Exército israelense fecha tv palestina na Cisjordânia
Ramallah, Territórios palestinos, 11 Mar 2016 (AFP) - O exército israelense revistou na madrugada desta sexta-feira o canal de televisão palestino Falestine al-Yom, em Ramalllah, fechou suas instalações e prendeu seu diretor.
Israel acusa o Falestine al-Yom (A Palestina de Hoje) de ser porta-voz da organização Jihad Islâmica e de alimentar a violência.
Esta operação é a primeira desde que o governo israelense anunciou, na semana passada, um endurecimento de sua política em relação aos meios de comunicação palestinos.
O exército, que chegou a bordo de um comboio de jipes, apreendeu material de gravação e difusão, informou o canal.
As autoridades israelenses ordenaram o fechamento da redação, indicou um porta-voz do exército. A transmissão, no entanto, continua.
O canal continuará transmitindo na Faixa de Gaza, território palestino separado geograficamente da Cisjordânia pelo território israelense, indicou o Shin Beth, o serviço israelense de inteligência e luta antiterrorista, que participou na operação.
O exército israelense também prendeu o diretor do canal, Farouq Aliat, de 34 anos, o cinegrafista Mohammed Amr e o engenheiro Chabib Chabib, indicou o sindicato de jornalistas palestinos.
"Falestine al-Yom incita a cometer atos terroristas contra Israel e seus cidadãos. É uma ferramenta essencial da Jihad Islâmica para incitar a população da Cisjordânia à violência", afirmou Shin Beth em um comunicado.
"O diretor do canal é um ativista da Jihad Islâmica, que já foi preso em Israel por suas atividades", acrescentou.
Israel considera a Jihad Islâmica, segunda força nos Territórios Palestinos, uma organização terrorista, assim como a maioria dos movimentos palestinos.
Este movimento denunciou em um comunicado "uma agressão israelense contra os meios nacionalistas e resistentes". "Esta operação é apenas um episódio a mais na longa história de repressão e ocupação", afirmou.
O Falestine al-Yom utiliza desde outubro um logo "Intifada de Jerusalém" para se referir à atual onda de violência.
Israel, Jerusalém e os Territórios Palestinos são cenários desde 1º de outubro de uma onda de violência que deixou 188 mortos palestinos, 28 israelenses, dois americanos, um eritreu e um sudanês, segundo balanço da AFP.
Os especialistas acham que esta onda de violência é resultado da opressão pela ocupação, da ausência de perspectivas de uma independência próxima, de frustrações econômicas e do descrédito das autoridades palestinas.
As perspectivas de uma resolução diplomática para o conflito israelense-palestino, que dura décadas, parecem estar completamente bloqueadas.
O governo de direita de Benjamin Netanyahu acusa as autoridades e a mídia palestina de incitar ao ódio.
As autoridades israelenses já fecharam duas rádios palestinas em Hebron, no sul da Cisjordânia ocupada em novembro.
Ante a onda de violência e sob a pressão da opinião pública, o governo de Netanyahu tomou na terça-feira uma série de medidas, entre elas uma maior repressão dos meios de comunicação palestinos, a finalização de um muro de segurança em torno de Israel, a revogação de permissões de trabalho para os familiares dos autores de atentados e um corte dos prazos de destruição das casas dos autores de atentados.
Também tomou medidas contra os trabalhadores palestinos ilegais em Israel e os que os empregam ou dão abrigo.
As autoridades prenderam na quarta e na quinta-feira 427 trabalhadores palestinos clandestinos e 53 pessoas que os empregavam, davam abrigo ou meio de locomoção, informou a polícia.
jjm-sbh/nbz/meb/avl/cn
Israel acusa o Falestine al-Yom (A Palestina de Hoje) de ser porta-voz da organização Jihad Islâmica e de alimentar a violência.
Esta operação é a primeira desde que o governo israelense anunciou, na semana passada, um endurecimento de sua política em relação aos meios de comunicação palestinos.
O exército, que chegou a bordo de um comboio de jipes, apreendeu material de gravação e difusão, informou o canal.
As autoridades israelenses ordenaram o fechamento da redação, indicou um porta-voz do exército. A transmissão, no entanto, continua.
O canal continuará transmitindo na Faixa de Gaza, território palestino separado geograficamente da Cisjordânia pelo território israelense, indicou o Shin Beth, o serviço israelense de inteligência e luta antiterrorista, que participou na operação.
O exército israelense também prendeu o diretor do canal, Farouq Aliat, de 34 anos, o cinegrafista Mohammed Amr e o engenheiro Chabib Chabib, indicou o sindicato de jornalistas palestinos.
"Falestine al-Yom incita a cometer atos terroristas contra Israel e seus cidadãos. É uma ferramenta essencial da Jihad Islâmica para incitar a população da Cisjordânia à violência", afirmou Shin Beth em um comunicado.
"O diretor do canal é um ativista da Jihad Islâmica, que já foi preso em Israel por suas atividades", acrescentou.
Israel considera a Jihad Islâmica, segunda força nos Territórios Palestinos, uma organização terrorista, assim como a maioria dos movimentos palestinos.
Este movimento denunciou em um comunicado "uma agressão israelense contra os meios nacionalistas e resistentes". "Esta operação é apenas um episódio a mais na longa história de repressão e ocupação", afirmou.
O Falestine al-Yom utiliza desde outubro um logo "Intifada de Jerusalém" para se referir à atual onda de violência.
Israel, Jerusalém e os Territórios Palestinos são cenários desde 1º de outubro de uma onda de violência que deixou 188 mortos palestinos, 28 israelenses, dois americanos, um eritreu e um sudanês, segundo balanço da AFP.
Os especialistas acham que esta onda de violência é resultado da opressão pela ocupação, da ausência de perspectivas de uma independência próxima, de frustrações econômicas e do descrédito das autoridades palestinas.
As perspectivas de uma resolução diplomática para o conflito israelense-palestino, que dura décadas, parecem estar completamente bloqueadas.
O governo de direita de Benjamin Netanyahu acusa as autoridades e a mídia palestina de incitar ao ódio.
As autoridades israelenses já fecharam duas rádios palestinas em Hebron, no sul da Cisjordânia ocupada em novembro.
Ante a onda de violência e sob a pressão da opinião pública, o governo de Netanyahu tomou na terça-feira uma série de medidas, entre elas uma maior repressão dos meios de comunicação palestinos, a finalização de um muro de segurança em torno de Israel, a revogação de permissões de trabalho para os familiares dos autores de atentados e um corte dos prazos de destruição das casas dos autores de atentados.
Também tomou medidas contra os trabalhadores palestinos ilegais em Israel e os que os empregam ou dão abrigo.
As autoridades prenderam na quarta e na quinta-feira 427 trabalhadores palestinos clandestinos e 53 pessoas que os empregavam, davam abrigo ou meio de locomoção, informou a polícia.
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