Jornalistas francesas denunciam 'paternalismo lascivo' dos políticos
Paris, 5 Mai 2015 (AFP) - Comentários libertinos, mãos ousadas ou reiterados convites para ir jantar: alguns políticos franceses mostram um paternalismo lascivo em relação às jornalistas, denunciam 40 delas em uma petição publicada nesta terça-feira no jornal francês Libération.
Sob o título "Mãos quietas!", as signatárias, que cobrem a atualidade política para os grandes meios de comunicação (France Inter, Le Monde, AFP, Libération, TF1...), relatam uma série de exemplos do machismo que reina no exercício de sua profissão.
Mencionam o caso de um parlamentar que "acaricia o nosso cabelo", outro "que lamenta que não utilizamos decote" ou "o jovem talento de um partido que insiste em nos ver durante a noite".
Em 2011, a prisão do então diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn por acusações de estupro permitiu denunciar estas formas de perseguição, lembram.
"Pensamos que o caso DSK removeu as coisas e que os costumes machistas, uma mostra de vulgaridade cidadã e política, estavam em vias de extinção", denunciam. "Mas enquanto a política seguir nas mãos de homens heterossexuais e sexagenários, nada mudará".
As signatárias reconhecem que sua "profissão implica a construção de uma proximidade e de um vínculo de confiança", mas que para isso se sentem obrigadas a "integrar os limites do machismo reinante" e evitar os encontros cara a cara, usar roupas sóbrias e vigiar para manter o tratamento formal.
leb-chp/ros/jvb/app/ma
Sob o título "Mãos quietas!", as signatárias, que cobrem a atualidade política para os grandes meios de comunicação (France Inter, Le Monde, AFP, Libération, TF1...), relatam uma série de exemplos do machismo que reina no exercício de sua profissão.
Mencionam o caso de um parlamentar que "acaricia o nosso cabelo", outro "que lamenta que não utilizamos decote" ou "o jovem talento de um partido que insiste em nos ver durante a noite".
Em 2011, a prisão do então diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn por acusações de estupro permitiu denunciar estas formas de perseguição, lembram.
"Pensamos que o caso DSK removeu as coisas e que os costumes machistas, uma mostra de vulgaridade cidadã e política, estavam em vias de extinção", denunciam. "Mas enquanto a política seguir nas mãos de homens heterossexuais e sexagenários, nada mudará".
As signatárias reconhecem que sua "profissão implica a construção de uma proximidade e de um vínculo de confiança", mas que para isso se sentem obrigadas a "integrar os limites do machismo reinante" e evitar os encontros cara a cara, usar roupas sóbrias e vigiar para manter o tratamento formal.
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