Exposição em Paris mostra raros manuscritos iraquianos salvos do EI
Paris, 19 Mai 2015 (AFP) - Manuscritos raros iraquianos e alguns fac-símiles de manuscritos de Mossul, retirados para escapar da destruição do grupo Estado Islâmico (EI), estão expostos no Arquivo Nacional da França, em Paris, até 24 de agosto.
A exposição "Mesopotâmia, encruzilhada de culturas - auge dos manuscritos iraquianos" reúne alguns raríssimos exemplares em siríaco, aramaico, árabe, a maioria coletada por frades dominicanos.
Ela traça a história das missões e da implementação de religiosos na planície da Mesopotâmia (Iraque), considerada "como uma das casas mais antigas do mundo cristão", explica Jacques Charles-Gaffiot, curador da mostra.
A exposição também inclui muitos manuscritos de advogados, gramáticos, poetas árabes, homilias cristãs escritas em árabe, um tratado médico em siríaco, textos religiosos, evangelhos e Alcorões. Uma peça muito rara: um Alcorão de Bagdá do final do século 12, provavelmente anotado pelo dominicano Riccoldo da Monte Croce (1243-1320).
A segunda parte da exposição é composta por sete fac-símiles de alta qualidade de manuscritos oriundos da biblioteca Dominicana de Mossul, transferida de emergência no último verão quando Mossul e Qaraqosh foram tomadas por tropas do grupo EI e o êxodo em massa das populações cristãs dos dois municípios para Arbil, no Curdistão vizinho.
"Esses manuscritos estão protegidos, escondidos em algum lugar no Curdistão", disse à AFP o irmão Najeeb, iraquiano que os protegeu e os transportou. "O que estamos tentando fazer é salvar o patrimônio que o EI está tentando destruir", acrescentou.
"Ao todo, nosso centro digitalizou 8.000 manuscritos, mas hoje metade deles - que não foram mantidos pelos dominicanos - não existem mais", acrescentou.
Segundo a Unesco, o EI destruiu voluntariamente uma enorme quantidade de tesouros culturais pré-islâmicos, assim como santuários de patrimônio cultural de cristãos, judeus ou muçulmanos que os jihadistas consideram como hereges ou idólatras, em Mossul e em vários locais no Iraque. O EI tem se vangloriado nos últimos meses de ter destruído ou danificado os grandes sítios arqueológicos de Hatra e Nimrud no Iraque.
Em 7 de agosto, durante o ataque jihadista contra Qaraqosh, a maior cidade cristã no Iraque, mais de 1.500 manuscritos foram queimados, declarou à AFP o patriarca caldeu Louis Sako.
A exposição "Mesopotâmia, encruzilhada de culturas - auge dos manuscritos iraquianos" reúne alguns raríssimos exemplares em siríaco, aramaico, árabe, a maioria coletada por frades dominicanos.
Ela traça a história das missões e da implementação de religiosos na planície da Mesopotâmia (Iraque), considerada "como uma das casas mais antigas do mundo cristão", explica Jacques Charles-Gaffiot, curador da mostra.
A exposição também inclui muitos manuscritos de advogados, gramáticos, poetas árabes, homilias cristãs escritas em árabe, um tratado médico em siríaco, textos religiosos, evangelhos e Alcorões. Uma peça muito rara: um Alcorão de Bagdá do final do século 12, provavelmente anotado pelo dominicano Riccoldo da Monte Croce (1243-1320).
A segunda parte da exposição é composta por sete fac-símiles de alta qualidade de manuscritos oriundos da biblioteca Dominicana de Mossul, transferida de emergência no último verão quando Mossul e Qaraqosh foram tomadas por tropas do grupo EI e o êxodo em massa das populações cristãs dos dois municípios para Arbil, no Curdistão vizinho.
"Esses manuscritos estão protegidos, escondidos em algum lugar no Curdistão", disse à AFP o irmão Najeeb, iraquiano que os protegeu e os transportou. "O que estamos tentando fazer é salvar o patrimônio que o EI está tentando destruir", acrescentou.
"Ao todo, nosso centro digitalizou 8.000 manuscritos, mas hoje metade deles - que não foram mantidos pelos dominicanos - não existem mais", acrescentou.
Segundo a Unesco, o EI destruiu voluntariamente uma enorme quantidade de tesouros culturais pré-islâmicos, assim como santuários de patrimônio cultural de cristãos, judeus ou muçulmanos que os jihadistas consideram como hereges ou idólatras, em Mossul e em vários locais no Iraque. O EI tem se vangloriado nos últimos meses de ter destruído ou danificado os grandes sítios arqueológicos de Hatra e Nimrud no Iraque.
Em 7 de agosto, durante o ataque jihadista contra Qaraqosh, a maior cidade cristã no Iraque, mais de 1.500 manuscritos foram queimados, declarou à AFP o patriarca caldeu Louis Sako.
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