Festival de Cannes presta homenagem às mulheres
Cannes, França, 13 Mai 2015 (AFP) - O Festival de Cannes, o maior do mundo, abriu nesta quarta-feira sua 68ª edição entre a pompa e o glamour, com uma homenagem às mulheres e às atrizes.
"Declaro aberto o 68º Festival de Cannes. Obrigada a todos", disse a atriz americana Julianne Moore, ganhadora do Oscar de melhor atriz este ano por "Para sempre Alice" e de uma Palma de Ouro em Cannes, em 2014, por seu papel em "Mapa para as Estrelas".
"A mulher, a atriz, é o símbolo do amor sobre o qual repousa o cinema", declarou o mestre de cerimônias, Lambert Wilson.
Fotógrafos, jornalistas e curiosos se reuniram no Palácio dos Festivais, na emblemática Croisette, para conseguir algum flagrante dos astros e estrelas que desfilavam no tapete vermelho.
Catherine Deneuve, protagonista do filme que abriu a mostra; Naomi Watts, a israelense-americana Natalie Portman, acompanhada do marido francês, Benjamin Millepied, coreógrafo da cerimônia de abertura; Lupita Nyong'o e Benício del Toro foram alguns dos protagonistas desta festa cheia de glamour, que este ano quis dar um olhar mais feminino e social à Sétima Arte.
Os nove membros do júri também passaram pelo tapete vermelho: os cineastas americanos Joel e Ethan Coen, presidentes do mesmo, o mexicano Guillermo del Toro, o canadense Xavier Dolan, também diretores, bem como as atrizes Rossy de Palma, Sienna Miller e Sophie Marceau. O ator americano Jake Gyllenhaal e a cantora malinesa Rokia Traoré completaram o júri.
No total, 19 filmes disputam o prêmio máximo, a Palma de Ouro, no próximo dia 24, entre elas, uma única latina, "Chronic", do mexicano Michel Franco, rodada em inglês.
A também mexicana Salma Hayek concorre ao prêmio de interpretação no italiano "Il racconto dei racconti", de Matteo Garrone, também em inglês.
Uma mulher abre o festivalPela primeira vez em 30 anos, o trabalho de uma mulher foi escolhido para inaugurar, em caráter hors concours, a mostra (depois de Diane Kurys, em 1987), com um filme que contrasta com o glamour da abertura em outras edições.
Trata-se do drama social "La tête en haut", da cineasta francesa Emmanuelle Bercot, de 47 anos, com Catherine Deneuve no papel de uma juíza de menores que tenta salvar um jovem do crime.
No filme, a diretora acompanha a vida, dos 6 aos 18 anos, do jovem Malony, um delinquente violento mas frágil, interpretado com brilho pelo novato Rod Paradot.
A diretora descreveu o filme como um "filme documentário e de ficção", que não despertou entusiasmo na exibição para a imprensa.
No entanto, para Deneuve, tem um "objetivo interessante", que é mostrar o trabalho de juízes e educadores, embora seja consciente de que "não se pode salvar a todos" os jovens em dificuldades.
Dramas sociaisA musa de Luís Buñuel em "A Bela da Tarde" e "Tristana", que trabalha com Bercot pela segunda vez, considera que a escolha do filme para a abertura de Cannes "é uma resposta do festival a um ano difícil" na França.
Para aqueles surpresos com o tom social do festival em 2015, a programação não faz mais do que refletir uma realidade, segundo o presidente do evento, Pierre Lescure.
"Hoje, a realidade social francesa, que é um pouco mundial, inspira os diretores", afirmou.
Isto aconteceu na época da guerra do Vietnã, que inspirou alguns dos melhores filmes de guerra e que integraram a programação de Cannes na época, recordou.
Bercot é uma das três diretoras francesas presentes este ano em Cannes, ao lado de Maïwenn e Valerie Donzelli. As duas últimas estão na disputa pela Palma de Ouro.
Cinco filmes da mostra competitiva são franceses e três da Itália, com direito aos trabalhos mais recentes de dois diretores assíduos do festival, Nani Moretti e Paolo Sorrentino.
Os outros filmes na mostra oficial vêm do México, Estados Unidos (2), Grécia, Taiwan, China, Japão, Austrália, Hungria, Noruega e Canadá.
