EI entrou no Museu de Palmira, afirma ministro para Antiguidades
Damasco, 23 Mai 2015 (AFP) - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que esta semana conquistou o controle da cidade histórica de Palmira, entrou na quinta-feira no Museu da localidade, sem destruir peças arqueológicas preciosas, afirmou o ministro sírio para Antiguidades.
Maamun Abdelkarim afirmou que o EI também hasteou sua bandeira no topo da cidadela do século XIII, que domina a cidade antiga.
Os jihadistas, que tomaram o controle de Palmira na quinta-feira, entraram no mesmo dia no museu, "quebraram réplicas de gesso que representam a vida na era pré-histórica".
"Depois retornaram na sexta-feira, fecharam as portas e colocaram guardas", completou Abdelkarim em uma entrevista coletiva em Damasco, na qual citou os depoimentos de moradores de Palmira.
A maior parte das antiguidades do museu foi retirada e levada para Damasco antes do EI assumir o controle de Palmira.
"Não ficou quase nada no museu da cidade, que fica fora do sítio arqueológico de Palmira", completou Abdelkarim.
"Enviamos progressivamente peças antigas para Damasco, mas há peças enormes como os sarcófagos (na entrada do museu) que pesam de 3 a 4 toneladas e que não conseguimos mover. Isto é o que nos preocupa", disse.
O ministro também disse que não foram registradas movimentações do no sítio arqueológico e manifestou o desejo de que os jihadistas "não repitam as mesmas destruições que cometeram no Iraque".
Abdelkarim pediu o apoio da comunidade internacional para "salvar" Palmira.
A cidade de Palmira é famosa por suas colunas romanas, templos e torres funerárias, vestígios de um brilhante passado.
Situada 210 km ao nordeste de Damasco, a "pérola do deserto", considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco, é um oásis que viu seu nome aparecer pela primeira há 4.000 anos e foi um local de trânsito das caravanas entre o Golfo e o Mediterrâneo, assim como uma etapa na Rota da Seda.
Dentro da cidade, a vida começa a voltar ao normal.
"O trânsito voltou ao normal neste sábado porque a aviação militar do regime não bombardeou a cidade", afirmou Mohammad Hassan al-Homsi, militante de Palmira, à AFP.
Segundo a agência oficial Sana, a aviação do regime executou uma série de ataques contra grupos de combatentes do EI na região leste da província de Homs.
Os combatentes do grupo jihadista "autorizaram a viagem de carros até Raqa (reduto do EI na região norte) via Al-Sajn" para buscar mantimentos, disse o militante.
"O EI fez um apelo nas mesquitas pela retomada do trabalho e pediu às mulheres que usem o niqab", completou, em referência ao véu que deixa apenas os olhos descobertos.
Maamun Abdelkarim afirmou que o EI também hasteou sua bandeira no topo da cidadela do século XIII, que domina a cidade antiga.
Os jihadistas, que tomaram o controle de Palmira na quinta-feira, entraram no mesmo dia no museu, "quebraram réplicas de gesso que representam a vida na era pré-histórica".
"Depois retornaram na sexta-feira, fecharam as portas e colocaram guardas", completou Abdelkarim em uma entrevista coletiva em Damasco, na qual citou os depoimentos de moradores de Palmira.
A maior parte das antiguidades do museu foi retirada e levada para Damasco antes do EI assumir o controle de Palmira.
"Não ficou quase nada no museu da cidade, que fica fora do sítio arqueológico de Palmira", completou Abdelkarim.
"Enviamos progressivamente peças antigas para Damasco, mas há peças enormes como os sarcófagos (na entrada do museu) que pesam de 3 a 4 toneladas e que não conseguimos mover. Isto é o que nos preocupa", disse.
O ministro também disse que não foram registradas movimentações do no sítio arqueológico e manifestou o desejo de que os jihadistas "não repitam as mesmas destruições que cometeram no Iraque".
Abdelkarim pediu o apoio da comunidade internacional para "salvar" Palmira.
A cidade de Palmira é famosa por suas colunas romanas, templos e torres funerárias, vestígios de um brilhante passado.
Situada 210 km ao nordeste de Damasco, a "pérola do deserto", considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco, é um oásis que viu seu nome aparecer pela primeira há 4.000 anos e foi um local de trânsito das caravanas entre o Golfo e o Mediterrâneo, assim como uma etapa na Rota da Seda.
Dentro da cidade, a vida começa a voltar ao normal.
"O trânsito voltou ao normal neste sábado porque a aviação militar do regime não bombardeou a cidade", afirmou Mohammad Hassan al-Homsi, militante de Palmira, à AFP.
Segundo a agência oficial Sana, a aviação do regime executou uma série de ataques contra grupos de combatentes do EI na região leste da província de Homs.
Os combatentes do grupo jihadista "autorizaram a viagem de carros até Raqa (reduto do EI na região norte) via Al-Sajn" para buscar mantimentos, disse o militante.
"O EI fez um apelo nas mesquitas pela retomada do trabalho e pediu às mulheres que usem o niqab", completou, em referência ao véu que deixa apenas os olhos descobertos.
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