Uruguai e América Latina se despedem de Eduardo Galeano
Montevidéu, 14 Abr 2015 (AFP) - O velório do escritor uruguaio Eduardo Galeano, que faleceu na segunda-feira vítima de câncer de pulmão, acontecerá nesta terça-feira no Congresso em Montevidéu e o sepultamento pouco depois, em meio a muitas homenagens no país e na América Latina, continente ao qual dedicou sua obra.
O autor de "As Veias Abertas da América Latina" e da trilogia "Memórias de Fogo", faleceu aos 74 anos em sua cidade natal.
"Venho prestar homenagem, despedir um grande latino-americano e um brilhante escritor", disse em sua chegada ao local do velório o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez em declarações a jornalistas.
Galeano "fica no coração dos uruguaios e de todos os latino-americanos", resumiu. Afirmou que o escritor deixa um legado "não só literário, mas político e de ética muito grande".
Os elogios ao escritor, jornalista e ensaísta, uma referência da esquerda latino-americana a partir dos anos 1970, chegam de vários países.
Presidentes do Brasil, Bolívia, Equador, El Salvador e Venezuela, e escritores como a mexicana Elena Poniatowska, Isabel Allende, Sergio Ramírez, Gioconda Belli e Osvaldo Bayer lamentaram a morte.
Líderes sociais, como a guatemalteca Rigoberta Menchú, e até a guerrilha das Farc, atualmente em um processo de paz com o governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos, recordaram o escritor.
A imprensa mundial destaca nesta terça-feira a obra de Galeano.
Em um comunicado, o governo uruguaio informou que o presidente Tabaré Vázquez determinou honras fúnebres para um dos escritores uruguaios mais famosos de todos os tempos. O funeral começará às 15H00 (mesmo horário de Brasília).
Um porta-voz da presidência afirmou que Vázquez classificou Galeano como "uma personalidade que transcende, com dimensão nacional e internacional", e pediu o comparecimento dos ministros à cerimônia.
O velório acontecerá no Salão dos Passos Perdidos do Palácio Legislativo de Montevidéu, que recebe os funerais de políticos importantes e figuras de destaque do país.
Eduardo Germán María Hughes Galeano morreu na segunda-feira de manhã em um hospital da capital uruguaia. O escritor, que fumou durante grande parte da vida, tinha câncer de pulmão e o estado de saúde havia se agravado nas últimas semanas.
Personagem importante de Montevidéu, cidade para a qual retornou depois do exílio imposto pela ditadura no Uruguai (1973-85), período em que morou na Argentina e Espanha, Galeano era frequentador assíduo dos cafés locais.
Ele afirmava que havia aprendido a arte de narrar nestes antigos locais de conversa de Montevidéu de meados do século passado.
Entre vários prêmios, Galeano recebeu o Casa das Américas em duas ocasiões (1975 e 1978) e sua trilogia "Memória do Fogo" recebeu em 1989 o American Book Award, distinção da Universidade de Washington.
Em breve será lançada uma compilação com o título "Mulheres". Galeano também deixou outro livro inédito preparado para a publicação após sua morte e que deve chegar às livrarias ainda este ano.
O autor de "As Veias Abertas da América Latina" e da trilogia "Memórias de Fogo", faleceu aos 74 anos em sua cidade natal.
"Venho prestar homenagem, despedir um grande latino-americano e um brilhante escritor", disse em sua chegada ao local do velório o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez em declarações a jornalistas.
Galeano "fica no coração dos uruguaios e de todos os latino-americanos", resumiu. Afirmou que o escritor deixa um legado "não só literário, mas político e de ética muito grande".
Os elogios ao escritor, jornalista e ensaísta, uma referência da esquerda latino-americana a partir dos anos 1970, chegam de vários países.
Presidentes do Brasil, Bolívia, Equador, El Salvador e Venezuela, e escritores como a mexicana Elena Poniatowska, Isabel Allende, Sergio Ramírez, Gioconda Belli e Osvaldo Bayer lamentaram a morte.
Líderes sociais, como a guatemalteca Rigoberta Menchú, e até a guerrilha das Farc, atualmente em um processo de paz com o governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos, recordaram o escritor.
A imprensa mundial destaca nesta terça-feira a obra de Galeano.
Em um comunicado, o governo uruguaio informou que o presidente Tabaré Vázquez determinou honras fúnebres para um dos escritores uruguaios mais famosos de todos os tempos. O funeral começará às 15H00 (mesmo horário de Brasília).
Um porta-voz da presidência afirmou que Vázquez classificou Galeano como "uma personalidade que transcende, com dimensão nacional e internacional", e pediu o comparecimento dos ministros à cerimônia.
O velório acontecerá no Salão dos Passos Perdidos do Palácio Legislativo de Montevidéu, que recebe os funerais de políticos importantes e figuras de destaque do país.
Eduardo Germán María Hughes Galeano morreu na segunda-feira de manhã em um hospital da capital uruguaia. O escritor, que fumou durante grande parte da vida, tinha câncer de pulmão e o estado de saúde havia se agravado nas últimas semanas.
Personagem importante de Montevidéu, cidade para a qual retornou depois do exílio imposto pela ditadura no Uruguai (1973-85), período em que morou na Argentina e Espanha, Galeano era frequentador assíduo dos cafés locais.
Ele afirmava que havia aprendido a arte de narrar nestes antigos locais de conversa de Montevidéu de meados do século passado.
Entre vários prêmios, Galeano recebeu o Casa das Américas em duas ocasiões (1975 e 1978) e sua trilogia "Memória do Fogo" recebeu em 1989 o American Book Award, distinção da Universidade de Washington.
Em breve será lançada uma compilação com o título "Mulheres". Galeano também deixou outro livro inédito preparado para a publicação após sua morte e que deve chegar às livrarias ainda este ano.
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