Paris, 1 Jun 2015 (AFP) - Adeus aos juramentos de amor eterno trancados sobre o rio Sena: a prefeitura de Paris começou a retirar nesta segunda-feira os centenas de milhares de "cadeados do amor" que os casais prendiam na famosa Pont des Arts.
Ponto final para as grades sobrecarregadas de cadeados de todos os tipos e cores. Já não haverá chaves lançadas de modo teatral no rio.
A passarela respira, libertada de 700.000 a um milhão de objetos metálicos, que pesavam no total 45 toneladas. Há um ano, uma parte da grade desabou, vencida pelo peso do amor.
"Paris deve continuar sendo a capital do amor... Que os casais sigam declarando sua paixão, pedindo em casamento, talvez na Pont des Arts. Mas, por favor, sem colocar cadeados", afirmou Bruno Julliard, vice-prefeito da capital a cargo da Cultura.
Desde a manhã desta segunda-feira, os serviços municipais trabalham na ponte, cortando com serras especiais para metais as grades com cadeados e colocando-as em caminhões.
"Estamos refletindo sobre os possíveis meios de reciclá-los", afirmou Julliard.
O trabalho, que obrigará o fechamento da ponte por uma semana, permitirá que os turistas "recuperem esta magnífica perspectiva".
Efetivamente, a Pont des Artes oferece uma das mais belas vistas da capital francesa, com a perspectiva do rio, do museu do Louvre e das torres da catedral Notre Dame.
As grades serão substituídas por obras de "street art", e depois serão instalados definitivamente painéis de vidro no local.
- As perigosas toneladas do amor -
"Coloquei um cadeado aqui há dez anos", lembra, nostálgico, Feruccio, um italiano de 43 anos que visita Paris com sua esposa.
Para Yilmaz, que prendeu um cadeado em 2010, retirá-los é "como se retirassem o patrimônio de Paris, um patrimônio criado pelo povo". "É uma arte do povo. Isso era bonito", afirma.
Temendo um acidente diante do peso agregado à ponte, duas americanas lançaram em março de 2014 uma petição com o nome "no love locks", que foi assinada por 10.000 pessoas, pedindo a retirada dos cadeados, que "deixavam a ponte feia".
Afirmavam que se tratava de uma "moda horrível e perigosa" que desnaturaliza a "verdadeira Paris" e a transforma em "Disneyland".
Efetivamente, poucos meses depois, em 8 de junho de 2014, uma parte da grade da ponte caiu devido ao peso dos cadeados.
A ponte precisou ser esvaziada e a prefeitura retirou 37 grades, cada uma delas carregada com meia tonelada de cadeados. Uma parte das grades foi substituída por painéis de vidro.
Como alternativa, a prefeitura realizou uma campanha para encorajar os selfies, substituindo os cadeados, e publicá-los, acompanhados da hashtag #lovewithoutlocks.
A moda dos cadeados começou a se propagar em Paris em 2008. Depois da Pont des Arts passou a outras pontes do Sena e inclusive a bairros raramente frequentados pelos turistas.
Vendedores ambulantes e lojas próximas à ponte rapidamente perceberam o negócio e começaram a vender cadeados.
Paris "seguirá retirando um a um todos os cadeados de todas as pontes", promete Julliard.
mig-kte/mc/eg/ma
Ponto final para as grades sobrecarregadas de cadeados de todos os tipos e cores. Já não haverá chaves lançadas de modo teatral no rio.
A passarela respira, libertada de 700.000 a um milhão de objetos metálicos, que pesavam no total 45 toneladas. Há um ano, uma parte da grade desabou, vencida pelo peso do amor.
"Paris deve continuar sendo a capital do amor... Que os casais sigam declarando sua paixão, pedindo em casamento, talvez na Pont des Arts. Mas, por favor, sem colocar cadeados", afirmou Bruno Julliard, vice-prefeito da capital a cargo da Cultura.
Desde a manhã desta segunda-feira, os serviços municipais trabalham na ponte, cortando com serras especiais para metais as grades com cadeados e colocando-as em caminhões.
"Estamos refletindo sobre os possíveis meios de reciclá-los", afirmou Julliard.
O trabalho, que obrigará o fechamento da ponte por uma semana, permitirá que os turistas "recuperem esta magnífica perspectiva".
Efetivamente, a Pont des Artes oferece uma das mais belas vistas da capital francesa, com a perspectiva do rio, do museu do Louvre e das torres da catedral Notre Dame.
As grades serão substituídas por obras de "street art", e depois serão instalados definitivamente painéis de vidro no local.
- As perigosas toneladas do amor -
"Coloquei um cadeado aqui há dez anos", lembra, nostálgico, Feruccio, um italiano de 43 anos que visita Paris com sua esposa.
Para Yilmaz, que prendeu um cadeado em 2010, retirá-los é "como se retirassem o patrimônio de Paris, um patrimônio criado pelo povo". "É uma arte do povo. Isso era bonito", afirma.
Temendo um acidente diante do peso agregado à ponte, duas americanas lançaram em março de 2014 uma petição com o nome "no love locks", que foi assinada por 10.000 pessoas, pedindo a retirada dos cadeados, que "deixavam a ponte feia".
Afirmavam que se tratava de uma "moda horrível e perigosa" que desnaturaliza a "verdadeira Paris" e a transforma em "Disneyland".
Efetivamente, poucos meses depois, em 8 de junho de 2014, uma parte da grade da ponte caiu devido ao peso dos cadeados.
A ponte precisou ser esvaziada e a prefeitura retirou 37 grades, cada uma delas carregada com meia tonelada de cadeados. Uma parte das grades foi substituída por painéis de vidro.
Como alternativa, a prefeitura realizou uma campanha para encorajar os selfies, substituindo os cadeados, e publicá-los, acompanhados da hashtag #lovewithoutlocks.
A moda dos cadeados começou a se propagar em Paris em 2008. Depois da Pont des Arts passou a outras pontes do Sena e inclusive a bairros raramente frequentados pelos turistas.
Vendedores ambulantes e lojas próximas à ponte rapidamente perceberam o negócio e começaram a vender cadeados.
Paris "seguirá retirando um a um todos os cadeados de todas as pontes", promete Julliard.
mig-kte/mc/eg/ma
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.