A competição oficial começa na quinta-feira com as exibições do italiano "Il raconto dei racconti", de Matteo Garrone, com a mexicana Salma Hayek como protagonista, e do japonês "Umimachi Diary", de Koreeda Hirokazu.
bur-af/fp/mvv
"Declaro aberto o 68º Festival de Cannes. Obrigada a todos", disse a atriz americana Julianne Moore, ganhadora do Oscar de melhor atriz este ano por "Para sempre Alice" e de uma Palma de Ouro em Cannes, em 2014, por seu papel em "Mapa para as Estrelas".
"A mulher, a atriz, é o símbolo do amor sobre o qual repousa o cinema", declarou o mestre de cerimônias, Lambert Wilson.
Fotógrafos, jornalistas e curiosos se reuniram no Palácio dos Festivais, na emblemática Croisette, para conseguir algum flagrante dos astros e estrelas que desfilavam no tapete vermelho.
Catherine Deneuve, protagonista do filme que abriu a mostra; Naomi Watts, a israelense-americana Natalie Portman, acompanhada do marido francês, Benjamin Millepied, coreógrafo da cerimônia de abertura; Lupita Nyong'o e Benício del Toro foram alguns dos protagonistas desta festa cheia de glamour, que este ano quis dar um olhar mais feminino e social à Sétima Arte.
Os nove membros do júri também passaram pelo tapete vermelho: os cineastas americanos Joel e Ethan Coen, presidentes do mesmo, o mexicano Guillermo del Toro, o canadense Xavier Dolan, também diretores, bem como as atrizes Rossy de Palma, Sienna Miller e Sophie Marceau. O ator americano Jake Gyllenhaal e a cantora malinesa Rokia Traoré completaram o júri.
No total, 19 filmes disputam o prêmio máximo, a Palma de Ouro, no próximo dia 24, entre elas, uma única latina, "Chronic", do mexicano Michel Franco, rodada em inglês.
A também mexicana Salma Hayek concorre ao prêmio de interpretação no italiano "Il racconto dei racconti", de Matteo Garrone, também em inglês.
Uma mulher abre o festivalPela primeira vez em 30 anos, o trabalho de uma mulher foi escolhido para inaugurar, em caráter hors concours, a mostra (depois de Diane Kurys, em 1987), com um filme que contrasta com o glamour da abertura em outras edições.
Trata-se do drama social "La tête en haut", da cineasta francesa Emmanuelle Bercot, de 47 anos, com Catherine Deneuve no papel de uma juíza de menores que tenta salvar um jovem do crime.
No filme, a diretora acompanha a vida, dos 6 aos 18 anos, do jovem Malony, um delinquente violento mas frágil, interpretado com brilho pelo novato Rod Paradot.
A diretora descreveu o filme como um "filme documentário e de ficção", que não despertou entusiasmo na exibição para a imprensa.
No entanto, para Deneuve, tem um "objetivo interessante", que é mostrar o trabalho de juízes e educadores, embora seja consciente de que "não se pode salvar a todos" os jovens em dificuldades.
Dramas sociaisA musa de Luís Buñuel em "A Bela da Tarde" e "Tristana", que trabalha com Bercot pela segunda vez, considera que a escolha do filme para a abertura de Cannes "é uma resposta do festival a um ano difícil" na França.
Para aqueles surpresos com o tom social do festival em 2015, a programação não faz mais do que refletir uma realidade, segundo o presidente do evento, Pierre Lescure.
"Hoje, a realidade social francesa, que é um pouco mundial, inspira os diretores", afirmou.
Isto aconteceu na época da guerra do Vietnã, que inspirou alguns dos melhores filmes de guerra e que integraram a programação de Cannes na época, recordou.
Bercot é uma das três diretoras francesas presentes este ano em Cannes, ao lado de Maïwenn e Valerie Donzelli. As duas últimas estão na disputa pela Palma de Ouro.
Cinco filmes da mostra competitiva são franceses e três da Itália, com direito aos trabalhos mais recentes de dois diretores assíduos do festival, Nani Moretti e Paolo Sorrentino.
Os outros filmes na mostra oficial vêm do México, Estados Unidos (2), Grécia, Taiwan, China, Japão, Austrália, Hungria, Noruega e Canadá.
A competição oficial começa na quinta-feira com as exibições do italiano "Il raconto dei racconti", de Matteo Garrone, com a mexicana Salma Hayek como protagonista, e do japonês "Umimachi Diary", de Koreeda Hirokazu.
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