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Cyndi Lauper e Cirque du Soleil atacam lei anti-transgênero da Carolina do Norte

15/04/2015 08h30

Nova York, 16 Abr 2016 (AFP) - O protesto contra uma lei do estado da Carolina do Norte, que é considerada discriminatória pela comunidade transgênero continua somando seguidores: a cantora Cyndi Lauper e o Cirque du Soleil se uniram na sexta-feira às fileiras da oposição.

A intérprete disse que seu show de 4 de junho em Raleigh, capital do estado do sudeste americano, será acompanhado de uma campanha de sensibilização. Também destinará toda a renda obtida com o espetáculo à Equality North Carolina, uma organização local que milita contra a lei HB2.

O texto, promulgado no fim de março pelo governador republicano Pat McCrory, impõe aos indivíduos que usem banheiros públicos que correspondem ao seu sexo de nascimento e não à sua identidade de gênero.

Sob a crescente pressão de personalidades e empresas, McCrory reduziu na terça-feira o alcance da lei. Agora, o setor privado está livre para cumpri-la ou não, embora continue válida em escolas e edifícios administrativos.

Na semana passada, o roqueiro Bruce Springsteen cancelou um concerto. O serviço Paypal rejeitou um projeto de investimento. E uma centena de dirigentes de grandes empresas - entre elas Apple, Bank of America, Marriott, Starbucks e Facebook - escreveram para o governador, organizações esportivas e de espetáculos para rejeitar a lei.

Segundo Cyndi Lauper, a pressão "está tomando forma e é bela". Mas ao invés de participar de um boicote, disse que preferia organizar um evento que favoreça à comunidade transgênero.

O Cirque du Soleil, por sua vez, anunciou na sexta-feira o cancelamento de três espetáculos que tinha previsto na Carolina do Norte entre abril e julho.

"O Cirque du Soleil acredita firmemente na diversidade e na igualdade de cada indivíduo e se opõe a toda forma de discriminação", informou o grupo canadense em um comunicado.

Desde a histórica legalização por parte da Suprema Corte do casamento homossexual nos Estados Unidos em junho de 2015, alguns estados conservadores tomaram iniciativas consideradas discriminatórias pela comunidade LGBT.