Turquia retoma julgamento de dois jornalistas anti-Erdogan
Istambul, 1 Abr 2016 (AFP) - O julgamento de dois famosos jornalistas acusados de espionagem e tentativa de golpe de Estado em um caso considerado um 'teste' para a liberdade de imprensa na Turquia foi retomado nesta sexta-feira em uma corte criminal de Istambul.
Can Dundar, diretor de redação do jornal Cumhuriyet, e Erdem Gül, diretor da sucursal de Ancara, muito críticos ao poder conservador-islâmico do presidente Recep Tayyip Erdogan, podem ser condenados à prisão perpétua por terem acusado o governo turco de entregar armas aos rebeldes islamitas da Síria.
"Vamos vencer, sempre vencemos na história. Pensamos que as leis nos darão razão e que seremos absolvidos", disse Dundar ao chegar ao tribunal, antes da segunda audiência de um processo iniciado em 25 de março.
A corte decidiu então dar continuidade ao julgamento a portas fechadas por razões de "segurança nacional".
A Turquia expressou "mal-estar" a alguns países da União Europeia por conta da presença de diplomatas destas nações no início do julgamento.
O cônsul britânico Leigh Turner publicou fotos no Twitter que mostravam diplomatas estrangeiros no tribunal e inclusive uma selfie com um sorridente Can Dundar. As mensagens eram acompanhadas pela hashtag #freedomofexpression (libertade de expressão).
O próprio Erdogan demonstrou sua irritação. "Quem são vocês? O que fazem aqui?", questionou em um discurso exibido na TV.
"Este não é seu país, esta é a Turquia", disse.
Os dois jornalistas - que ficaram 90 dias em detenção provisória, até que a Corte Constitucional turca ordenou a libertação - publicaram em maio de 2014 uma reportagem, com fotos e um vídeo, sobre a entrega de armas aos rebeles islamitas sírios em janeiro de 2014.
O vídeo mostrava caminhões do Serviço Secreto Turco (MIT) repletos de armas.
A matéria provocou a revolta de Erdogan, que desde o início do conflito sírio nega que a Turquia apoie os movimentos radicais contrários ao governo de Bashar al-Assad.
Can Dundar, diretor de redação do jornal Cumhuriyet, e Erdem Gül, diretor da sucursal de Ancara, muito críticos ao poder conservador-islâmico do presidente Recep Tayyip Erdogan, podem ser condenados à prisão perpétua por terem acusado o governo turco de entregar armas aos rebeldes islamitas da Síria.
"Vamos vencer, sempre vencemos na história. Pensamos que as leis nos darão razão e que seremos absolvidos", disse Dundar ao chegar ao tribunal, antes da segunda audiência de um processo iniciado em 25 de março.
A corte decidiu então dar continuidade ao julgamento a portas fechadas por razões de "segurança nacional".
A Turquia expressou "mal-estar" a alguns países da União Europeia por conta da presença de diplomatas destas nações no início do julgamento.
O cônsul britânico Leigh Turner publicou fotos no Twitter que mostravam diplomatas estrangeiros no tribunal e inclusive uma selfie com um sorridente Can Dundar. As mensagens eram acompanhadas pela hashtag #freedomofexpression (libertade de expressão).
O próprio Erdogan demonstrou sua irritação. "Quem são vocês? O que fazem aqui?", questionou em um discurso exibido na TV.
"Este não é seu país, esta é a Turquia", disse.
Os dois jornalistas - que ficaram 90 dias em detenção provisória, até que a Corte Constitucional turca ordenou a libertação - publicaram em maio de 2014 uma reportagem, com fotos e um vídeo, sobre a entrega de armas aos rebeles islamitas sírios em janeiro de 2014.
O vídeo mostrava caminhões do Serviço Secreto Turco (MIT) repletos de armas.
A matéria provocou a revolta de Erdogan, que desde o início do conflito sírio nega que a Turquia apoie os movimentos radicais contrários ao governo de Bashar al-Assad.
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