Festival de Toulouse celebra grandes personalidades latino-americanas
Paris, 10 Mar 2016 (AFP) - Eva Perón, Salvador Allende e Frida Kahlo serão alguns dos protagonistas do Festival de Cinema Latino-americano de Toulouse (sudoeste da França), que este ano terá uma mostra cinematográfica dedicada às grandes personalidades da região.
Mais de 150 filmes - incluindo 29 na disputa - serão apresentados a partir dessa sexta-feira na cidade, que durante dez dias vai tentar se transformar na capital cultural da América Latina. No encerramento será exibido o filme "Tudo que aprendemos juntos", do diretor brasileiro Sérgio Machado.
"Nessa 28ª edição, queremos explorar a vida de grandes mulheres e homens que marcaram a história do continente latino-americano", disse em entrevista à AFP Francis Saint-Didier, presidente da associação que organiza o festival.
"Falar de grandes figuras da América Latina é uma oportunidade para contemplar a grande variedade de histórias que agitaram esse continente, falar de seus povos, de suas lutas e de suas singularidades", diz.
O festival começa com a projeção fora da competição de "Eva no duerme", do diretor argentino Pablo Agüero, filme centrado no obscuro percurso do cadáver de Eva Perón após sua morte em 1952.
Outro momento forte será a projeção do documentário "Salvador Allende", de Patricio Guzmán, seguido por "Allende mi abuelo Allende", um retrato íntimo e humanizado feito por Marcia Tambutti, neta do ex-presidente chileno. Este documentário ganhou no ano passado o prêmio "Olho de Ouro" em Cannes outorgado pela sociedade de autores da França SCAM.
O evento vai permitir também que o público francês descubra figuras latino-americanas menos conhecidas na Europa, como a escritora Manuela Sáenz, heroína da independência e companheira de Simón Bolivar, e o pintor surrealista chileno Roberto Matta.
Temáticas universaisDoze filmes inéditos na França competem na disputa oficial desse festival que privilegia filmes de jovens talentos latino-americanos.
O Chile, que se dedica intensamente à sétima arte, é o país latino-americano mais representado, com três filmes na competição pelo grande prêmio 'El Flechazo', com "Aquí no ha pasado nada" de Alejandro Fernández Almendras, "Rara" de Pepa San Martín e "Vida Sexual de las plantas" de Sebastián Brahm.
"A seleção desse ano oferece temas muito criativos, mas as temáticas sociais também estão presentes", dizem os organizadores.
Cuba disputa com "El acompañante", de Pavel Giroud, filme com trama na década de 80, quando na ilha caribenha os portadores de HIV positivo viviam reclusos de forma obrigatória em sanatórios durante o regime militar, de onde podiam sair apenas com um acompanhante.
Outro destaque é a presença na competição de países com menos tradição cinematográfica, como o Paraguai, que aposta em "La última tierra", de Pablo Lamar, projeto minimalista e quase experimental que relata a história de um idoso que cuida de sua esposa moribunda.
"Hoje os temas do cinema latino-americano são mais universais, tratam de amor, da vida e da morte, são o reflexo da globalização", diz Saint-Didier.
O ganhador do festival será anunciado em 19 de março e o evento encerra com a projeção de "Tudo que aprendemos juntos" dirigido pelo brasileiro Sérgio Machado.
Um dos momentos altos do festival será a apresentação da seção "Cinema em Construção", criada há 15 anos junto com o Festival de San Sebastián, que tem como objetivo facilitar a conclusão de longa-metragens latino-americanos com dificuldades na fase de pós-produção.
No total 61 filmes foram distribuídos na França graças a esse apoio e 22 foram apresentados em Cannes ou receberam prêmios em outros festivais internacionais importantes, como "Gloria", do chileno Sebastián Lelio e "Pelo Malo" da venezuelana Mariana Rondón, que ganharam prêmios em Berlim e Biarritz, entre outros.
Mais de 150 filmes - incluindo 29 na disputa - serão apresentados a partir dessa sexta-feira na cidade, que durante dez dias vai tentar se transformar na capital cultural da América Latina. No encerramento será exibido o filme "Tudo que aprendemos juntos", do diretor brasileiro Sérgio Machado.
"Nessa 28ª edição, queremos explorar a vida de grandes mulheres e homens que marcaram a história do continente latino-americano", disse em entrevista à AFP Francis Saint-Didier, presidente da associação que organiza o festival.
"Falar de grandes figuras da América Latina é uma oportunidade para contemplar a grande variedade de histórias que agitaram esse continente, falar de seus povos, de suas lutas e de suas singularidades", diz.
O festival começa com a projeção fora da competição de "Eva no duerme", do diretor argentino Pablo Agüero, filme centrado no obscuro percurso do cadáver de Eva Perón após sua morte em 1952.
Outro momento forte será a projeção do documentário "Salvador Allende", de Patricio Guzmán, seguido por "Allende mi abuelo Allende", um retrato íntimo e humanizado feito por Marcia Tambutti, neta do ex-presidente chileno. Este documentário ganhou no ano passado o prêmio "Olho de Ouro" em Cannes outorgado pela sociedade de autores da França SCAM.
O evento vai permitir também que o público francês descubra figuras latino-americanas menos conhecidas na Europa, como a escritora Manuela Sáenz, heroína da independência e companheira de Simón Bolivar, e o pintor surrealista chileno Roberto Matta.
Temáticas universaisDoze filmes inéditos na França competem na disputa oficial desse festival que privilegia filmes de jovens talentos latino-americanos.
O Chile, que se dedica intensamente à sétima arte, é o país latino-americano mais representado, com três filmes na competição pelo grande prêmio 'El Flechazo', com "Aquí no ha pasado nada" de Alejandro Fernández Almendras, "Rara" de Pepa San Martín e "Vida Sexual de las plantas" de Sebastián Brahm.
"A seleção desse ano oferece temas muito criativos, mas as temáticas sociais também estão presentes", dizem os organizadores.
Cuba disputa com "El acompañante", de Pavel Giroud, filme com trama na década de 80, quando na ilha caribenha os portadores de HIV positivo viviam reclusos de forma obrigatória em sanatórios durante o regime militar, de onde podiam sair apenas com um acompanhante.
Outro destaque é a presença na competição de países com menos tradição cinematográfica, como o Paraguai, que aposta em "La última tierra", de Pablo Lamar, projeto minimalista e quase experimental que relata a história de um idoso que cuida de sua esposa moribunda.
"Hoje os temas do cinema latino-americano são mais universais, tratam de amor, da vida e da morte, são o reflexo da globalização", diz Saint-Didier.
O ganhador do festival será anunciado em 19 de março e o evento encerra com a projeção de "Tudo que aprendemos juntos" dirigido pelo brasileiro Sérgio Machado.
Um dos momentos altos do festival será a apresentação da seção "Cinema em Construção", criada há 15 anos junto com o Festival de San Sebastián, que tem como objetivo facilitar a conclusão de longa-metragens latino-americanos com dificuldades na fase de pós-produção.
No total 61 filmes foram distribuídos na França graças a esse apoio e 22 foram apresentados em Cannes ou receberam prêmios em outros festivais internacionais importantes, como "Gloria", do chileno Sebastián Lelio e "Pelo Malo" da venezuelana Mariana Rondón, que ganharam prêmios em Berlim e Biarritz, entre outros.
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