Palmira, pérola antiga do deserto sírio nas mãos do Estado Islâmico
Damasco, 21 Mai 2015 (AFP) - A antiga cidade de Palmira, controlada nesta quinta-feira pelo Estado Islâmico, é famosa por suas colunas romanas, seus templos e suas torres funerárias, vestígios de um passado brilhante.
Situada 210 km a nordeste de Damasco, a "pérola do deserto", inscrita pela Unesco no Patrimônio Mundial da Humanidade, é um oásis, cujo nome surgiu pela primeira vez em uma tábua há 4.000 anos, e que foi local de trânsito de caravanas entre o Golfo e o Mediterrâneo, assim como uma parte da Rota da Seda.
Palmira (Cidade das Palmeiras) conheceu um auge notável na conquista romana, a partir do século I antes de Cristo.
Foi um local luxuoso e exuberante em pleno deserto, graças ao comércio de especiarias e perfumes, de seda e de marfim. No ano 129, o imperador romano Adriano a tornou uma cidade livre e tomou o nome de Adriana Palmira. Foi naquela época quando foram construídos os principais templos, como o de Bel ou o Ágora.
A trindade integrada pelo deus babilônio Bel, equivalente a Zeus, de Yarhibol (o Sol) e Aglibol (a Lua) era venerada nesta cidade antes da chegada do cristianismo, no século II depois de Cristo.
No século III, aproveitando as dificuldades do Império Romano, a cidade se tornou reino e a bela Zenobia, sua rainha.
Em 270, Zenobia conquista toda a Síria, parte do Egito e chega, inclusive, à Ásia menor. Mas o imperador romano Aureliano reconquista a cidade, Zenobia é conduzida a Roma e Palmira conhece a decadência.
Antes do início da crise na Síria, em 2011, mais de 150.000 turistas visitavam a cidade das 1.000 colunas, com suas estátuas e sua formidável necrópole de 500 tumbas, onde os ricos palmiranos construíram uma série de monumentos funerários suntuosamente decorados, muitos dos quais foram recentemente saqueados.
O mais belo lugar da Síria exibe as cicatrizes - queda de colunas e capitéis corintios -, deixados pelos combates travados entre fevereiro e setembro de 2013 pelos rebeldes e o exército.
Segundo o governador da província, a cidade intramuros tem 35.000 habitantes e deslocados, que se instalaram nela desde o começo do conflito. Com a ausência dos turistas, a maioria de seus habitantes está desempregada.
O grupo Estado Islâmico tomou nesta quinta-feira o controle de toda a cidade, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, depois da retirada das tropas do regime sírio de posições nos arredores.
Situada 210 km a nordeste de Damasco, a "pérola do deserto", inscrita pela Unesco no Patrimônio Mundial da Humanidade, é um oásis, cujo nome surgiu pela primeira vez em uma tábua há 4.000 anos, e que foi local de trânsito de caravanas entre o Golfo e o Mediterrâneo, assim como uma parte da Rota da Seda.
Palmira (Cidade das Palmeiras) conheceu um auge notável na conquista romana, a partir do século I antes de Cristo.
Foi um local luxuoso e exuberante em pleno deserto, graças ao comércio de especiarias e perfumes, de seda e de marfim. No ano 129, o imperador romano Adriano a tornou uma cidade livre e tomou o nome de Adriana Palmira. Foi naquela época quando foram construídos os principais templos, como o de Bel ou o Ágora.
A trindade integrada pelo deus babilônio Bel, equivalente a Zeus, de Yarhibol (o Sol) e Aglibol (a Lua) era venerada nesta cidade antes da chegada do cristianismo, no século II depois de Cristo.
No século III, aproveitando as dificuldades do Império Romano, a cidade se tornou reino e a bela Zenobia, sua rainha.
Em 270, Zenobia conquista toda a Síria, parte do Egito e chega, inclusive, à Ásia menor. Mas o imperador romano Aureliano reconquista a cidade, Zenobia é conduzida a Roma e Palmira conhece a decadência.
Antes do início da crise na Síria, em 2011, mais de 150.000 turistas visitavam a cidade das 1.000 colunas, com suas estátuas e sua formidável necrópole de 500 tumbas, onde os ricos palmiranos construíram uma série de monumentos funerários suntuosamente decorados, muitos dos quais foram recentemente saqueados.
O mais belo lugar da Síria exibe as cicatrizes - queda de colunas e capitéis corintios -, deixados pelos combates travados entre fevereiro e setembro de 2013 pelos rebeldes e o exército.
Segundo o governador da província, a cidade intramuros tem 35.000 habitantes e deslocados, que se instalaram nela desde o começo do conflito. Com a ausência dos turistas, a maioria de seus habitantes está desempregada.
O grupo Estado Islâmico tomou nesta quinta-feira o controle de toda a cidade, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, depois da retirada das tropas do regime sírio de posições nos arredores.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.