Multidão em Moscou homenageia memória de 'defensores da pátria'
Moscou, 9 Mai 2015 (AFP) - Cerca de 500 mil russos marcharam neste sábado pelas ruas de Moscou exibindo retratos de seus pais ou avós, liderados pelo presidente Vladimir Putin, para homenagear os soldados do Exército Vermelho vitoriosos diante da Alemanha nazista.
"É nossa maior festa. Se os ocidentais não vieram, é problema deles. O principal é que o povo lembre e comemore", explicou em meio à multidão Evgueni Safronov, exibindo um retrato de seus avós.
"Tentam reescrever a história da Segunda Guerrra Mundial, isso é um insulto. Mas estamos aqui, estamos unidos", assinalou Irina Karpova, exibindo uma fotografia de seu avô, convocado em 1943, aos 18 anos.
O presidente russo posicionou-se diante desta imensa coluna, que, segundo a polícia, reuniu 500 mil pessoas, exibindo um retrato de seu pai, Vladimir, ferido na Segunda Guerra.
Horas antes da formação do cortejo, batizado de "regimento dos imortais", aconteceu um grande desfile militar na Praça Vermelha.
- 'Sangue derramado' -
Com pilotkas (o célebre quepe soviético) cobrindo a cabeça, bandeiras vermelhas, e, alguns, vestindo uniformes da época, uma multidão que unia moscovitas, turistas e forças de ordem reuniu-se desde as primeiras horas do dia, lotando as ruas do centro de Moscou.
Na praça Pushkin e nos arredores da avenida Tverskaia, que leva à Praça Vermelha, executivos, famílias e motoristas assistiam ao desfile em um telão, aplaudindo o discurso de Putin e entoando o hino russo.
"É a primeira vez que venho assistir a um desfile", contou a estudante de direito Ilia Pavlovski, 24, acompanhada de outros universitários. "Não sou patriota, mas estava indignada com todas essas tentativas de nos privar de nosso papel histórico na vitória depois de tudo que nos custou!"
Perto dela, Viacheslav Ostrovski, 40, tirava uma foto com a filha diante de um blindado da época coberto com uma grande bandeira vermelha.
"Fico emocionado só de pensar em todo o sangue que derramamos para hastear esta bandeira no Reichstag. Glória eterna para os defensores da pátria!", disse o homem, que vestia um uniforme de oficial da época.
- 'Ênfase excessiva' -
A vitória de 1945, festejada em 9 de maio na Rússia, devido à diferença de fuso horário no momento da capitulação alemã, foi elevada à condição de mito fundador do patriotismo e da grandeza russos, unindo a sociedade em um exercício de memória.
"Fico com o coração confortado ao ver que que nossa juventude não esqueceu. A memória é a base da nossa sociedade", comentou Svetlana Tachenkova, 68, que se aproximou exibindo um retrato de seu paí, que participou da libertação da Polônia.
"Os europeus podem nos boicotar, mas não roubar nossa festa", protestou a mulher, enquanto um grupo de jovens desfilava animadamente sob bandeiras soviéticas.
Vinte e sete milhões de soldados e civis soviéticos morreram na Segunda Guerra Mundial, e historiadores estimam que entre 60% e 70% dos russos perderam pelo menos um membro de sua família na Grande Guerra Patriótica, como o conflito é conhecido no país.
Em São Petersburgo, segunda maior cidade russa, o "regimento dos imortais" local reuniu cerca de 100 mil pessoas. Mas Serguei Pavlov, 46, era moderado em seu entusiasmo: "Não gosto da ênfase excessiva que damos aos festejos da vitória. Certamente tenho orgulho de nossa vitória, meus dois avós morreram na guerra, mas não devemos viver no passado."
Uma gigantesca queima de fogos de artifício, dividida por 10 áreas, irá iluminar a capital russa à noite.
mak-or-pop/tbm/age/dmc/lb
"É nossa maior festa. Se os ocidentais não vieram, é problema deles. O principal é que o povo lembre e comemore", explicou em meio à multidão Evgueni Safronov, exibindo um retrato de seus avós.
"Tentam reescrever a história da Segunda Guerrra Mundial, isso é um insulto. Mas estamos aqui, estamos unidos", assinalou Irina Karpova, exibindo uma fotografia de seu avô, convocado em 1943, aos 18 anos.
O presidente russo posicionou-se diante desta imensa coluna, que, segundo a polícia, reuniu 500 mil pessoas, exibindo um retrato de seu pai, Vladimir, ferido na Segunda Guerra.
Horas antes da formação do cortejo, batizado de "regimento dos imortais", aconteceu um grande desfile militar na Praça Vermelha.
- 'Sangue derramado' -
Com pilotkas (o célebre quepe soviético) cobrindo a cabeça, bandeiras vermelhas, e, alguns, vestindo uniformes da época, uma multidão que unia moscovitas, turistas e forças de ordem reuniu-se desde as primeiras horas do dia, lotando as ruas do centro de Moscou.
Na praça Pushkin e nos arredores da avenida Tverskaia, que leva à Praça Vermelha, executivos, famílias e motoristas assistiam ao desfile em um telão, aplaudindo o discurso de Putin e entoando o hino russo.
"É a primeira vez que venho assistir a um desfile", contou a estudante de direito Ilia Pavlovski, 24, acompanhada de outros universitários. "Não sou patriota, mas estava indignada com todas essas tentativas de nos privar de nosso papel histórico na vitória depois de tudo que nos custou!"
Perto dela, Viacheslav Ostrovski, 40, tirava uma foto com a filha diante de um blindado da época coberto com uma grande bandeira vermelha.
"Fico emocionado só de pensar em todo o sangue que derramamos para hastear esta bandeira no Reichstag. Glória eterna para os defensores da pátria!", disse o homem, que vestia um uniforme de oficial da época.
- 'Ênfase excessiva' -
A vitória de 1945, festejada em 9 de maio na Rússia, devido à diferença de fuso horário no momento da capitulação alemã, foi elevada à condição de mito fundador do patriotismo e da grandeza russos, unindo a sociedade em um exercício de memória.
"Fico com o coração confortado ao ver que que nossa juventude não esqueceu. A memória é a base da nossa sociedade", comentou Svetlana Tachenkova, 68, que se aproximou exibindo um retrato de seu paí, que participou da libertação da Polônia.
"Os europeus podem nos boicotar, mas não roubar nossa festa", protestou a mulher, enquanto um grupo de jovens desfilava animadamente sob bandeiras soviéticas.
Vinte e sete milhões de soldados e civis soviéticos morreram na Segunda Guerra Mundial, e historiadores estimam que entre 60% e 70% dos russos perderam pelo menos um membro de sua família na Grande Guerra Patriótica, como o conflito é conhecido no país.
Em São Petersburgo, segunda maior cidade russa, o "regimento dos imortais" local reuniu cerca de 100 mil pessoas. Mas Serguei Pavlov, 46, era moderado em seu entusiasmo: "Não gosto da ênfase excessiva que damos aos festejos da vitória. Certamente tenho orgulho de nossa vitória, meus dois avós morreram na guerra, mas não devemos viver no passado."
Uma gigantesca queima de fogos de artifício, dividida por 10 áreas, irá iluminar a capital russa à noite.
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